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CAPÍTULO ONZE
you really got me

Quando Pandora saiu praticamente correndo da festa de Slughorn, tentando não ser vista, Sirius não conseguiu se segurar e foi atrás dela, talvez ela estivesse indo ao banheiro, ou ela poderia simplesmente caçar os ingredientes do antídoto da poção que ele sabia muito bem que ela havia feito. Era um fato que nenhum deles sabia muito bem como lidar quando encontravam alguma coisa suspeita no Mapa do Maroto, mas naquele dia que as viram sair juntas do dormitório, não puderam impedir a curiosidade e ir conferir o que estavam fazendo.

No entanto, naquele dia, Sirius estava sem o Mapa do Maroto e acabou por perder a garota de vista, mesmo que imaginasse exatamente para onde ela estava indo. Pandora correu nos corredores, segurando aquele vestido longo, a pequena bolsa pendurada ao lado do corpo e refletindo suas escolhas de vida, pensando que nunca mais faria uma poção como aquelas para alguém, mas quem sabe faria uma menos poderosa.

Chegando na sala de Slughorn, ela percebeu que a porta não estava trancada, como sempre, facilitando sua entrada e deixando com que ela se sentisse mais segura ali dentro. Pegou a varinha guardada dentro do vestido e foi na direção do armário fechado, pensando seriamente que não fazia a mínima ideia do que fazer se o feitiço não abrisse a portinha.

Alohomora. — ela sussurrou. — Ah! Que fácil...

Surpreendentemente, o cadeado que fechava as portas se abriu e Pandora não pôde estar mais surpresa. Era só isso?

— Muito bem, deixe-me ver os ingredientes. — continuou falando sozinha. — Sangue de salamandra... duas biles de tatu, água e galho de Wiggentree, só tem um?

Ela franziu o cenho extremamente confusa, normalmente os ingredientes ali sempre estavam em grandes quantidades, já que eram usados durante as aulas, mas justo um dos ingredientes daquele antídoto praticamente evaporou e fez Pandora se questionar. Outra pessoa fez um antídoto para Amortentia também?

Bem, não importava agora, já que ela tinha conseguido o que precisava e só restava usar um caldeirão para finalmente montar o bendito antídoto. Em segundos o fogo já estava aceso e ela começou a enfiar tudo que havia pego ali dentro, misturando com a quantia necessária de água e rezando para que funcionasse, já que não teria nem como refazer a poção, pois os ingredientes haviam evaporado. Era uma receita rápida, estranhamente fácil demais para algo que necessitava de muito estudo para fazer como a Amortentia, porém, ela não se importou, apenas seguiu todos os passos e ficou por alguns minutos misturando o líquido.

— Maldito Sirius... tudo culpa dele. — ela falou baixinho. — Malditas abóboras... Maldito!

Quando o antídoto começou a borbulhar, ela soube que estava pronto, pegou um frasco pequeno e virou o líquido ali dentro, somente o necessário para que ele bebesse e esquecesse de tudo, deixando assim que Pandora e Morgana se saíssem livres de qualquer detenção, suspensão ou até mesmo uma expulsão, em qualquer uma delas a garota teria de lidar com a fúria da mãe mesmo em outro continente. Guardou-o na pequena bolsa que carregava e tentou limpar o caldeirão, livrando-se de todas as provas do crime, até mesmo colocando outra proteção no cadeado e saindo de fininho pela porta, tentando ao máximo não fazer nenhuma barulho.

Ela olhou para os dois lados do corredor, percebendo que a não havia uma única pessoa ali e começou a caminhar rápido, parando no exato segundo em que viu Sirius aparecer do nada feito um fantasma.

Sirius Black soube desde o início que Pandora com toda certeza tentaria matá-lo ou usar contra ele uma poção feito aquela após ter feito seu cabelo cair, mas tudo se confirmou no dia que a viu saindo do dormitório e não hesitou em segui-la, obviamente a encontrando na sala de Slughorn caçando os ingredientes e murmurando centenas de vezes que o odiava profundamente. Fora engraçado todos aqueles dias em que Pontas fingiu estar apaixonado e atuou tão bem que nenhuma delas desconfiou que eles sabiam de tudo o tempo todo.

UNTAMED • sirius blackWhere stories live. Discover now