III. gatito

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— Um minuto, senhor. Preciso só achar seu crachá... — A garota de aparentemente vinte anos estava atrapalhada em meio aos papéis, seus cabelos estavam amarrados em um coque que se desfazia ao tempo que passava. Na verdade, ela estava atordoada pela beleza do novo estagiário.

Não haviam tantas pessoas novas naquele colégio, e ao ver a beleza daquele homem de fios rosas na sua frente a fazia tremer um pouco as mãos perdendo seu foco. Por sua vez, Jimin estava entretido com a foto de uma garota de pele preta, olhos verdes destacados em contraste com a sua pele e cabelos negros.
Seus traços faziam jus ao seu nome, ela parecia uma pequena deusa. O nome daquela garota era Gaia.
Essa seria seu alvo principal a fim de se aproximar de Jeon Jungkook.

Ele sabia que aquela garota era o bem mais precioso do filho da máfia. Não foi difícil conseguir fotos da garota sempre acompanhada de seu pai adentrando em lojas, em lanchonetes e em parques.
Jeon Jungkook não parecia alguém com quem Jimin poderia se preocupar. Nada no seu histórico denunciava um alvo muito difícil de se aproximar e poderiam chegar a lugar nenhum com aquela informação, mas existiam um padrão para todos os criminosos e um deles era sua facilidade em se esconder.

Desde que Jeon Colin foi morto, a Interpol esperava que quem fosse o próximo a liderar a máfia seria o seu filho, Jungkook. Ao invés disso, a máfia parecia ter rompido os laços com a família Jeon e mandou uma carta em um alfabeto que apenas depois de duas semanas a Instituição de Segurança conseguiu decifrar.

Essas cartas, vídeos e ameaças eram direcionadas apenas para instituições, bases diplomáticas e celulares de líderes das nações. O mundo não sabia, mas tudo estava um caos no crime. Não sabiam de fato de onde o aumento da violência vinha, eram apenas justificativas genéricas como desemprego e o sistema carcerário.
Nessas cartas estava escrito que todo vínculo com Jeon's estava em seu fim e um novo líder apareceria, só não queriam se sentir pressionados em torno disso, pois o mundo saberia e o tempo deles era apenas deles. Não iriam seguir o tempo de ninguém e nem mesmo as vontades.

A Interpol estava tentando correr o mais rápido que conseguia para chegar a frente, mas para Jimin parecia uma corrida de um homem só.

— Aqui está, Jimin. Espero que goste da escola. — A mulher o entrega o crachá e ele sorri minimamente. Seu rosto ainda estava dolorido pelos socos de ontem e foram muitas camadas de base para conseguir tampar a região do hematoma.

—  E preciso de mais alguma coisa? —  Park pergunta com uma expressão indiferente para a mulher que faltava beijá-lo ali mesmo, dando um estralo na mente da garota que se lembra de entregar alguns papéis dentro do envelope.

— Aqui está a lista dos nomes dos alunos da sala que irá ficar. A professora encarregada é a senhorita Yolanda, ela pode ser difícil no começo, não é uma das mais simpáticas por aqui. — A recepcionista diz.

— Tudo bem. Muito obrigado.....—Jimin tentava ler o nome bordado no uniforme da mulher, mas ela logo se pronuncia.

— Teresa! Meu nome é Teresa! — Ela estende a mão para o homem que retribui sorrindo antes de virar as costas e caminhar até a grande escadaria que o aguardava para subir e chegar na sala da Sra.Yolanda.

Quando chega na sala, todos os mini olhares o fitam por alguns segundos e seus olhos vão diretamente para a professora que sem animação alguma coloca os óculos retangulares sobre a ponta do nariz.

— Estagiário? — Ela pergunta com uma voz arrastada. Jimin confirma com a cabeça.

— Ah ok, mais um. — Yolanda era uma senhora de cinquenta anos, cabelos grisalhos e roupas floridas. Externamente não exala a sua falta de animação por tudo. — É...vamos lá para a apresentação, acabar com isso logo.

POR TRÁS DA GRANDE MÁFIA | jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora