Capítulo 21 - Eu não quero admitir isso

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Ficou calada, olhando a morena seriamente, enquanto a mesma a olhava com um ar de ironia.

- Hein? Não vai falar? - Vanessa insistiu.

Palloma andou, ficando mais próxima de Vanessa, ainda segurando sua mão. Com a outra, colocou-a na nuca da morena e colou suas testas uma na outra.

- Não vai embora... - sussurrou e logo depois depositou um selinho na boca da morena, que nem sequer tentou impedir. Deu um beijo em sua bochecha, descendo até chegar em seu pescoço, fazendo a mesma se arrepiar e respirar fundo, com a respiração irregular. Puxou Vanessa pela cintura, fazendo seus corpos se juntarem. - Não tenta resistir... Tanto eu, quanto você já sabe o que é que ta acontecendo...

Palloma narrando.

Eu não podia deixar ela sair por aquela porta. Ela sabe, não é possível que não saiba, dá pra perceber o quanto ela mexeu comigo e o quanto ainda mexe. Eu não quero admitir isso, mas é a verdade. Eu sei que mexi com ela também, de alguma forma a qual eu não sei, mas mexi. Não posso deixar que ela escape assim, sem ao menos tentar. Eu sei, faz pouco tempo que a conheço, faz pouco tempo que tudo isso aconteceu. Mas... Ela tem algo de diferente. Ela me faz querer, ela. Ela me deixa com medo, com muito mais medo de sofrer, sofrer muito mais do que já sofri antes, mas ao mesmo tempo... Ela me faz tão bem, que ultimamente não to ligando pro que vem depois. Ela sabe, ela sabe que eu to louca por ela, até eu to conseguindo admitir isso.

Assim que terminei de falar, direcionei meus olhos para os dela. Ela me fitava, com seus lábios em linha reta. Ficou me fitando por um bom tempo, eu não agüentaria tanto silêncio.

Fim de narração de Palloma.

- Fala alguma coisa... - indagou, olhando para a morena.

Um sorriso pequeno, vergonhoso e torto, apareceu no rosto de Vanessa, deixando a outra ainda mais nervosa. Palloma piscava seus olhos numa velocidade estranhamente rápida. Ela só fazia isso quando estava nervosa, muito nervosa. Vanessa abriu mais ainda seu sorriso, um sorriso que refletia alegria, talvez. A mesma colocou a mão na nuca de Palloma e a beijou com vontade.

Palloma foi pega de surpresa, mas nem por isso deixou de retribuir na mesma hora em que sentiu aqueles lábios a tocando. Puxou Vanessa mais para si e foi a empurrando para o sofá, tropeçando no pés da morena com a pressa que estava, sem desgrudar seus lábios dos dela em momento algum. Caiu junto com a morena no sofá, por cima da mesma. A beijava com rapidez, com um certo desespero em possuí-la novamente, tê-la mais uma vez. Suas mãos pressionavam a cintura de Vanessa que estava com a respiração desregulada. Palloma logo tirou a blusa que Vanessa vestia, tirando seu sutiã em seguida, colou sua boca em seu seio e começou a chupá-lo. Vanessa se remexia por baixo de Palloma, desorientada, revirando os olhos, excitadamente. Palloma desceu até o sexo de Vanessa, retirou o que lhe vestia e logo colou a boca nele, apressadamente. Queria aquilo novamente, queria fazer a morena sentir prazer, com ela. Queria fazê-la sentir prazer como nunca alguém tinha feito.

De madrugada, Vanessa abriu seus olhos sonolentamente e fitou o teto. Estavam no quarto de Palloma. Sentiu que a mesma estava ao seu lado fazia um bom tempo, virou a cabeça para olhá-la. A encontrou de bruços, praticamente jogada na cama. Seu corpo parecia estar cansado, ela estava dormindo, e dava para ouvir sua respiração profunda. Vanessa sorriu a olhando. Levantou-se da cama vagarosamente, com medo de acordá-la. Andou em passos lentos até sair do quarto em que estava. Passou pela sala e sorriu novamente olhando o ambiente. Se dirigiu até a cozinha rapidamente. Abriu a geladeira e logo encheu um copo de vidro de água. Encostou-se no balcão, pensativa, quando sentiu dois braços lhe abraçando pela cintura. Logo um sorriso exagerado apareceu em seu rosto. Virou-se, ficando de frente para a outra que a olhava, seus olhos estavam pequenos por conta do sono. Palloma desceu sua cabeça para o pescoço da morena e depositou um beijo ali. Logo voltou a olhá-la.

- Senti sua falta na cama... Vim ver onde você tava, tava com medo de que tivesse ido embora. - sussurrou, e piscou seus olhos fortemente tentando se acostumar com a luz acendida do ambiente, ainda segurando a morena pela cintura, que estava encostada no balcão. Vanessa sorriu.

- Só vim beber um pouco de água. Eu não ia embora, relaxa. - disse e lhe deu um selinho. Palloma deu um sorriso e Vanessa riu. - Você ta com uma cara de sono tão linda, sabia?

- Acha?

- Acho.

- Hum... - disse e cheirou o pescoço da morena, fazendo-a se arrepiar e fechar os olhos. - Vamos voltar pra lá? - Vanessa apenas assentiu com a cabeça.

Palloma saiu puxando a morena pela mão em direção ao quarto novamente. Chegaram no quarto e Palloma foi até o banheiro, deixando Vanessa sozinha e a dando oportunidade de ver seu quarto inteiro. Vanessa passou seus olhos por todo o lugar. Parou seus olhos na mesa que tinha vários papéis bagunçados em cima dela, com uns lápis. Caminhou até a mesa e sentou-se na cadeira que havia em frente à ela. Pegou um dos papéis que havia em cima da mesa e olhou-o direito. No papel havia um desenho, uma menina, sentada de costas em uma ponte, olhando o mar que tinha à sua frente. A menina tinha um estilo delicado, e a natureza a rodeava. Vanessa sorriu olhando o desenho, quando percebeu que Palloma estava caminhando em sua direção.

- Você desenha muito bem. - disse, ainda olhando o desenho.

- Faço isso nas horas vagas. - sorriu.

- Já pensou em trabalhar com isso?

- Não, só faço por diversão.

- Você tem jeito pra coisa.

- Hum... Depois eu faço um pra ti, ta?

- Vou cobrar.

- Nem vai precisar cobrar.

- Vai fazer o que?

- Depois você ver.

- Não, só me diz o que vai desenhar.

- Depois, calma. - sorriu. - Vamos deitar?

- Vamos.

Palloma a puxou novamente, logo ligou a televisão. Deitou-se, puxando Vanessa para si, fazendo a mesma fica deitada em seus braços. Palloma ficou mexendo no cabelo da morena enquanto assistiam um filme que passava na televisão. Depois de um tempo, reparou que a mesma já adormecera. Sorriu a olhando.

- Ainda tinha tanta coisa pra te dizer antes de dormir... Mas deixa pra depois, né? - disse para si mesma dando um beijo na testa da morena, adormecendo logo após junto à ela.

Branca Como A NeveWhere stories live. Discover now