Capítulo 34

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Três  dias antes da chamada da mãe de Duda.
Narrado por dois personagens

Maria Eduarda

Acordo às sete da manhã, afinal era apenas mais um sábado de trabalho.

Tomo um banho frio e saio do banheiro enrolada na toalha.

Visto uma mom jeans cinta alta e uma blusa de alça com estampa de borboleta na frente. Coloco minhas all star preto e branco cano alto e faço um coque no cabelo.

Levo minha mochila e meu fone de ouvido, conectando ao telefone e pondo a música no último volume.

Caminho pelas ruas movimentadas de Patterson até ao meu local de trabalho. Abro a porta e escuto o sino pendurado na porta, anunciando a minha chegada.

— Bom dia Duda! — senhora Barbara diz enquanto faz uma lista ao lado seu marido.

— Bom dia senhora Barbara, bom dia senhor Trevor. — cumprimento o casal entrando na cozinha.

— Bom dia filha. — senhor Trevor me cumprimenta sorrindo, fazendo algumas rugas de seus olhos aparecerem.

Sorrio de volta e caminho até ao armário dos empregados, deixo lá minha mochila e ponho o meu  avental e pego meu bloco de notas.

— Oi Duda! — salto de susto quando Emma me cumprimenta quase gritando.

— Tá querendo me matar do coração, Emma. — ponho a mão no peito.

— Você é que está distraída. — ela ri e olha para ela com um olhar assustador. — Desculpa, estou brincando.

Saio da armário, indo limpar as mesas.

— Não se zangue, eu pedi desculpa. — Emma me segue.

— Não estou zangada. — falo limpando a última mesa e acendo o letreiro que diz "Open" para atrair a atenção dos clientes.

— Ótimo, porque eu quero te pedir uma coisa. —  Emma se aproxima de mim prendendo seus cabelos cacheados com um elástico.

— Se for o número de algum estudante de lá, pode esquecer, sua mãe me proibiu de te dar. — digo e o sorriso que tinha em seu rosto se desfez.

— Como assim proibiu? — dou de ombros e oiço o sino da porta tocar, anunciando um novo cliente.

Um garoto alto e ruivo entra na lanchonete, aparenta ter dezanove  anos e carregava consigo um computador portátil, uma mochila azul. Ele estava mexendo no computador enquanto andava e ajeitava o seu óculos de grau que evidenciava seus olhos azuis, tinha sardas espalhadas pelas suas bochechas.

Ele se sentou em uma mesa mais próxima das janelas e continuou teclando no computador.

— Deixa que eu atendo. — Emma piscou para mim e desfilou até a mesa do pobre garoto, que a recebeu com um sorriso evidenciando seus dentes perfeitos.

Continuei arrumando as mesas, e mais clientes foram chegando.

Anotava os pedidos e deixa os lanches na mesa observando cada detalhe dos clientes.

Mar de mel | ✓Where stories live. Discover now