Cronologia de um Luthor

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Kara se arrastava para o seu quarto, o seu corpo parecia pesado. Eram tantos dias sem conseguir dormir que nem mil sóis seriam capazes de fortalecê-la, da mesma forma que uma boa noite de sono conseguiria.

Havia jantado há algumas horas, mas estava com uns lanches embaixo do braço porque fome era uma coisa que sentia com frequência.

Lillian nem reclamou pela gula que a filha apresentava, porque sabia que Kara era uma adulta disciplinada e se estava comendo daquela forma, era porque deveria descansar.

Por tanto, quando viu a filha praticamente se arrastar nas escadas, soube que Kara não precisava de nenhuma palavra que fosse tirar a sua paz.

— Kara? — Lena viu a forma que a mulher estava. — Consegue ficar acordada por mais alguns minutos?

Lena sabia que era maldade fazer aquele pedido, acompanhou de perto os treinamentos de Kara e sabia que Lex havia esgotado todas as suas forças, só não ultrapassou todos os limites dela porque sabia que Lillian acabaria com a vida dele.

Ele já tinha ultrapassado uma vez e não queria fazê-lo novamente.

— Claro, eu só não sei se... — Bocejou. — Desculpe, eu só...

— Vem comigo. — Puxou a menina para o terceiro andar da mansão.

Quase nunca iam ali, os irmãos Luthor ainda persistiam para que Lillian se mudassem para um lugar menor e que não parecesse tanto com uma mansão mal assombrada.

— Eu sei que esses dias foram intensos demais para você e Lex parece um ditador maldito tentando sugar tudo o que você tem à oferecer. — Pararam em frente a uma grande porta. — Então, quando você nos contou sobre Krypton e com a ajuda de Kelex, eu pude recriar... Acho que é melhor você entrar para saber.

E a porta foi aberta.

Kara estranhou que tudo estivesse escuro, mas ela foi capaz de ver um colchão enorme sobre o chão com cobertores e o ar condicionado estava no máximo.

Ela franziu o cenho quando viu algumas comidas sobre uma pequena mesa, ao lado da cama e o cheiro.

Kara sentiu seus batimentos cardíacos mudarem quando ela sentiu aquele cheiro.

Ela segurou a mão de Lena, a guiando no escuro para onde a cama se encontrava e Kara quis chorar.

Aquele cheiro trazia lembranças de Krypton, de sua casa.

— Isso é... — Ela não tinha palavras para descrever e Lena suspirou.

— Senta aqui, querida e olhe para cima. — Kara sentou bem no meio da cama de pernas cruzadas e olhou para cima, ela não sabia o que viria dali.

Mas a ansiedade espantou todo e qualquer vestígio de cansaço do seu corpo.

De acordo com as informações disponíveis, o céu de Krypton era um espetáculo deslumbrante e único. Sua estrela principal, Rao, era muito maior e mais brilhante do que o sol da Terra, emitindo uma luz vermelha-amarelada intensa que iluminava todo o planeta. A atmosfera de Krypton era densa e espessa, cheia de gases raros que davam ao céu uma aparência rosada e violeta. À noite, o céu era iluminado por duas luas, conhecidas como Wegthor e Lurvan, que pareciam ser enormes e brilhantes, mas eram relativamente pequenas em comparação com a lua da Terra.

Os registros também indicam que, às vezes, ocorriam tempestades elétricas em Krypton, causadas pela interação entre as camadas atmosféricas densas e a forte radiação emitida por Rao. Essas tempestades produziam raios multicoloridos que cruzavam o céu de Krypton, criando um espetáculo fascinante.

The Luthor's - Supercorp Where stories live. Discover now