Capítulo 18

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Ambos estavam em silêncio, sentados próximo há um carvalho com os ombros roçando levemente um no outro, eles estavam deixando a atmosfera pesada da história Carlisle de como, ele se tornou um vampiro

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Ambos estavam em silêncio, sentados próximo há um carvalho com os ombros roçando levemente um no outro, eles estavam deixando a atmosfera pesada da história Carlisle de como, ele se tornou um vampiro. Foi difícil de acreditar que nem tudo que ela sabia, estava correto, nunca imaginou que teria algo como parceiro de alma e muito menos que eles poderiam chorar lágrimas de sangue.

Alguns anos atrás, se algo como isso houvesse acontecido, talvez ela considerasse uma benção, ter pessoas que poderiam salvar ela do seu sofrimento, mas era tarde demais, porque Della já havia se salvado há anos. E se a jovem veio para salvar alguém? Aquele pensamento a fez desejar rir, entretanto quando encarou Carlisle, uma parte dela entendeu que talvez não se tratasse fisicamente.

O sol estava se dissipando aos poucos e o brilho na pele de Carlisle desaparecia, Della estava tão mortificada, naquele momento que seus lábios estavam selados.

— A culpa me consumiu por anos a fio, procurei me redimir e resistir a natureza de um vampiro. — Disse o vampiro com o olhar inundado de remorso. — Ao longo dos anos, acabei percebendo que só comecei a viver de verdade no dia da minha morte. — O modo doloroso com que Carlisle falou aquelas palavras, atingiu o coração de Della em cheio.

— Eu comecei a viver de verdade, depois que matei meus pais. Quer competir, quem é o pior? — A pergunta deveria soar cômica, mas não havia um pingo de senso de humor na voz de Della. 

— Mais todas as pessoas que matou, tentaram prejudicar você. — Disse ele.

— Parece que alguém está justificando minhas ações. — Falou a jovem com zombaria, mas Carlisle havia falado com seriedade. — Meu único sentimento de culpa é pela minha irmã…

— E a morte dela, é culpa sua? — Perguntou o vampiro com curiosidade.

— Não exatamente, mas uma vez o meu pai disse que devido a todos os meus atos. Eu acabaria pagando um alto preço. — Aquela lembrança, sempre dilacerava o coração de Della que contorceu o rosto com a recordação. — Alguns anos depois, minha irmã morreu e finalmente as palavras dele, fizeram sentido. — Falou a jovem com os lábios trêmulos e segurando as lágrimas não derramadas.

— Della, não precisa se segurar perto de mim. — Afirmou o loiro, aproximando-se e pegando sua mão o toque gelado dele. — Se depender de mim, eu vou estar aqui para o que precisar. — Assegurou, Carlisle com um sorriso gentil nos lábios.

Seria difícil ser amiga daquele homem, ele sempre estava  agindo daquele jeito, afetando ela de uma forma que a deixava se sentindo uma pateta indefesa. 

— Por favor, não continue. Porque, eu sei, onde todas essas palavras vão terminar. — Avisou a jovem.

Della, levantou rapidamente para se afastar, entretanto a rapidez, acabou causando uma vertigem repentina, ela se arrependeu imediatamente pela pressa de desejar se livrar das sensações que aquele maldito vampiro a fazia sentir. Seus olhos se arregalaram ao ver o quanto Carlisle foi rápido em envolver todo seu corpo com cuidado, as mãos dele estavam rodeando seu corpo.

— Della, pare de complicar as coisas para si mesma. Nós fugimos e não deu certo. — As palavras dele, eram como um soco no estômago.

— Eu não quero que isso me enfraqueça, ter fraquezas, no final acaba destruindo você. Pare de burlar as minhas defesas, Carlisle. — Suplicou a jovem que fitava intensamente os olhos dourados do vampiro. 

— Fraca? É a última palavra que poderia pensar sobre você. Eu vou repetir para que ouça atentamente, preciso que esteja perto de mim. —  Expressou fervorosamente com ambos olhares ardendo de encontro aquele sentimento que ela rejeitava. — Eu escuto cada batida do seu coração, suspiro, reação e mesmo assim. Eu finjo que não sei…

— Eu nunca pedi por nada disso! — Berrou com o rosto contorcido de angústia. — Amigos? Isso nunca vai dar certo, porque você não quer ser, apenas meu amigo! — Gritou a garota que tentou se livrar dos braços do loiro em vão.

— Eu sou capaz de aceitar tudo, apenas pela sua presença, mesmo que isso me dilacere. — Confessou ele que tomou a jovem em um abraço. — Pare de achar que vai ficar bem melhor se estiver sozinha, porque não é verdade. — Sussurrou.

— É melhor não depositar minha felicidade em alguém, não quero depender inteiramente de alguém!

— Foram seus pais que a fizeram pensar assim?! — Não foram apenas os pais dela no final das contas.

— Pessoas, livros e a vida! — Della, sentia que não conseguia mais segurar as lágrimas que começaram a escapar de seus olhos, por que em tão pouco tempo precisava explodir dessa maneira? Porque ninguém nunca deu um ombro para que ela chorasse, ela sempre foi o ombro no final das contas.

Ela enterrou tão fundo a dor, deixando sempre que o ódio transbordasse, naquele momento, tudo que gostaria de fazer, era bater em si mesma para que as malditas lágrimas parassem de jorrar, como uma maldita cachoeira.

— Estou aqui, estou aqui e não vou a lugar nenhum. — Acalentou o loiro. 

— Eu não posso, simplesmente aceitar tudo isso em um passe de mágica! 

— E eu sou aquele que aceitarei, quaisquer termos, contanto que você esteja ao seu lado. — Falou Carlisle com ternura. 

Della, fungou com os olhos avermelhados e inchados. Sim, ela se sentia muito melhor, depois de chorar descontroladamente e perceber o quanto era bom estar entre os braços daquele homem.

— Então, preciso contar minha história de como acabei vindo parar aqui e sobre as pessoas que eu matei…

— Não precisa se forçar a contar o que aconteceu. — Carlisle, tentou confortar a garota com suas palavras.

— Eu preciso, fazer isso por mim! — Admitiu.

Carlisle, limpou os resquícios de lágrimas do rosto de Della com seu polegar, tocou com tanta suavidade que acabou fazendo com que ela suspirasse.

— Pode começar, quando se sentir mais confortável. — Falou ele. 

Della, fechou os olhos e sentiu um roçar gélido sobre sua testa, ela soube imediatamente que eram os lábios de Carlisle. Pela primeira vez, seu peito estava mais leve, para conseguir relatar tudo com calma. Seria uma longa história.

 Seria uma longa história

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Classic Love - Uma médium perdida em uma saga adolescenteWhere stories live. Discover now