O Conto De Um Fazendeiro Possessivo

Viktor Sanches

Observo Ananda segurar com força a cópia do contrato, seus olhos estão fixos na folha cheios de água está imóvel e começo a me preocupar.

- Anan...

- Sanches eu quero ver meu pai.

Sei que estou sendo rude e egoísta mas nada mais me importa Ananda e meu mundo e ninguém vai mudar isso nem ela nem mesmo eu.

- Não está bem claro no contrato que não pode chegar nem a cem metros de distância do seu pai, caso isso acontecer tenho permissão para mata-lo- Ela me olha totalmente em choque agora posso ver até mesmo lágrimas saírem de seus olhos, Desculpa anjo é o único jeito.

- Você o mataria mesmo sabendo que eu o odiaria pro resto da vida?- Seus olhos estão fixos no seu sapato seu rosto inchado pelas lágrimas que aumentaram.

- Sim.- Sou sincero, eu não me importaria se ela me odiar o que importa é eu a ter comigo só pra mim.

- Entendo, partir de hoje serei a noiva perfeita mas saiba terá meu ódio para o resto de minha vida.- Ela sai do escritório me deixando sozinho com meus próprios pensamentos.

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É véspera do meu casamento com Ananda eu nem acredito que já é amanhã eu finalmente vou poder possuir minha mulher!

Nesses meses Ananda tem agido como prometido a noiva perfeita beijos, sorrisos, carícias, mas eu sei que ela não está feliz sei que isso está fazendo mal pra ela e pra mim também por ter que ver  seus olhos tristes por mais que esteja sorrindo, o sorriso não chega aos olhos.

Eles não brilham mais como na noite estrelada em que a vi pela primeira vez, agora é só um imenso céu negro de uma noite nublada e sem lua o preto mais profundo que alguém conseguiria imaginar.

Olho uma última vez para o porta retratos da minha mulher e descido dormir amanhã o dia vai ser bem cheio.

....

Acordo antes do despertador tocar não era pra ser assim estou ansioso afinal quem não estaria? Hoje é finalmente o dia em que a terei por completo só de pensar fico duro.

- Bom dia senhor Sanches os preparativos para o casamento já estão quase prontos- Diz uma das empregadas assim que chego na sala de jantar.

Após o café começo a me arrumar para o casamento que vai acontecer as três da tarde e nessa lua de mel será aqui mesmo escolha dele, que não quer viajar ótimo assim sobra mais tempo.

- Quem diria, o grande Sanches se casando e nem é comigo- Ouço a voz que sou fina irritando meus ouvidos e logo após uma risada sarcástica. - Será que sua mulherzinha desistiria se soubesse do seu passado?

Agora é minha vez de dar uma risada sarcástica para a loira em minha frente.

- Há Sacha como é idiota!- Dou mais uma risada vendo a cara irritada da loira- Minha mulher sabe de tudo não tem porque eu esconder nada dela.

- Sabe que foi prometido a mim não sabe ne? Sabe também que eu não vou aceitar...

- A única coisa que eu sei é que se não sair daqui agora, você vai ser apenas mais uma das minhas vítimas mais uma que vai ser lembrada como ladra invasora e talvez até mesmo assassina sabe posso por alguns casos as suas custas- A loira chega a ficar vermelha de raiva.

- Tenho provas contra você Viktor e tudo que foi dito está gravado- Diz levantando o celular.

Dou uma risada e sem esforço tiro o celular da mesma quebrando o mesmo e colocando  o que sobrou no bolso.
- Já que já falou tudo chispa das minhas terras antes que eu mate você- Digo com raiva.

- Vai ter volta- Diz batendo a porta com força.

Não ligo quem mandou ser vadia? Sacha e eu éramos amigos na infância desde pequena já era ganancioso igual aos pais, naquela época eu era ingênuo e imaturo tanto que perdi a virgindade com ela, eu tinha 16 anos e ela 15 mas já tinha experiência.

Depois daquele dia no estábulo ela me fez jurar que eu me casaria com ela, naquela época era só por aparecia mas aí ela sumiu, anos mais tarde quando eu já avia conquistado tudo ela voltou com esse mesmo papo de que íamos nos casar mas agora eu sabia que era pelo meu dinheiro.

Sabia mais coisas da vida e sabia que ela não era a mulher certa ela não era digna de viver ao meu lado, naquele dia eu a rejeitei dei uma Desculpa esfarrapada de que não estava pronto para me casar nem dar o amor que ela merecia e a tola acreditou.

E agora novamento ela é mais tola do que imaginei.

- Senhor a Cerimônia na vai começar, a senhora Sanches já está pronta e em seu posto- Diz a empregada de cabeça baixa.

- Já pode ir- Digo vendo que a mesma continua curvada.

- Perdão senhor não queria me intrometer mas a Senhora Sanches é minha amiga e ela não merece esse desgosto no dia do próprio casamento- Diz ainda curvada, empregada insolente.

- E que desgosto seria esse?- Levanto uma de minhas sobrancelhas olhando a moça em minha frente que chega a tremer.

- O senhor traindo ela no dia do casamento, perdão mas é muita falta de consideração e respeito ela está toda linda pro senhor que não valoriza o que tem, com toda minha sinceridade espero mesmo que Ananda fuja de você- Antes que eu posso falar algo a desgraçada sai do quarto.

Resolvo deixar essa futilidade de lado e me dirijo até o quintal que é onde vai acontecer nosso casamento estou ansioso e feliz

Alguns minutos se passam e eu ouço a marcha nupcial e emfim vejo minha mulher vindo em minha direção acompanhada de seu tio. Seus olhos estão como sempre apagados sem cor alguma, o sorriso parece tão natural que se eu não a conhecesse acharia que é verdadeiro.

Talvez agora não seja mas um dia será vou me empenhar para que ela seja feliz ao meu lado.

-Boa tarde a todos!- Diz o padre assim que Ananda se acomoda ao meu lado.- Estamos aqui hoje para celebrar as melhores coisas da vida, a confiança, a esperança, o companheirismo e o amor entre esse casal.- Continuo nos olhando com carinho.