Capítulo 7 - O Começo

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Palloma não sabia do que a morena estava falando, estava concentrada em só admirá-la, tinha perco a audição por um tempo. Só quando acabou a entrevista, reparou que o interfone estava tocando, mal percebeu que era a terceira vez que ligavam. Correu e atendeu.

- Senhorita Palloma? - perguntou o porteiro.

- Sim.

- Liguei três vezes, aconteceu algo senhorita? - perguntou preocupado.

- Não, Emanuel. Obrigado por se preocupar.

- Nada, que isso. Senhorita, aquele seu amigo, o Flávio, ele está aqui, liguei para pedir permissão para você.

- Sim, sim. Pode mandá-lo subir Emanuel, obrigada.

- Pode deixar.

Desligou o interfone e foi caminhando para a porta de entrada. Antes de chegar, escutou a campainha tocando várias vezes, repetidamente. Abriu a porta, não viu ninguém. Fechou a mesma, quando virou-se reparou que Flávio já estava sentado no sofá.

- Ai, amiga, o que foi hein? Ta lenta, ta parecendo uma retardada. Viu uma alma?

Caminhou para o sofá e se sentou ao lado de Flávio, calada.

- Olha, eu não nasci pra ser deixada no vácuo! - Palloma saiu de transe.

- Ai bicha, desculpa! Tava longe.

- Percebi né! O que foi essa demora toda hein? Não tava querendo me receber? Era só ter dito né, eu sei que eu desliguei primeiro, mas tinha mensagem também, ta? - Flávio disse fazendo o típico drama dele.

- Ai, cala boca Flávio.

- Você ta achando que eu sou suas mulheres pra ficar falando assim comigo? Eu sou macho viu, me respeite! Sua grossa! - Flávio disse com uma expressão séria. Eles se encararam e começaram a rir.

- Acabei de ver a Vanessa na televisão.

- Quem?

- Vanessa.

- Não sei quem é, bicha. Ta pegando é? Nem me conta, sua escrota.

- Quem dera. E foi por causa dela que eu fui embora cedo.

- Ih...

- Ih o que? Só quero pegar ela, só que ela se faz de difícil. Só pegar, relaxa aí.

- Sei, ahan.

- É sério bicha, eu ainda vou pegar ela, tu vai ver.

Segunda tinha chegado. Palloma acordou com o despertador tocando às 8:00, tinha que ir trabalhar. Estava animada, afinal, era a primeira vez que trabalharia oficialmente. Se levantou da cama rapidamente e foi para o banheiro. Saiu enrolada na toalha e se vestiu da mesma forma de sempre. Terminou e olhou o relógio, marcava 8:45. Desceu e foi para o estacionamento.

Chegou no restaurante e estacionou o carro onde havia estacionado da última vez, em frente. Desceu e correu para o trabalho. Entrou e foi em direção a Luciana, que já estava lá com uma aparência muito bem descansada.

- Bom dia, flor do dia. - disse Luciana com um sorriso simpático.

- Bom dia, Lu.

- Está preparada?

- Não muito. - Luciana riu.

- Relaxa, tu já sabe fazer o negócio, garota. Toma. - disse depois de ter pego o mesmo avental vermelho com um bolso grande na frente que tinha dado para Palloma no dia do teste. - Veste aí e começa a trabalhar que hoje o restaurante está cheio.

Branca Como A NeveWhere stories live. Discover now