Capítulo 57

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Véspera de Natal  e eu estou aqui, enrolada no edredom, em uma poltrona não muito confortável de um hospital, observando o Jesse dormir. De repente, as palavras do Médico voltaram a minha mente, tentei ignorar, mas não tive sucesso.
Talvez ele tenha razão, eu criei uma bolha. Mas só uma pessoa era imune a ela, e o ser humano, era o meu pai! Ele foi o principal responsável pelos meus surtos de raiva, além do meu ex namorado.
Criei uma armadura para combater meus sofrimentos, na tentativa de não me machucar mais. Mas, como diria Lara Jean: "Quanto mais pessoas entram na sua vida, mais pessoas podem sair dela".

S/n – Você ficaria tão feliz se visse o sucesso que está sendo a sua música.– tento descontrair desabafando.– E não foi só por minha causa ou do acidente..– fiz uma pausa.– E sim porque as pessoas realmente gostaram da sua música!– Disse empolgada.– Jes...– peguei em sua mão, que estava um pouco gelada por causa do frio.– consegue me ouvir?– Eu sei que a pergunta foi idiot. Mas, no fundo, eu esperava uma resposta. Sinto como se alguém estivesse me observando e intercalo meu olhar entre a porta e o Jesse, percebendo que o Rudy estava encostado na batente da porta.

Rudy – Vai pra casa, tomar um banho, descansar um pouco, comer..– Ele sorriu e caminhou até mim, me abraçou e depositou um beijou na minha testa.– Eu fico com ele.– o interrompo.

S/n – Não quero ir pra casa.– falei calma, fazendo ele suspirar e sentar na poltrona ao lado da cama. Rudy me puxou para seu colo e acariciou meu rosto.

Rudy – Você precisa descansar, se alimentar corretamente. Por favor, não quero que você fique mal.– insistiu.

S/n – Não, eu não posso.– abaixei a cabeça. Rudy suspirou e levantou meu queixo delicadamente, me fazendo olhar em seus olhos.– E se ele...

Rudy – Ele não vai!– me interrompeu.

S/n – Tenho medo de deixá-lo.– engoli seco.

Rudy – Não precisa.– segurou as minhas mãos e eu balancei a cabeça negativamente.– Olha, eu sei que tá sendo difícil pra você, mas..– fez uma pausa e eu me aconcheguei em seu peito.– Se não fizer isso por mim, faça pela Amanda, ela precisa de você.

S/n – Como ela está?–  perguntei preocupada.

Rudy – Quando nós chegamos, ela não queria deitar no quarto porque tava com o cheiro dele.– olhei para o Jesse.– Então..– o interrompo novamente.

S/n – Acho que eles estavam se pegando.– levantei e ele me olhou confuso.

Rudy – O que?– sorrimos.

S/n – Eu acho!– sentei na cama ao lado de jes.– Desculpa por te interromper, pode continuar.

Rudy – Ok.- me olhava estranho.– Ficamos no sofá, mas o perfume dele estava nas almofadas e aí..– deu de ombros.– Ela começou a chorar de novo, deitou no meu colo e chorou até adormecer.– Ele estava certo, ela precisava de mim.– Nada que eu falasse ou fizesse iria amenizar a dor que ela tava sentindo, então deixei ela chorar até pegar no sono.

S/n – Eu vou pra casa.– Eu sabia que ela precisava de mim, mas assim como o Rudy, eu não sabia como consolar a Amanda.– Promete me dar notícias?- perguntei receosa. Não queria deixar o Jesse, mas também queria voltar pra casa e abraçar a Amanda.

Rudy – É claro.– nos beijamos. Peguei a bolsa e antes que pudesse sair do quarto, olhei para o Jesse novamente. Suspirei e deixei o quarto.

Fui para o quarto da Kath para saber como ela estava, quando cheguei na porta, observei a mesma bastante pensativa. Eu sabia que deveria contar, mas não sabia como contar e isso me sufocou assim que eu vi ela.

E se?..Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz