II. el primer día

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O céu raiava novamente sobre Madrid, os seus grandes prédios, — E que majestosas estruturas! —, traziam a capital o ar urbano misturado com a cordialidade do povo espanhol que dava-se para ouvir de longe as saudações das pessoas entre si do lado de fora da boate a qual o corpo estirado de Jeon completamente adormecido em cima de uma das mesas ainda sentindo o girar e pesar da cabeça depois de uma noite cheia de copos de whisky puro em comemoração ao meio de semestre misturado com o aniversário de um dos seus colegas de turma.

Jungkook abria e fechava seus olhos castanhos diversas vezes para se acostumar com a luz que invadia aquele lugar a qual nem mesmo se lembrava como foi parar dormindo tão bem em uma mesa preta coberta de copos de vidro e gelos derretidos. Aquilo estava uma verdadeira bagunça.

— Acorda, porra! — A voz grave masculina veio antecipada de um belo soco na costelas que fez o corpo de Jeon levantar rapidamente sentindo a cabeça ainda pesar olhando em direção ao dono dos palavrões mais desconhecidos de Jungkook.

— Que delicado, Yoongi. — Ele diz rolando os olhos olhando ao redor enquanto se senta à mesa.

— É só uma confraternizaçãozinha, irmão, relaxa. —  O mais velho repete o que o mais novo antes daquela noite tinha falado, puxando Jeon pela mão para que saia da mesa vendo suas pernas vacilarem um momento, mas rapidamente se recompondo.

— Eu me empolguei. Ou eu bebia, ou eu saia da confraternização em cinco minutos. — Jungkook confessa passando as mãos pelo cabelo aceitando o copo de água que Yoongi estava estendendo. — Como foi a noite?

— o contador virá daqui duas horas. Sem nenhum problema, ao não ser os engraçadinhos de menor que querem mentir para nós com identidades falsas. — Yoongi tentava se lembrar de algo a mais, mas seus olhos passam por Jungkook jogando a cabeça minimamente para direta e esquerda negando pelo estado do amigo.

— Ah! E claro...O patrão bebendo numa roda de colegas de faculdade enquanto mandou tocar Harry Styles. — E foi depois daquela frase que Yoongi começou a rir enquanto o estralo da palma da mão de Jeon se vai até a testa.

— Eu já expliquei que o patrão não sou eu. Aliás, tudo foi culpa da Gaia. Ela não para de ouvir aquelas músicas....Quer dizer, caralho! A Gaia! — Então, parece que no mesmo momento que se lembra que é um adulto com responsabilidades e não apenas um estudante de química que comemorou com os colegas de sala o encerramento de um semestre. A postura cansada automaticamente se foi e Jeon olha para o pulso vendo que, — Por sua sorte —, eram 07:10 am e sua filha talvez estivesse acordando agora.

— Quando vimos que você estava passando do quinto copo mandamos uma babá para lá. — O mais velho parecia pensar em tudo. Era por isso que era mais do que um amigo para Jungkook, mas um irmão. Os ombros do mais novo pareciam relaxar naquele momento, ele sabia que Yoongi não iria comentar nada além do que ele perguntaria, até porque era de manhã e Yoongi odiava falar além do essencial "bom dia" matinalmente.

Jungkook coloca os cabelos para trás tocando seus bolsos encontrando as chaves de seu carro e olha para o amigo que o faz apenas um aceno com a cabeça para que ele fosse encontrar a filha. Todos perto do homem sabiam o quanto tentava ficar o máximo presente possível na vida da pequena garota de recém completados seis anos.
Aos vinte anos, Jeon se tornou pai e mesmo com pessoas ao redor dizendo para que ele desistisse da ideia de abdicar um pedaço da sua vida para uma garota que nem mesmo biologicamente era dele, não fez o amor do moreno por aquela garota de cabelos negros enrolados diminuir desde o dia que a pegou nos braços.

Gaia ainda não sabia, mas um dia saberia que é a única que fazia Jeon Jungkook acreditar no mundo e manter sua humanidade ligada vinte e quatro horas, já que o sangue que corriam nas suas veias eram de verdadeiros monstros.

POR TRÁS DA GRANDE MÁFIA | jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora