Ananda (Sanches)

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Oioi eu só queria dizer que estou muito feliz com o progresso que a história teve e pelo primeiro comentário.
Bjs e boa leitura 😘

Arrependida, a palavra que me define nesse momento meus pés estão calejados e os mosquitos se aproveitando de mim pior de tudo é que eu não achava que a roça era tão assustadora a noite.

Se podia ter pegado a moto? Podia mas no momento nem pensei fiquei com medo de que o Sanches me pegasse mas eu não contava que a cidade era tão longe assim pois de carro parecia tão pertinho.

Os faróis de um carro me ilumina olho para trás e vejo a camionete de Sanches começo a correr assim que a porta se Abre.
- ANANDA VOLTA AQUI- Grita enquanto corre atrás de mim.

- Não eu vou ir ver meus pais- Corro mais ainda mas sei que ele já está quase me alcançando.

- E COMO PENSA EM FAZER ISSO SE NEM DINHEIRO PARA O ÔNIBUS VOCÊ TEM?- Paro por um momento e penso o quão patética eu sou, mas assim que sinto que ele vai me agarrar corro mais dessa vez me enfiando no meio do mato.

Mas eu não contava que uma cobra iria me picar não era qualquer cobra era uma sucuri, a dor é tão intensa e só vejo quando Sanches chega em mim e pede pra mim ficar acordada vejo quando ele mata a cobra e logo me pega no colo, não consigo ver mais nada pois desmaio de dor.

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- Eu sabia que você ia acabar matando ela- Escuto a voz do meu tio me esforço para abrir os olhos mas não consigo.

- Chega  Zeca você sabe que eu amo a sua sobrinha...

- Mas nega a felicidade dela- Meu tio como sempre pensando nos outros acima de si próprio.

- Não Zeca ao contrário eu salvei ela do seu irmão e sua prima não ouse me tirar do sério as consequências não são boas- Ele ameaçou meu tio? É isso mesmo babaca.

- Não, ameace, minha, família- Digo pausadamente me sinto fraca e incapaz de abrir os olhos mesmo assim consigo falar.

- Amor- Sinto um beijo molhado em meus lábios- Que bom que acordou.- Aos poucos consigo abrir os olhos e encarar o homem que tem sido motivo da minha raiva mas ao mesmo tempo do meu amor.- Não sabe o quanto senti sua falta.

Seu sorriso é verdadeiro eu sinto isso eu vejo em seus olhos. Ele realmente sentiu minha falta.
- A quanto tempo dormi?- percebo então estar no meu quarto que agora tem alguns aparelhos médicos.

- Dois dias o caso complicou por causa da gestação- meu tio continua falando mas o meu mundo para ao escutar gestação.

- Pera aí gestação? Eu tô grávida?- Pergunto com medo de escutar a resposta mesmo sabendo qual é naquele dia Sanches não me deu a pílula e depois eu esqueci totalmente desse assunto agora entendo o porque ele queria me distrair a todo custo.

Sinto apenas as lágrimas molharem meu rosto estou grávida eu vou ter um filho do Sanches, eu vou ter um filho porra e agora? Eu não sei cuidar nem de mim como vou cuidar de uma criança? Eu ainda me sinto a porra de uma criança.

- Amor...

- Não fala comigo Sanches você já fez muito, mas pra mim chega eu não vou mais ficar de boca fechada quer gritar ótimo grita eu não ligo.- Olho para meu tio que tem os olhos arregalados- Tio espero que não se importe em eu ficar na sua casa.- A mesinha com comida e remédios que tinha ao meu lado vai ao chão em milésimos de segundo.

- VOCÊ NÃO VAI- Grita ficando vermelho de raiva.

- O PORRA QUE EU NÃO VOU QUERO VER ALGUÉM ME IMPEDIR.- Grito no mesmo tom, como falei não vou mais ficar calada eu Ananda Galharço não vou mais aceitar.

- Então quero ver alguém te tirar daqui- Seu sorriso babaca vai em direção ao meu tio que por incrível que pareça não está demonstrando medo assim deixando Sanches ainda mais emburrado.

- Ninguém vai me tirar eu mesma saio- Com isso levanto da cama e e vou saindo do quarto com Sanches gritando comigo mas eu não ligo e acompanho meu tio que vai até a velha picape e me leva pra casa.

- ANANDA- Grita Alissa assim que vêm ela e a tia vem correndo me abraçar- Achei que não ia mais te ver- Dou um sorriso e tapinha no seu braço.

- Exagerada - Ao longe vejo o cara que vi no penhasco aquele dia- Quem é?- Alissa olha para trás e fica vermelha de vergonha.

- Ele me pediu em casamento o nome dele é Gustavo e a fazenda dele é aquela que fica atrás do penhasco que agente subiu aquele vez.- Diz baixinho e eu dou risada- Mas agora é verdade que você está grávida?

Passo a mão na minha barriga e enfim a ficha caí estou grávida briguei com um ogro e o abandonei coloquei a minha família em risco e tudo isso sabendo do que ele é capaz. E mesmo assim continuo amando ele.

- É é sim- Digo sorrindo para minha prima que me abraça e dar um Parabéns Caloroso.- Tio estou me sentindo cansada tudo bem se eu for me deitar um pouco?- Pergunto para meu tio que tem os olhos baixos e tristes.

- Claro no quarto onde você estava.- Suas palavras são tristes mas talvez seja pelo que aconteceu peço licença e subo pro meu quarto onde ainda tem minhas coisas e meu cheiro.

Deito na cama e não consigo mais segurar as lágrimas vem com força e eu por um momento me descontrolo permitindo tudo o que estou sentindo me levar.
- É tudo minha culpa- Ouço a voz triste do meu tio e me pergunto em qual momento ele entrou no quarto e eu não vi.- Eu fiz disso um jogo pro Sanches alimentei tudo e coloquei lenha na Fogueira.- Meu tio também está chorando e eu não sei se chorro junto ou digo que a culpa não é dele e sim minha.

- A culpa não foi sua tio eu que te desobedeci, devia ter te escutado em não chegar perto das terras dele, e o pior é que eu... Eu estou apaixonada por ele...

O Conto De Um Fazendeiro Possessivo Onde histórias criam vida. Descubra agora