O resfriado de um Luthor

341 70 15
                                    

- ATIM! - foi a primeira coisa que Kara disse assim que pisou na CatCo. - Me desculpem.

As pessoas que dividiam o elevador com ela, logo se afastaram para longe. Sua cabeça rodou e ela não entendeu o que estava acontecendo.

Lógico que ela precisou ligar para Lena para entender.

- Oi, Kara... O quê.. - Winn simplesmente surgiu do nada ao seu lado e ela se assustou, estranhou a forma que seu coração bateu acelerado e lembrou que era da mesma forma que o coração de Lillian ficava sempre que ela chegava de surpresa. - O quê está acontecendo?

Kara estava com uma caixa de lencinhos que Lena havia lhe dado, tentando lidar com aquela coisa escorrendo do seu nariz. Ela estava humilhada, nunca havia se sentido dessa forma antes. Totalmente à mercê da sua própria sorte.

- Tinha uma criança doente no ônibus. - Kara respondeu ainda desacreditada que não tinha anticorpos para lidar com uma gripe. - Ele tava com um nariz escorrendo e espirrando muito...

- Deixa ver se eu entendi... - Ele continuou seguindo ela até as mesas de ambos. - Você tá atrasada! - Ela nunca se atrasou. -Pegou um ônibus e está resfriada? - Como alguém como Kara estava em um transporte coletivo? - COMO UM LUTHOR CONSEGUIU FICAR DOENTE? - ele praticamente berrou e ela sentiu sua cabeça latejar, seu corpo estava meio esquisito.

- Somos humanos, Winn. - Kara deixou suas coisas sobre a mesa e se preparou para mais um espirro, sua cabeça estava esquisita. - Nossa mãe nos obriga a tomar vitaminas, vacinas e a prática de exercícios físicos diários para que tenhamos uma imunidade boa, eu ainda não sei dirigir um carro e meu celular havia descarregado, me atrasei porque prometi pra Lena que não iria me perder e acabei me perdendo! - O espirro. - ATIM!

- Eu ouvi alguém espirrar? - o elevador abriu as portas e Cat perguntou assim que teve a visão do seu escritório. - Quem fez isso?

Kara prendeu a respiração, tentou segurar o máximo a vontade que tinha de continuar expelindo toda aquela secreção que insistia em ficar pelo seu nariz, mas absolutamente todos faziam silêncio naquele andar. Todos temiam demais Cat Grant para ousar a se arriscar perto dela.

O espirro veio na ponta do nariz de Kara e ela ainda assim, o segurou.

- Quem entre vocês contaminou o meu escritório com esses assassinos microscópicos? - Cat andava em círculos, procurando o culpado com olhares minuciosos. - Eu já estou sentindo minha garganta se fechando.

- ATIM! - Kara não conseguiu se conter.

- Você? - Cat ficou paralisada. - Kara????? - Colocou a mão surpresa em seu busco, se afastando. - Você nunca fica doente, isso é o melhor que você sabe fazer!

Kara quis chorar, não soube o porquê.

- Isso é o melhor que eu sei fazer? - colocou um lencinho no nariz, extremamente magoada por estar naquela situação e ainda assim ter que ser menosprezada daquele jeito.

- Se você me deixar doente, eu vou ser menos eficiente. E se eu for menos eficiente o nosso valor na bolsa cai, milhares de pessoas perdem os seus empregos e a companhia será atinginda e você será o gatilho para a nova recessão, você quer a nova Irmãos Lima? - Kara não conhecia aqueles irmãos, mas se estava ouvindo da boca de Cat como um exemplo negativo, ela não queria os ser.

- Eu acho que vou pra casa... - Pensou por alguns instantes.

- Não respire, até ter saído! - Cat ordenou e Kara michuruquinha concordou, se afastando.

Do lado de fora, sem saber exatamente para onde ir, se recusou a chamar por Lena e fazer com que ela abandonasse todos os seus afazeres na L-Corp só para ajudá-la, agora Kara era uma adulta e casada, precisava deixar de ser mais dependente da sua família e se tornar independente.

The Luthor's - Supercorp Onde as histórias ganham vida. Descobre agora