Nasce um Luthor

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- Nós podemos voltar pra casa? - Lex sussurrou. Olhou em volta para verificar que não estava sendo ouvido por desconhecidos. Ter uma matéria sobre o quão impaciente estava no velório do pai não lhe traria bons negócios. - Eu odeio esse homem, só quero poder voltar para Washington D.C. o mais rápido possível!

Lillian observou a maneira que Lena estava parada ao seu lado, entre ela e Lex. Haviam um enorme silêncio vindo da garota, desde o momento em que seus pés tocaram aquela cidade... Ela não tinha dito muitas palavras e isso preocupava Lillian.

- Deixe ao menos terminar a missa! - Rebateu.

- Nós não acreditamos em suas palavras. - Foi Lena, para a surpresa dos outros dois Luthors. - Estou cansada.

A matriarca percebeu que não teria outra forma de ficar ali. Encarou em sua volta, alguns que diziam ser amigos e outros que ela não conhecia, mas que sabia que em algum momento teve envolvimento com o seu esposo.

O mesmo havia falecido de repente, de uma hora para outra, como a mídia estava dizendo. Porém, a verdade é que ele estava com câncer em seus pulmões e por mais que houvesse rios de dinheiro em sua conta bancária nada foi o suficiente para comprar sua saúde.

Lillian apreciava um ditado popular que fazia bastante sentindo: Aqui se faz, aqui se paga. Viu com seus próprios olhos um exemplo claro disso.

Durante sua vida, Lionel havia sido rude e extremamente machista e muito, muito violento com ela. Mas ela aceitava tudo por causa dos filhos, mas sabia que não existia mais amor. Quem diria que sua maior surpresa foi quando o corpo do crápula foi dando pequenos sinais e o mesmo passou despercebido... Lillian ardeu em raiva e ódio quando Lionel passou a atacar os seus próprios filhos, como lembrança desses momentos horrorosos Lex perdeu todos os fios dos seus cabelos quando em uma viagem de negócios, viagem essa que ele foi obrigado por Lionel a ir, alegando que precisava conhecer de vez por todas o seu trono, uma maldita chuva de meteoros os atingiu em cheio e Lex quase não sobreviveu.

Foram dias em coma e Lillian torturou pacientemente Lionel que mirou toda a sua raiva no pequeno anjo, que eles tinham como filha. Lena tinha cicatrizes, sejam em sua alma ou em seu corpo.

Então não havia motivos para chorar por alguém que nunca soube o que era amar.

Foi com esse pensamento que aquela pequena família saiu no meio de um funeral de um dos homens mais importantes do mundo e deixou que os empregados fossem responsáveis por qualquer coisa que acontecesse ali.

Bom, quem os culpariam?

O caminho todo foi percorrido em silêncio, o sol se punha e dentro da limusine Lillian observava em silêncio o quanto seu pequeno anjo havia crescido. Após certa idade, preferiu que Lena seguisse os mesmos passos de Lex em relação aos estudos. Preferia sentir saudades dos filhos por estarem no internato do que mortos, sabia que nada duraria ao redor de Lionel e não queria que seus dois anjos conhecesse o ódio da forma que ela conhecia. Não era saudável para nenhum deles.

- Como anda as coisas em Washington, querido? - Lex era um recém adulto, sempre curioso e preocupado com suas obrigações e família.

Sempre que podia mandava uma mensagem para verificar se ambas as mulheres estavam bem, mas a notícia havia abalado suas emoções, afinal por mais cruel que Lionel havia sido, ainda era o seu pai.

- Abrirei uma filial em Gotham, após o recesso do luto. - Encarou a bela mulher à sua frente. - Por mim, as produções continuariam porém seria difícil explicar para a imprensa o porque de não respeitar a morte do meu pai. - Ele ouviu um pequeno suspiro em seu ombro, Lena.

Por mais que a limousine fosse grande o suficiente para caber várias pessoas, a irmã nunca perderia a mania de ir grudada nele.

- Alguém está realmente cansada. - Comentou ao abaixar o tom de voz.

The Luthor's - Supercorp Where stories live. Discover now