Capítulo Dois

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Acordo em um quarto estranho e quando viro para o lado me deparo com o senhor Dominique, assustada me levanto e o lençol cai

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Acordo em um quarto estranho e quando viro para o lado me deparo com o senhor Dominique, assustada me levanto e o lençol cai. 

Olho para meu corpo e percebo que ambos estamos nus, envergonhada me levanto rapidamente e começo a procurar por minhas roupas.

No chão do quarto já vários preservativos usados e isso me deixa ainda mais envergonhada, me sinto um lixo, como eu pude deixar algo assim acontecer comigo.

Me visto, calço meus sapatos, pego a minha bolsa e saio praticamente correndo do quarto.

Evito o elevador e desço pelas escadas de serviço, já no térreo saio do hotel sem olhar para trás.

Pego um táxi,  passo o endereço do meu apartamento, o percurso foi lento por causa do maldito trânsito e levou quase uma hora para chegar em meu prédio.

Pago o motorista, o agradeço e saio do carro, entro em meu prédio e subo rapidamente as escadas.

Chego em meu apartamento, entro e vou para meu quarto, retiro as minhas roupas, entro no banheiro e tomo um banho querendo lavar da minha memória e corpo a noite anterior.

Tento me lembrar do que aconteceu mas  a última coisa que me lembro é de estar no carro com o Dominique. Acredito que  bebi muito ontem a noite, talvez isso explique a nossa amnésia.

O que é bom assim não terei de me lembrar como me comportei como uma vádia e me entreguei para um desconhecido, ao menos nos protegemos e não corro risco de ficar grávida ou pegar alguma doença sexualmente transmissível.

Acabo meu banho, me visto com um conjunto de moleton e vou até a cozinha procurar algo para comer pois a última vez que comi foi no almoço do dia anterior.

Faço um café bem forte e um sanduíche, me sento no balcão e começo a comer, quando acabo arrumo a cozinha, e volto para meu quarto.

Me deito em minha cama, pego meu celular para ligar para a Abi e havia várias ligações perdidas dela e do Sean, ignoro as do meu ex-noivo traidor e ligo para a minha prima.

Ela não atende e acho estranho, encerro a chamada e percebo e nesse mesmo momento alguém bate em minha porta.

Me levanto, olho pelo olho mágico e vejo ser a Abi, abro a porta e ela entra parecendo muito agitada.

— Você já viu os jornais hoje? — Ela me pergunta.

— Não. — Lhe respondo e ela me entrega o jornal.

— Herdeira mimada trai noivo nas vésperas do casamento. A patricinha Ecatherine Petrova Vasiliev foi vista saindo da boate com um desconhecido na noite de ontem, e segundo testemunhas foi pega na cama com o amante pelo próprio noivo. — Leio a manchete em voz alta e fico  horrorizada

— Isso esta em todos os meios de comunicação, tanto nos jornais como nas redes sociais. Eles estão massacrando você, e acabando com a sua reputação. — A Abi diz me olhando com pena.

— Abi eu não me lembro de nada do que aconteceu ontem, eu realmente sai com o Dominique da boate, ele me falou que vocês pediram para ele me trazer em casa. Então acordei hoje ao lado dele, nua, e havia várias camisinhas espalhadas pelo chão. — Lhe respondo.

— Amiga você não deve satisfação para ninguém, mas temos que dá um jeito de limpar essa sujeira que estão jogando sobre você.  Eu já liguei para Charlotte, e contei tudo que aconteceu ontem para  a vovó, e elas irão nos ajudar.  A vovó contratou um advogado para lhe dar com o assédio que está sofrendo,  e um jornalista amigo dela irá publicar uma matéria com o seu depoimento. — A Abi diz e sorrio agradecida.

Logo em seguida voltam a bater na porta e nos levantamos para ver quem é, olho pelo olho mágico e vejo meus pais. Abro a porta e eles entram, meu pai vem até mim e bate em meu rosto outro vez, a força foi tanta que me desequilibrei e caí.

— Como se atreve a sujar o nome da minha família sua vagabunda. — Ele diz e vem para me bater outra vez, mas a Abi se põe entre nós dois.

— Se encostar nela outra vez, eu te denuncio. — Ela lhe responde.

— Não se intrometa Abigail, isso é entre nós e a sua prima. — A minha mãe diz.

— Irei me intrometer  sim, quando a Cath pegou a vagabunda da Natalya na cama com o Sean nenhum de vocês fizeram nada, mas agora vem aqui e se acham no direito de agredi-la. — A Abi lhe responde.

— Cala a sua boca garota, se não te dou a surra que você nunca recebeu antes. — Meu pai diz a ameaçando.

— Me bate então seu covarde, que eu juro que acabo com você. — Ela lhe responde e ele levanta o braço para bater em minha prima.

— Para Dimitri. — A minha mãe diz e segura seu braço.

—  Ecatherine a partir de hoje você não pertence mais a nossa família, e não precisa mais aparecer na empresa, você está demitida. — Ele diz me olhando com nojo.

— Não tem problema senhor Dimitri, passarei lá apenas para receber o que me é de direito. — Lhe respondo.

— Você não tem direito a nada Ecatherine, tudo que é seu ficará para cobrir o valor do resgate que pagamos quando foi sequestrada. — Ele diz.

— Vocês me dão nojo, ela é tão filha de vocês quanto a Natalya e o Victor. — A Abi lhe responde.

— Não fala do meu filho que essa maldita matou. — Ele diz transtornado.

— Cath não matou o bebê seu monstro, todo mundo sabe que a criança nasceu com uma deficiência no coração e vocês se revoltaram por que os médicos não quiseram tirar o coração saudável dela para colocar nele. — Ela lhe responde e eles saem em seguida.

Abraço meus joelhos e choro desesperada com tudo que está acontecendo. Eu sempre soube que meus pais me odiavam até os ossos, mas não deixa de ser doloroso toda vez que eles deixam claro o ódio que sentem por mim.

— Cath levanta desse chão agora, temos que concertar isso enquanto é tempo. — A Abi diz e faço o que ela me pediu.

Me levanto, pego a minha bolsa e saímos do meu apartamento, descemos a escada silenciosamente e passamos pela saída de emergência para sair do prédio pois a frente do prédio estava cercada por jornalistas.

Eles nunca me perseguiram por que sempre fiquei escondida, poucas pessoas sabiam que pertenço a família Petrova Vasiliev. Mas agora a minha identidade foi revelada, e a minha privacidade será invadida por eles.


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