Viktor Sanches

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A ideia de ter sido dispensado por uma pirralha mais uma vez está me corroendo por dentro, e já tomei uma decisão.

Estou indo agora mesmo até a fazenda vizinha pedir a mão daquela pirralha.
Sou recebido nós portões da fazenda por um velho Zeca na defensiva.

- O que quer senhor Sanches? - Sua sobrinha gemendo em baixo de mim agora seria ótimo.

- Uma proposta, vim lhe fazer uma proposta.- Digo com as mãos pra cima sinalizando a paz.

- Sendo assim me acompanhe até o meu escritório.

Começamos a caminha em direção a casa e no meio do caminho a dona Talia se juntou a nós, quando passávamos perto ao chiqueiro escutamos risadas altas e gritos, logo nossa direção é mudada até o chiqueiro onde encontramos Ananda e a outra fedelha fazendo uma guerra no chiqueiro.

- Pai podemos explicar...- Começa A Fedelha e logo em seguida me olha para Ananda com um daqueles olhares que do mulheres entendem.

- É podemos explicar... O Alissa explica ai.- Diz jogando para a mais nova, a sena é tão engraçada que me seguro para não rir, não sei qual mais engraçado as duas estarem todas sujas ou estarem perdidas.

- Eu? Mas você é mais velha.- Ananda a olha com desgosto por mais uma vez a palavra ser dela.

- Você que começou.- Fala com deboche e mostra a língua, O seu Zeca a dona Talia começam a dar risada da sena embaraçosa em nossa frente, continuo sério tentando focar no assunto em que vim tratar.

- Não precisam dar explicação só vão logo para o banho suas porquinhas. - Elas não contestam a dona Talia e então continuamos nossa caminhada até a casa, sou levado até uma espécie de escritório bem pequeno na verdade.

- E então qual sua proposta?- Pergunta sentado numa cadeira e eu em outra.

- Quero me casar com a sua sobrinha Ananda, lhe darei 50 cabeças de gado e uma quantia em dinheiro.- O velho me olha como se fosse um absurdo o que acabei de falar.

- NUNCA, olha senhor Sanches eu não serei subornado e nem comprado por 50 cabeças de gado.- O velho é irredutível, isso está me dando nos nervos.- Além do mais não tenho a guarda da menina ela só veio passar as férias conosco mas logo volta a cidade.

Um soco em meu estômago, não posso permitir que ela volte a cidade preciso achar algum jeito de que ela fique aqui no interior preferência na minha fazenda.

- Então falarei com os tutores dela.- Digo me levantando. - Já que não me serves pra nada, peço que não se meta ou haverá consequências.- o velho vira em zóio e eu saio do ", escritório."

Saio daquela fazenda jurando a mim mesmo que a próxima vez que porei os pés nessas terras será para buscar Ananda.

Por enquanto farei uma viagem a cidade grande, vou falar com os pais de Ananda e tentar já deixar tudo certo.

Por enquanto farei uma viagem a cidade grande, vou falar com os pais de Ananda e tentar já deixar tudo certo

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-COMO PODE FAZER ISSO RODRIGO, ELA É SUA FILHA.- Grita Zeca quase agredindo o irmão a minha frente.

- Como você disse ela é minha filha, e eu não vejo problema nem um em ela se casar com o senhor Sanches.- Diz calmo.

Rodrigo Galharço aceitou o casamento, em troca eu lhe darei uma quantia em dinheiro. A única coisa que ele quer e se aposentar e ter um tempo com a esposa.

- Rodrigo ela é uma criança, ainda nem terminou os estudos.- Zeca está irredutível.

- Sabemos disso Zeca pode ficar tranquilo que dá educação dela eu vou cuidar.- Digo me pronunciando pela primeira vez depois que essa discussão começou.- Também dei minha palavra de que só ia me casar com ela após seus dezoito anos, além do mais só pedimos para que ceda um lugar em sua casa até tal dia. - Esse velho está começando a me tirar do sério. - Mas se não quiser não terei problemas em levá-la a minha propriedade.

- Eu fico com Ananda.- Diz se dando por vencido- Mas você Rodrigo espero nunca mais ver a sua fuça - Diz apontando o dedo ao mais velho. - Porque pai que desiste da filha por dinheiro não é pai. - Ele sai do meu escritório e ficamos apenas Rodrigo e eu.

- Precisou de uma conta para depositar o dinheiro.- o homem a minha frente falta soltar foguetes de alegria. Vejo pura Ganância em seus olhos que infelizmente são da mesma cor de minha amada a diferença é que os dela são puros transparecendo sua inocência.

O mesmo anota o nome em um papel e me entrega.
- Então tudo certinho?- Pergunta com o sorriso lá nas orelhas.

- Mais uma coisinha- Pego o contrato e coloco na frente do homem.- É um contrato onde você aceita o fato de ter cedido sua filha a mim.- Digo e ele sem ler assina, como eu avia dito ganancioso.

O que ele não sabia era que naquele contrato ele perderia sua filha para sempre, uma cláusula em específico dizia que como Ananda é minha ele não pode chegar nem a cem metros de distância dela assim como minhas terras agora ela é minha propriedade e tenho autorização para matar quem encostar nela.

Aquele homem vai embora me deixando só no meu escritório, cheirinho de comemoração e gosto de vitória.

O velho Zeca mais uma vez perdeu pra mim.

O Conto De Um Fazendeiro Possessivo Where stories live. Discover now