Viktor Sanches

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Tempo.. há o maldito tempo as horas que parecem demorar o dobro para passar ms torturam a cada segundo longe de minha esposa e agora filho.

Meu maior desejo estava quase concluído, mas sempre acontece algo para nós atrapalhar mas eu tenho lutado e arrancado cada empecilho do meu caminho e agora não vai ser diferente.

Ela não vai ficar muito tempo longe de mim está carregando um pivete meu é questão de tempo pra ela voltar ainda mais agora que ela está me amando.

Mas conhecendo Ananda isso vai demorar pra caralho então eu tenho que dar um jeito de trazer ela pra mim de volta, eu não posso e não quero ficar sem ela.

A observo sentada na varanda da casa dos tios ela sabe que eu a observo só ignora, não faz nem uma semana desde o dia em que ela decidiu sair de casa mas eu já estou sentindo uma saudade do caralho, justo agora que tinha decidido que ia tratar ela com mais carinho claro por dois motivo óbvios.

- O que acha de irmos ao bar?- Diz Felipe entrando em meu escritório- Se for pra sofrer tem que sofrer direito e o direito é bebidas e mulheres- Porque eu o considero mesmo? A é ele é um dos sócios mais insistentes que eu já conheci.

- Sou casado- Mostro a aliança em meu dedo.

- Não estou vendo sua esposa aqui- Debocha e eu sinto uma puta vontade de matar esse viado.- Vai Viktor vai ser bom relaxar e fiquei sabendo que tem garo...

- Eu já disse que não- Digo por entre dentes e ele se cala- Não tire o resto de paciência que ainda tenho Felipe estou prestes a matar alguém e juro que não quero que esse alguém seja você- Digo calmo mas por dentro estou explodindo de raiva.

- Tudo bem se mudar de ideia sabe onde me encontrar- Diz saindo do meu escritório e dou graças a isso.

Felipe sempre foi meu parceiro de bebida e fará nunca tive problemas com suas babaquices mas hoje me pareceu tão irritante.

Dou um suspiro longo e olho os papéis em minhas mãos está tudo como sempre minha fazenda crescendo cada vez mais e com isso mais reuniões com exportadores e compradores o que tem mantido ocupado esses dias.

Estava pensando em aumentar meu território, talvez eu compre mais terras mas a preço de que? Se tudo o que eu preciso não está aqui quer dizer está a alguns metros mas não quer me ver nem pintado de ouro, e esse tempo vai ser bom pra ela pensar e assimilar tudo o que está acontecendo.

Colocar as ideia no lugar e amadurecer principalmente agora que vai ter um pivete meu.

Em saber que ela quase perdeu meu filhote por uma teimosia idiota mas o que eu esperaria de uma jumenta.

Olho para os papéis em minha mão a quem quero enganar eu nem mesmo consegui trabalhar esses dias estou um trapo tudo por culpa de uma jumenta teimosa e inconsequente.

Pego uma das fotos do casamento ela estava tão linda mesmo com essa expressão triste que parece ser a única que consigo causar nela.

Nunca uma orgulhosa ou contente, nem mesmo um sorriso verdadeiro. Parece que ela nunca vai me chamar de amor ou pelo meu nome sinto como se fosse apenas um sonho distante algo que não posso alcançar.

Não lembro ao certo quando as lágrimas começaram a cair só de ter jogado tudo no chão e bebido pra caralho chorando e pensando nos meus tesouros.

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3 semanas dps...

-Como eu dizia senhor Sanches a proposta é muito boa para se recusar, mas não posso aceitar por motivos pessoais- Diz a senhora da fazenda vizinha a qual ofereci o bom preço em troca de suas terras.- A fazenda é um legado que foi passado de geração em geração eu não poderia simplesmente entregar tudo o que minha família construiu.- Diz a senhora com um sorriso gentil nos lábios.

- Sim entendo e também sei o que família significa então aí vai a última proposta.- Essas terras são muito boas para serem desperdiçadas além de que é o lugar perfeito para o plantio de café- Sejamos sócios, lhe darei 60% dos lucros de suas terras eu sei como fazer elas crescerem.- na verdade estou mais é cometendo um ato de caridade tudo aqui parece velho e caindo os pedaços somente as terras mesmo que são boas e férteis.

- Eu não sei senhor Sanches devo pensar em sua proposta provavelmente a terei dentro de alguns dias eu mesma entrarei em contato- Diz a senhora e eu me despeço voltando para minha casa novamente nesse lugar que parece tão vazio e frio.

Pelo menos eu tenho quase uma associação fechada pensei diretamente nós lucros que aquele lugar vai me trazer com o passar do tempo.

Tomo um banho gelado para relaxar e coloco um terno chique pra ir tratar de negócios na cidade grande hoje meu dia vai ser bem corrido cheio de reuniões coisas que a tempos não fazia. Sempre mandava alguém me representando então a maioria dos meus sócios não me conhecem pessoalmente.

Pego minha camionete e vou em direção a estrada e então meu coração para a pessoa que não via a algumas semanas está ali sentada de baixo de uma árvore com um livros em mãos o vestido amarelinho de alcinhas e o cabelo liso caindo por seus ombros até encontrar a grama verde.

Ela está tão linda, fixo o olhar em sua barriga tentando ver pelo menos uma minima elevação mas não tem nada. Meu garotão está sendo generoso com o corpo da mãe dele.

A observo por mais um momento e enfim saio dali indo em direção a cidade grande rumo a poluição em que minha amada cresceu.
Saber que se eu não tivesse lutado pelos meus sonhos talvez agora estivesse vagando por essas ruas, teria me tornado um sem teto.

Em parte preciso agradecer ao meu avô por ter me incentivado mas meu orgulho cresce cada vez mais ao saber que o mérito é todo meu.

O Conto De Um Fazendeiro Possessivo Where stories live. Discover now