Maria Eduarda
Depois da minha conversa com Jacob sobre arranjar um emprego, e das aulas de segunda, eu voltei para meu dormitório e digitei meu currículo, e fui imprimir na biblioteca da escola.
Na terça depois das aulas, distribui em todos os lugares com o letreiro, help wanted, lanchontes, lojas de conveniência, lojas de roupas, restaurantes, até deixei em um bar. Em menos de dois dias recebi um e-mail de aceitação do meu currículo.
Barbie's Lunch Bar. Observei o letreiro do local quando adentrei na lanchonete. Tinha um ambiente simples e cheirava a pequeno almoço americano.
Caminhei até ao balcão onde sou atendida por uma garota que parece ter a minha faixa etária. Ela é negra, com cabelos cacheados e olhos claros, é magra e tem aparelho nos dentes, pois exibe um belo sorriso para mim.
— Barbie's Lunch Bar. Qual será o seu pedido de hoje? — ela diz um discurso ensaiado, pegando seu bloco de notas.
— Oi, meu nome é Maria Eduarda, vim para a vaga de garçonete. — digo arranjando a alça da minha mochila.
— Garçonete? Ahm, estou lembrando, minha mãe deve ter aceite alguém. Um momento. Mamãe! — ela diz a última parte gritando e virá para mim como se não tivesse gritado com todo o ar que tinha nos pulmões. — Meu nome é Emma. — ela estica sua mão e eu aperto.
— Prazer Emma! Pode me chamar de Duda. — recolho minha mão a deixando na alça de minha mochila de novo.
— Seu nome é, diferente. E seu sotaque também. — Emma fala com a mão no queixo.
— Eu não sou daqui, sou brasileira e bolsista na Eastside High School. — explico para ela.
— Uau! Quem me dera estudar lá. — se ela soubesse o palco de víboras que aquilo é.
As portas atrás de Emma são abertas, revelando uma versão mais velha de si. Com alguns fios de cabelo branco e expressão cansada, corpo volumoso, um pano limpando as mãos, e um lápis segurando o coque. A mulher sai sorridente na minha direcção.
— Oi. Deve ser Maria Eduarda. Me chamo Barbara, sou a dona da lanchonete. — ela estica sua mão e eu aperto.
— Prazer dona Barbara. — ela sorri para mim.
— Me chame de Barbara. Podemos conversar ali. — ela aponta para uma mesa no fundo da lanchonete e ouvimos o sino que está pendurado na porta tilintar, anunciando um novo cliente. — Vai atender, por favor, Emma,. — ela se dirige a filha que pega o bloco que notas e se dirige até a mesa do cliente que entrou.
Me dirijo até a mesa que ela apontou, me sentando de frente para ela.Ela se senta com um sorriso, e mesmo com a simpatia dela, me sinto nervosa. Esfrego as minhas mãos depois da mesa numa tentativa de me acalmar.
— Então, Duda nem? Você tem experiência trabalhando em lanchonetes? — ela pergunta agora com um ar profissional.
— Não senhora. Trabalhei uma vez em uma lojinha no Brasil antes de vir para aqui, mas eu nunca trabalhei em lanchonetes. — sou sincera. — Mas, eu limpo, lavo loiça, se quiser até cozinho, sou ágil e preciso muito desse emprego. — digo nervosa.
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Mar de mel | ✓
العاطفية+14 Maria Eduarda Soares, menina brasileira, ganhou uma bolsa de estudo para os Estados Unidos no terceiro ano do ensino médio. Duda era de uma família simples, era muito aplicada na escola e sempre teve interesse em aprender novas línguas. Teve q...