Capítulo 38

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Maria Eduarda

Caio Ricardo Teixeira, olhos azuis, cabelo ruivo e sardas, alto e bonito.

Ele foi minha primeira paixão. Entrei no ensino médio e vi ele, me conquistou apenas com um sorriso. O garoto mais querido da escola, ele arrancava suspiros por onde passava, e de mim não seria diferente.

Eu sempre observava ele, sempre depois de cada partida de futebol, seus cabelos suados grudados e sem camisa.

Em todas as aulas que tínhamos juntos, eu reparava na carranca que ele fazia quando não entendia nada, fazia um vinco entre as sobrancelhas e colocava o lápis na cabeça, sempre era assim.

Eu até reparava na forma como ele ria, que era com a mão na barriga e curvando a cabeça.

Ele tem pernas arqueadas, o que torna o seu andamento peculiar e eu amo isso nos homens, tanto que reparei isso em Jacob.

Certo dia, ele resolveu vir falar comigo, fiquei sem reação e sem jeito, ele fez apenas perguntas básicas e me pediu meu número.

Começamos a falar pelo WhatsApp constantemente e ele me convidou para sair, e foi nesse dia, em uma praça que dei meu primeiro beijo.

Nossos lábios estavam em harmonia, e podia sentir o doce do sorvete que havíamos tomado, depois de algumas semanas, ele me pediu em namoro e eu burra, aceitei.

Começamos a namorar e no início, eu achei tudo perfeito, a escola sabia e a gente era feliz.

Até que ele começou a falar do fato de eu não ter dormido com ele ainda, e eu falava para ele que não estava pronta, então fui desabafar com minha melhor amiga, Thaís, pelo menos eu assim pensava, contei a ela com lágrimas nos olhos, não queria perder Caio, mas não queria abrir mão da minha virgindade.

Cometi o maior erro da minha vida em confiar nela, ela apenas me deu duas palmadas amigáveis nas costas e saiu correndo.

Voltei para casa me remoendo e depois, pensando se devia entregá-lo a minha pureza, mas aí pensei, já estava na hora de perder. Era só a droga de uma barreira, rompi e já está. Tomei um banho e me arrumei, fui a casa dele. Chegando lá vi que a casa estava vazia, mas a porta estava aberta, então entrei s caminhei para o quarto dele, o que vi eu preferia nunca ter visto na minha vida.

Ele e Thaís, estavam prestes a transar. Os dois estavam quase que literalmente nus, se não fosse o lençol a cobrir Thaís e os boxers cobrindo o Caio.

Fiquei por muito tempo parada na porta, não podia acreditar, não queria acreditar.

Minha melhor amiga havia me apunhalado pelas costas, e era tão dolorido.

Caio foi o primeiro a se pronunciar, vestiu um short e veio em minha direção, fechando a porta atrás dele. E ficamos no corredor, meus olhos estavam marejados, eu estava em estado de choque.

Duda, deixa eu te explicar. — Caio tentou tocar em meus ombros, mas eu logo dei dois passos para trás.

O que você quer explicar Caio, que você estava quase trepando com Thaís, minha melhor amiga, sabe se lá quantas vezes vocês ficaram. Ou essa é a primeira vez. — disse com voz embargada e ele não me respondeu. — Isso responde tudo.

A culpa é sua! — ele praticamente grita.

Está me culpando por você ser um babaca e infiel?! Vai a merda Caio, nunca mais me procure, transe com quem você quiser acabou! — disse com lágrimas nos olhos.

Mar de mel | ✓Where stories live. Discover now