IX. El descubrimiento

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A cabeça humana de fato é muito impressionante, Jimin nunca havia sonhado tantas coisas em poucas horas, eram sonhos engraçados como se fossem as próximas obras de surrealismo nas vanguardas europeias. Ele olhava para o teto do seu quarto por alguns minutos apenas para tardar a sua decepção ao se olhar no espelho. Obviamente ele checou se suas calças estavam ali e se não havia nenhum tipo de marcação na cama que denunciava ter outra pessoa.

Quando viu que não havia possibilidades de ter transado a noite passada ele respirou aliviado, sentindo seu estômago revirar. Ele estava pedindo socorro a cada vez que o lembrar do amargo do álcool o subia a mente. Contudo, ele ainda era fraco e correu para o banheiro vomitar tudo em um vaso que provavelmente custava o seu apartamento em Lyon inteiro.

Ele não sabia quanto tempo levou para o seu organismo estar satisfeito em se desintoxicar, mas estava tão mal ao ponto de ainda sentir um pesar na sua cabeça e abraçar o vaso sanitário.

Aquela visão era deprimente, pensou o rosado.

Ele via suas mãos tremerem, mas não se importou, pois a dor da consciência era maior.
Jimin levou bons minutos para ter coragem de se levantar daquele vaso, dando descarga e sem pensar muito abriu a torneira do lavabo, fez uma concha com as mãos e bebeu a água desesperadamente para tentar arrancar aquela sensação de desmaio.

Jogou as mãos molhadas no rosto e se olhou no espelho.

— Você é um dos melhores Agentes que temos, Park — Ele repete aquilo que sempre ouvia na Interpool fazendo uma careta de desgosto.

— Que belo agente de merda. — Ele se autodeprecia pela situação que se encontrava sentindo novamente a vontade de vomitar, mas se recompõe.

Park estava nitidamente abatido, ele necessitava de remédios, então procura fora do banheiro algum medicamento. Ele vai até sua bolsa perto da sacada, a abrindo e vendo o gravador ainda ligado acendendo a luz vermelha interrompendo a gravação sussurrando o dia e o horário que interrompeu. Ele suspira, talvez aquilo seria útil para algum momento em que sua cabeça estivesse funcionando.

Ele definitivamente já sabia o que encontraria naquele arquivo: nada.

A única coisa que lembrava era o rosto de um homem loiro com uma tatuagem francesa no rosto lhe oferecendo bebida, na roda de amigos rindo, depois se lembrava do rosto nítido de Jeon Jungkook o dando um beijo na testa.

Ao decorrer que se lembrava suas bochechas ficaram rosas de vergonha combinando com o cabelo, ele bate a palma da mão na testa e se olha no espelho novamente tirando a camiseta para tomar um banho que o acorde daquela droga de ressaca.

— Park Jimin, de novo? — Decepcionado consigo mesmo resmunga sentindo a água passar pelo seu corpo. Ele se lembrava da adolescência naquele momento, foram muitos anos daquele jeito, bêbado e arrependido.

Não poderia estar pior a mente do seu arrependimento.

Quando sai da ducha gelada, já se sentia melhor, apenas via-se flashbacks da visão do rosto perto de Jeon Jungkook, mexendo os lábios de forma preocupada e enraivecido.
Lembra de alguns momentos em que estava no braço do mais alto com a vontade enorme de rir e era apenas isso.

— Jiminnie! — A voz fina de Gaia no corredor faz com que ele recupere a postura vestindo a camiseta branca por fim e olha para a porta esperando que a visão de uma pequena garota apareça com um sorriso radiante, mas ele não consegue esbanjar um dos melhores humores.

A garota sentiu.

— Senhor Jiminnie. — Ela abaixa o tom de voz observando o rosto inchado do seu amigo. Senhor Jiminnie não estava sorrindo para ela.

POR TRÁS DA GRANDE MÁFIA | jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora