E se uma mulher fosse parar na saga adolescente que ela considera mais ridícula?
E descobrisse que voltou a ser uma aborrecente!
Della Moore é uma Médium que se considera mais uma charlatã, porém um acidente faz com que ela acabe indo parar em uma l...
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🎶Panic Room - Au/Ra 🎶Lonely - Billie eilish 🎶Lola Blanc - Angry Too 🎶I think i'm in love - Kat dahlia 🎶Stupid - Ashnikko 🎶 Twisted - MISSIO
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Crianças geralmente têm medo dos monstros que habitam no escuro, aqueles que se escondem no armário ou ficam embaixo das camas. E claro que existem suas exceções, Della se encaixava em uma delas.
Um porão velho e abandonado, as duas meninas também se sentiam daquela mesma forma. Della, estava pensando que não deveria ter irritado a mãe quando se negou a tomar seus remédios.
Ela agora estava agarrada a Jude, ambas estavam abraçadas em silêncio esperando o momento em que a mãe viria por elas.
— Della… — Chamou Jude hesitante.
— Está com medo? Não precisa ter medo do escuro. É mais seguro do que lá fora. — Onde a mãe de ambas podia maltratá-las como bem quisesse.
— Eu sei, mas por que ela diz que você é imperfeita? — Imperfeita a frase que Camille Moore utilizava sempre ao se referir a filha.
Della não imaginou passar seu aniversário de 13 anos presa em um porão, porém também não teve a ilusão de comemorar mais um ano de vida. A garota suspirou profundamente e respondeu a irmã.
— Lembra quando eu costumava gritar e colocar as mãos no ouvido? — Tudo tinha começado aos seus 10 anos, fantasma o sussurro dos mortos, quando percebiam que ela podia escutar e ver eles. Eles pediam clemência e uma ajuda que Della não tinha a capacidade de conceder.
O que pais que acreditam que tudo pode ser resolvido na ciência fariam? Della, não gostava de lembrar das sessões com o psiquiatra e nem dos remédios que precisava tomar.
— Eu sofro de um distúrbio chamado esquizofrenia. E isso me faz ver, sentir e ouvir o que não existe, porém pra mim vai ser tão real como tocar você. — Havia exatamente uma explicação similar a essa que a menina havia escutado dos pais.
— Dói?
— Eu tomo tantos remédios que eu não sinto nada, Jude. Não sei quando estou triste, feliz ou zangada. Me faz ficar assim, sempre calma, quieta e… — Ela não conseguia ter uma palavra para descrever aquilo.
