Capítulo Quarenta e Oito

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Acordo e percebo que estou em casa, no quarto que divido com meu marido

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Acordo e percebo que estou em casa, no quarto que divido com meu marido. Fecho meus olhos e toda a loucura que aconteceu no tribunal se passa em minha mente. 

A realidade de que poderia ser eu a estar morta nesse momento cai sobre mim, e choro angustiada.

A minha vida sempre foi cheia de complicações, medo e loucura já estou acostumada a tantas reviravoltas. Quando penso que estou a salvo e livre para finalmente ser feliz, algo acontece mudando e bagunçando tudo. 

Me levanto ainda um pouco sonolenta, tonta e com uma dor de cabeça horrível, vou até o banheiro, retiro as minhas roupas e entro em baixo do chuveiro.

A água quente e o sabão lavam e limpam o meu corpo, mas ainda me sinto suja e culpada mesmo sendo a vítima de tudo que aconteceu.

Acabo meu banho, me seco, visto meu roupão, enrolo uma toalha em meu cabelo, escovo meus dentes,  saio do banheiro vou até o closet.

 Passo alguns cosméticos, visto uma calcinha e um short de moleton, abro uma das gavetas do Dom, pego um de suas camisas e visto. Penteio meus cabelos embaraçados, calço meu chinelo, coloco a toalha e o roupão de volta no banheiro e saio do quarto.

Vou até a lavanderia, pego meu cachorrinho e brinco por alguns minutos com ele. Coloco ração e água em seus potes, limpo a sujeira que ele fez, lavo as minhas mãos e saio indo em direção a sala de estar.

Ao chegar me encontro com o Dom e a Enna sentados no sofá, conversando sobre algo que não prestei muito a atenção.

Ao me ver, meu marido se levanta e vem até mim. Ele beija meus lábios, rosto e pescoço e depois me abraça tão forte, como se temesse me soltar.

— Como você se sente bebê? — Ele me pergunta.

Tenho vontade de lhe perguntar sobre o que aconteceu com o corpo do Sean após virmos embora e se ele teve um enterro digno, mas me contenho. Não quero aborrecer o Dom com esse assunto, e também porque não saber de nada talvez seja melhor para mim nesse momento.

— Estou bem amor, mas um pouco aérea ainda. — Lhe respondo.

— Também não é para menos minha querida, está dormindo desde ontem. — A Enna fala e a olho chocada.

— Agora entendo porque eu acordei com meu corpo todo dolorido. — Lhe respondo.

— Você precisava desse descanso meu amor. — O Dom diz e me beija outra vez.

— É, acho que sim. — Lhe respondo.

— Vamos tomar o nosso café? A Katrina fez bolo de chocolate para você. — A Enna me pergunta, e aceno em concordância.

O Dom segura a minha mão e fomos os três para a cozinha, nos sentamos e começamos a comer. Quando acabamos voltamos para a sala de estar, liguei a TV e me deitei no sofá com a cabeça apoiada na perna do meu marido.

— Amor o que acha de irmos passar o dia com a sua avó? Ela me ligou nos convidando para ir visitá-la, e está muito preocupada com você e quer te ver para ter certeza que está tudo bem. — Ele me pergunta.

— Hoje não, não quero sair de casa. — Lhe respondo.

— Irá te fazer bem sair um pouco e respirar ar puro minha querida. — A Enna diz, insistindo.

— A minha avó irá entender, outro dia eu vou até a casa dela visitá-la. — Lhe respondo e me concentro, ou tento, no programa que está passando na Tv.

O Dom e a Enna começaram a conversar sobre assuntos aleatórias, mas permaneci em silêncio, hoje não estou a fim de conversa.

O tempo  passou voando e logo chegou a hora do almoço, mais uma vez me levanto e  vamos os três para a cozinha. Eu não estava com fome, mas me forcei a comer um pouco para não chatear a Katrina que sempre faz tudo com tanto carinho e capricho.

Ao fim da refeição, me levanto e volto para o quarto. Fecho as cortinas, apago todas as luzes, me deito e abraço o travesseiro do Dom.

Me concentro em minha respiração, tentando relaxar fazendo exercícios de inspirar e expirar. Não demora muito começo a me sentir sonolenta e meus olhos começam a pesar, fecho-os e deixo o sono me levar.

Eu estava sentada, abraçada aos meus joelhos, chorando em um banco no jardim da casa dos meus pais, após ter apanhado mais uma vez deles. Alguém segura a minha mão, abro meus olhos vejo o meu melhor amigo Sean.

— Não chora Cath, prometo que irei te proteger para sempre. — Ele diz e seca as minhas lágrimas.

— Te amo Sean, queria que você fosse meu irmão e seus pais fossem os meus pais. Eles são bonzinhos e iriam me proteger. — Lhe respondo e nos abraçamos.

Tudo se escurece e já não sou mais uma criança, também não estou mais no jardim dos meus pais e sim em um lugar escuro, frio e úmido que me trás muito medo.

— Você prometeu que iria me proteger e ser sempre meu melhor amigo. Você mudou e mentiu para mim. — Lhe digo chorando.

— Mas eu te protegi Cath. — Ele me responde e aponta para seu corpo morto no chão.

De repente o cadáver se levanta, segura as minhas  mãos e começa a me puxar em sua direção. Tento me soltar, mas ele segura ainda mais forte não permitindo que eu fuja.

— Vou te levar comigo, e você finalmente será minha. — Ele diz e sorrir, me olhando cheio de maldade e seus olhos são negros sem brilho algum.

— Não.  — Grito me debatendo mas não consigo me soltar.

— Bebê calma sou eu, é só um pesadelo, apenas um sonho ruim meu amor. — O Dom diz e o abraço apertado.

— Eu estou com medo, muito medo. — Lhe digo chorando mais uma vez.

— Eu sei, vai ficar tudo bem eu prometo meu amor. — Ele diz,  me coloca deitada em seu colo e faz um carinho gostoso em meus cabelos.

— Dom vamos embora daqui? Mudar de cidade ou até mesmo de país? — Lhe pergunto.

— E onde você gostaria de morar bebê? — Ele me responde com outra pergunta.

— Em qualquer lugar que não fosse aqui, eu odeio tanto morar nessa maldita cidade. A única coisa boa que já me aconteceu aqui foi ter te conhecido, fora isso só tenho lembranças ruins.  — Lhe respondo.

— Eu sei bebê, vamos fazer assim então: Nós esperaremos você acabar o seu curso universitário e se formar, o Nick se estabelecer como o presidente da sua empresa e a Abi e o Brendon se casarem. Depois disso iremos escolher um lugar que você goste de estar e que se sinta bem, feliz e segura para ser nosso lar, e eu irei organizar a mudança das matrizes das empresas da minha avó para lá. — Ele diz e o abraço.

— Jura? — Lhe pergunto.

— Juro meu amor, eu faço qualquer coisa para te ver feliz e sorrindo para mim. — Ele responde e me beija.

— Obrigado Dom, eu te amo muito. — Lhe digo.

— Também te amo bebê, seu sorriso é o motivo dos meus sorrisos, você é minha vida e sem você nada faz sentido. — Ele responde com a voz embargada e eu o beijo.

Beijo seu rosto,  pescoço e depois volto a beijar seus lábios. Retiro a sua camisa, e toco os seus ombros, pescoço e peitoral. Meu corpo está quente desejando o dele, precisando de algo que somente ele pode me dar.

— Faz amor comigo meu amor?— Lhe pergunto e ele me deita na cama e se deita por cima de mim e me beija, eu o amo tanto que beira ao desespero.

Me concentro nas sensações que meu homem me faz sentir, nesse momento a única coisa que preciso e dele dentro de mim e esquecer que o mundo lá fora existe.











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