Ananda Galharço

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Meus pais me deram a notícia de que vou morar com os meus tios, e que ia dar uma pensão mensal por isso

Estou triste, eu achava que eles me amavam e agora eles me jogaram aqui na casa do meu tio pra ir viajar, com um dinheiro que não sei da onde eles tiram.

A pouco estávamos com aviso de corte na luz, e agora eles tem dinheiro suficiente pra ir pras Maldivas, e nem querem me levar.

-DROGAAA.- Grito atirando uma pedra na cachoeira, tenho a impressão de que algo ruim vai acontecer, algo muito ruim.

- Tá tudo bem com você Ananda ?- Escuto a voz de Alissa que vem de trás de mim.

- Não, meus pais estão me abandonando Alissa.- Olho para a morena em minha frente e suas sardas que estão expostas pelo seu colo.

- Não deve ser tão ruim assim morar com nós, e outra os tios só estão viajando...

- Aí que está o problema, eles estão indo pras Maldivas da onde eles tiraram tanto dinheiro?- Minha cabeça já está explodindo.

- Óia eu não sei não Ananda mais é melhor agente deixar queto, olha que tal agente ir lá perto do Milharal e pegar umas frutas?- Diz com um sorriso no rosto, Oque eu seria sem essa garota.

- Mas o milharal não é aquele do vizinho que é do mal?- pergunto já sabendo a resposta, meu tio plantou as coisas do outro lado da fazenda pra não fazer confusão, mas as frutas ficam desse lado dos pinheiros estão é do Tio Zeca.

- É mais se agente não atravessar os pinheiros nada vai acontecer.

- A última a chegar é mulher do padre.- Grito já correndo, Alissa vem correndo atrás de mim e vamos gritando e rindo até às árvores de frutas, lá tem de tudo Kiwi, Laranja, Maçã, Pêssego, Maracujá, Bergamota, Carambola, Amoras, Cerejas, Bananas e até Morangos.

Na minha opinião os melhores são os morangos e Maracujá.

- Ganhei!!! - Diz Alissa, ela sempre ganha isso porque já e acostumada com o terreno.

- Então pra mim só resta me casar com o gostoso do Padre Fábio de melo.- Digo me gabando e finjo estar olhando minhas unhas, e ela atira uma amora em mim.- quié tá com inveja?- Digo rindo e também subo numa árvore, de pêssegos.

- Você até que não é fresca pra uma garota de cidade.- Diz ela me zuando. - Até se encaixa bem, parece um macaquinho.- Ela dá uma risada exagerada e eu acompanho, Alissa é a melhor prima do mundo.

Ficamos brincando e comendo subindo de árvore em árvore, nunca comi tanto morango como hoje.

Só faltava os maracujás, mas assim que eu fui arrancar o primeiro Alissa segura meu braço.
- Oque está fazendo não vê que o tronco esta do outro lado dos pinheiros.- Diz e só então eu percebo o tronco curvado quase encostando no chão.

- Mas as frutas estão desse lado, então não tem problemas.- Digo e arranco uma das frutas, subo no pé, aceitando meu vestido antes branco que agora está manchado com várias cores de diferentes frutos.

Com um pouquinho de dificuldade consigo abrir o maracujá, e emfim consigo provar aquela divindade, o sabor doce e leve numa mistura romântica com o azedo. Está perfeito.

- Ananda dessa já dessa árvore.- Escuto a voz que reconheço sendo a de Sanches. Olho para Alissa que tem seus olhos arregalados.

Me viro para o homem que está entre os pinheirais com uma cara nada boa, ele me encara com desejo de sangue, será que tudo isso é por uma fruta de maracujá? Não pode ser que esse homem seja tão cainho.

- Você não manda em mim- Digo com aparência plena, mas estou me tremendo toda por dentro qualé o homem e bem maior que eu e gato mas ainda assim assustador.

- Pois tenho a permissão de punir quem ousar pegar algo meu, e também estou autorizado a entrar nas terras do velho Zeca.- Diz com um sorriso convencido no rosto.

- Não peguei nada seu. Essa fruta estava nas propriedade do meu tio, por entanto não é sua.- Termino de comer e taco a casca no chão, ele resmunga algo como "menina teimosa".

- Desce logo dessa árvore antes que eu te tire daí.- Diz ficando vermelho de raiva.- Você está de vestido não e direito ficar subindo em árvores.

- Você não tem o dire...

- Desce logo Ananda vamos pra casa.- Diz Alissa nervosa trupicando nas Palavras de tanto que tem medo.

Dou um suspiro e olho para o Ogro que ainda me encara.
- Fique bem claro, vou descer porque Alissa pediu e não porque você mandou.- Digo e então quando vou descer meu pé escapa do galho e eu vou em direção ao chão.

Mas sou agarrada por braços fortes e apertada num peito musculoso.
- Garota teimosa.- Sua voz grossa em meu ouvido me provocam arrepios e não é de medo, mas também não entendo Oque é.

- Já pode me soltar.- Digo quando percebo que ele não vai me soltar  ele hesita um pouco mas me põe no chão. - Obrigado.- Minhas bochechas coram na hora.

- Ananda vamos pra casa.- Alissa diz me puxando pelo braço.- Obrigado Senhor Sanches por ter salvado essa pata, e por ter desistido da punição.

- Quem disse que desisti da punição?- Ele cruza os braços e levanta uma das sombrancelhas- Agora vou punir as duas uma por ter pegado algo meu sem minha permissão, e a outra por colocar palavras em minha boca.- Seu sorriso é cafajeste e demostra a quanto está se divertindo com a situação.

Pela primeira vez crio coragem o suficiente para encarar ele nos olhos enfrentar o cara.
- Não senhor - Digo com uma mão na Sintura e a outra eu balanço o dedo indicador.- Quem invadiu propriedade aqui é você por tanto quem tem que te punir é meu tio.- Digo descansando a mão na Sintura também.

- Está enganada tenho permissão de pisar nessas terras seu tio quem concedeu, aliás estou indo agora mesmo abdicar de seu castigo. - Diz e passa por mim e Alissa em passos largos, acompanhamos ele o caminho inteiro reclamando.

O Conto De Um Fazendeiro Possessivo Where stories live. Discover now