• oito •

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CAPÍTULO OITO
chiquitita

Quando Sirius fugiu de sua própria casa, não fez isso por apenas comentários ou ideologias que ouvia lá, ele simplesmente não aguentava mais o fato de que não tinha liberdade e muito menos amor. Fora difícil para ele, todos esses anos em que ficaram sendo tratados como mercadorias de alta qualidade apenas por terem o "sangue-puro", pior ainda quando voltava para casa nos feriados, esperando talvez serem tratados com carinho, mas só lhes restava o desprezo de uma mãe e um pai que evitavam cuidar deles.

Ele se lembrava, todos os dias, de quando sua mãe gritou consigo pela última vez, no momento em que ela levantou a varinha para usar contra ele e não conseguiu, simplesmente parou. Talvez porquê ela soubesse dentro dela, que a partir daquele momento seria em vão, poderia trancá-lo em casa ou usar maldições contra ele... mas nunca o domaria como se ele fosse um animal indefeso, Sirius era muito mais do que isso. Ele era forte e jamais aceitaria ser tratado daquela maneira. Quando saiu pela porta do Largo Grimmauld pela última vez, ele pensou que nunca mais ficaria frente a frente com uma reunião de família.

É claro que ficara com James e seria eternamente grato por tudo, os pais dele eram duas pessoas incríveis... mas ele se sentia um invasor naquele pequeno núcleo familiar e feliz, como se os Natais na casa dos Potter não lhe pertencessem. E era por isso que ele se sentiu estranho quando sorriu ao ver a senhora Madison correndo na direção da filha, ele se sentiu parte de alguma coisa.

— Quando foi que você chegou, filha? — uma voz doce perguntou.

Era uma mulher baixinha, os olhos pequenos e delineados, o cabelo preto e arrumado em rolinhos para fazer cachos, muito parecida com Pandora. Era a mãe dela, com certeza. Ela franziu o cenho quando notou primeiro que havia mais de uma mala e que Pandora carregava uma outra bagagem consigo. Antes que ela pudesse continuar perguntando, uma manada de pés furiosos fizeram barulho atrás dela. Seis homens, um deles era o mais velho de todos e provavelmente o pai, com um cabelo loiro escuro e olhos azuis, nada parecido com seus filhos.

Chiquitita! — ele gritou contente, correndo para abraçá-la. — Cortou o cabelo? Ficou tão linda!

Não comentou o fato de que Pandora o tinha ao seu lado, mas encarou Sirius em silêncio, fazendo-o ficar nervoso. Mal sabia ele que o mais fácil de se conquistar era o pai.

— Que bom que você veio! — gritou Apolo. — Viu só, Zeus? Eu disse que ela viria na base da chantagem emocional.

Sirius estava tão confuso que pela primeira vez na vida sentiu timidez. Depois que todos acenaram para a irmã, os olhos se voltaram para ele, fazendo-o corar.

— Bom, não vamos falar do gringo que você trouxe, ou... — Dionísio comentou, mas foi interrompido pela mãe.

A senhora Madison lhe deu um tapa no braço e sorriu educadamente.

— Não sabíamos que Dora traria visitas. — ela disse. — Seja bem-vindo.

Pandora sorriu envergonhada e pigarreou, encarando Sirius rapidamente apenas para ver sua reação e tentou explicar.

— Família, esse é Sirius Black, meu colega. — contou. — Black, essa é a minha família.

Se fez silêncio por alguns gloriosos momentos de choque, ela já havia falado dele, é óbvio.

— Tá brincando, não é? — Hefesto questionou.

Os irmãos começaram a rir e cochichar, Pandora revirou os olhos.

— É um prazer finalmente conhecer o mártir da minha irmãzinha. — disse Apolo. — Já tivemos longas conversas sobre você.

— Apolo! — ela o repreendeu.

UNTAMED • sirius blackNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ