VIII. ¡Maldita sea!

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AVISO: Este capítulo contém uso de drogas ilícitas e lícitas. Não usem drogas, além de trazerem dependência e muito outros malefícios encontrados em sites de pesquisa ou livros didáticos. Cuidem de vocês!

                              🇪🇸

O luar fazia sua dança com as janelas do hotel em que Jimin estava se olhando no reflexo para conferir o último fio desobediente de seu cabelo rosa que já estava desbotando.

Quando aceitou sair para um jantar com Jungkook não imaginou que iria se importar tanto com sua imagem. Ele escolheu uma roupa confortável e básica, já que não sabia aonde iria exatamente, mas pelo pouco que conhecia o homem, iria ser em um restaurante do mais alto custo.
Para se diferenciar um pouco colocou acessórios prateados, como uma gargantilha singela com um ponto de luz com a inicial de seu sobrenome e brincos em todos os seus furos que mal usava.

Jimin nunca teve problemas em usar peças consideradas femininas demais, na verdade, se sentia mais bonito assim. Ele vai até a sua mala, pegando um pequeno gravador de voz e colocando na sua bolsa já o ligando. Volta pela última vez ao espelho, passando um gloss que deixava sua boca mais evidente.

— Eu ficaria a noite toda vendo você se arrumar para me ver, mas você é um tanto demorado. — A voz grave de Jeon faz Park dar um pulo para trás o olhando com a boca entreaberta e o gloss na mão. O cheiro amadeirado do homem era reconhecível.

Jeon sempre estava muito bem vestido, então não fazia diferença entre se arrumar para um jantar ou ir apenas levar sua filha no colégio. Porém algo estava diferente, ele tinha um piercing reluzente no canto da sua boca.

Era uma argola fina que fazia seu charme sutil nos lábios finos do mais velho.

— Deveria respeitar o processo e privacidade dos outros, Jeon. A porta serve para bater, sabia?

Jimin resmunga enquanto ainda se admirava no espelho.

— Queria me certificar que não fugiria. — Jeon adentra o quarto com um passo e Park dá de ombros fingindo não sentir seu corpo queimar pelo olhar do outro pelo seu corpo.

— Porque fugiria? Essa é a noite que mais almejo em toda minha vida. Irei jantar nas custas de um homem sem nenhum peso na consciência de não pagar a metade da conta.

Ele falava em tom de brincadeira, mas no fundo era verdade. Não faria nem cócegas no bolso do outros.

Contudo, não que Park Jimin já tivesse ido em vários encontros. Se fosse contabilizar todos que já teve em seus vinte e cinco anos de vida, eram o total de zero.
Ele era totalmente inexperiente naqueles assuntos de sair com algum homem. Nunca havia se apaixonado. Nunca havia transado com o mais puro desejo e paixão, na verdade, todas as suas transas na maioria das vezes foram em banheiros de boates que ele e Seokjin iam em raros momentos de folga ou no quarto de um apartamento de alguém da sua faculdade e ele já havia terminado a mesma anos atrás.

A vida que um agente tinha era agitada. Não poderia se apegar em nada desde o momento em que decidiu se tornar o que é hoje.

"Abdicar de suas vontades para alcançar seus sonhos", parecia frases de coach desesperado para sugar dinheiro da plateia, mas era verdadeiro na vida de Jimin.

Ele só fingia, mas estaria derretendo por dentro se fosse em uma situação que não fosse um personagem. Se ele já estava nervoso mentindo, não queria saber da realidade.

— A sua sorte é que eu gosto de gastar meu dinheiro. Vamos, gatito. — Era natural o apelido de Jimin sair pelos lábios de Jeon que ele obedeceu.

— E onde está Gaia? — Jimin pergunta enquanto caminhava em direção ao elevador.

POR TRÁS DA GRANDE MÁFIA | jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora