Ananda Galharço

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Alissa me explicou que aquele homem era o dono daquelas terras e que era cruel com quem invadia não importava se era homem, mulher ou até mesmo criança isso é horrível e desumano.

Disseram também que uma vez uma moça foi roubar batatas pois estava com muita fome e alguns dias sem comer, o tal Viktor fez questão de mata-la perto da estrada e abandonar seu corpo que serviria de aviso para quem invadisse suas terras principalmente para roubar.

Aquele homem é um monstro, me arrependo de ter ajudado aquela pobre ovelha.
Mas não posso mentir estou sim muito curiosa pelo motivo dele não ter feito nada comigo e com Alissa. Porque de qualquer forma aquilo foi invasão.

- Ananda vem almoçar.- Grita minha tia. Pego meu Havaianas e desço até a cozinha. Na mesa já estão o Tio Zeca a Alissa e a tia Talia. - Fiquei sabendo que invadiram as terras do Sanches- Diz minha tia como não quer nada.

Alissa e eu nós entre olhamos nervosas pelo sermão que com certeza iremos levar.
- Então sabe o que é tia, foi sem querer.- Digo desviando os olhos para todo lugar menos para a tia.

Meu tio bate com força as duas mãos na mesa assustando a todos.
- VOCÊS SÃO DUAS INCONSEQUENTES EU AVISEI PARA NÃO ATRAVESSAR AQUELES PINHEIROS.- Diz gritando nunca tinha visto tio Zeca tão bravo.- Só deus sabe o que aquele homem podia ter feito a vocês.- Diz e em fim olha para mim. - Não quero mais você nem perto daqueles pinheirais Ananda, enquanto estiver aqui está proibida.

- Tudo bem tio.- Digo de cabeça baixa. Ele também passou a punição da Alissa que é limpar o chiqueiro por um mês sem a ajuda de ninguém.

Ou seja o tempo em que eu estiver aqui, ela não vai ter tempo pra mim pois o chiqueiro é enorme.

Já vih que meus próximos dias de estadia aqui serão um saco.
Pelo menos ele não me proibiu de ir até a cachoeira.

Me jogo no chão com os pés dentro da água gelada da cachoeira, de dentro da mochila puxo meu livro favorito

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Me jogo no chão com os pés dentro da água gelada da cachoeira, de dentro da mochila puxo meu livro favorito.

SOMOS OS QUE TIVERAM SORTE..

Ele é bem triste, e se passa durante a segunda guerra mundial onde a união soviética toma a Polônia, e manda os judeus e poloneses para centros de concentração ou os matam a sangue frio.

Perdida no meu mundo de fantasia e imaginação de como a pequena Felicia se sentia não vejo uma pessoa se aproximar.
Só percebo quando essa mesma pessoa lança uma pedrinha em mim.

Veio do outro lado dos Pinheiros, quando olho, eu congelo, é Viktor Sanches o homem mau que todo mundo tem medo, esta do outro lado dos Pinheiros sorrindo pra mim, me levanto rápido pegando minha mochila, mas sou impedida de continuar com sua voz grossa que me chama.

- Ananda espera.- Diz calmo mas soa tão assustador que me tremo dos pés a cabeça pra então me virar lentamente para ele.

- O que o senhor quer? - pergunto tentando não gaguejar e pela primeira vez obtenho sucesso.

- Conversar, apenas conversar.- Sinalizei que não com a cabeça O que faz ele apertar os punhos.- E por que não? Não a nada que impeça.

- Recebi ordens diretas do meu tio, para não chegar perto dos pinheiros muito menos falar com você.- Escuto ele dizendo alguma coisa como "aquele velho" mas não dou a mínima e continuo meu caminho até a Sol voltando para casa.

Ele é um monstro, não devia ter falado com ele, e como ele sabia meu nome? Isso com certeza e outro motivo para ter medo.
Droga justo eu estou com medo, isso nunca aconteceu.

-Alissa você não sabe o que acabou de acontecer- Digo chegando no chiqueiro e vejo minha prima toda suja.

- Não vou saber se você não contar- Ela larga a pá e se apoia na cerca trazendo o mal cheiro com sigo.

- Alissa meu deus você precisa de um banho.- Digo pondo a mão no nariz para tentar conter o cheiro horrível.

- Sabe Ananda você também precisa de um banho.- Fico sem entender até que ela levanta a pá cheia com uma coisa que reconheço como merda de porco.

E é aí que a bagunça começa, pulo a cerca e começamos a fazer uma guerra de merda, literalmente. O que é bem anti higiênico  mas quem liga? Eu não.

Os coitados dos porquinhos estão até assustados com nossa bagunça nossas risadas são altas e logo percebemos meu tio a tia e o tal do Viktor Sanches nós olhando meu deus que vergonha, o que ele está fazendo aqui?

- Pai podemos explicar...- Começa Alissa e logo em seguida me olha entendo pra que é pra mim dar a explicação, falsa.

- É podemos explicar... O Alissa explica ai.- Digo jogando pra ela de novo.

- Eu? Mas você é mais velha.- Droga Alissa você que é filha deles.

- Você que começou.- Digo com deboche e mostro a língua, ouço risadas mas dessa vez não são nossas são da tia que chega de chorar de tanto rir.

- Não precisam dar explicação só vão logo para o banho suas porquinhas.

Diz rindo e Alissa e eu saímos quase correndo de lá, ainda teve a pequena guerra de quem ia tomar banho primeiro e acabou que tomamos banho juntas primeiro de chuveiro e depois entramos na banheira com sais pra tirar o mal cheiro.

- Alissa você ainda não contou O que ia me falar lá no chiqueiro.- Diz e então me recordo do Sanches hoje mais cedo lá na cachoeira e me pergunto O que ele fazia aqui ou se ainda está aqui.

- Eu ia te contar que fui lá na cachoeira ler um livro e do nada o Sanches apareceu lá, e ele queria conversar- Digo brincando com a espuma.

- E vocês conversaram? Sabe o que o papai falou isso vai nos dar problemas.- Diz em repreensão.

- Calma mimosa- Digo brincando e a mesma me dá um tapa.- Aí égua, enfim eu não conversei com ele e fui correndo pro chiqueiro te contar.- Digo esfregando o lugar do tapa.

- Há entendi.- As vezes eu acho que Alissa não tem só quinze anos, além de ser mais alta que eu pensa exatamente como uma adolescente mais velha, talvez seja o convívio comigo.

O Conto De Um Fazendeiro Possessivo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora