Amor em dobro

CAPÍTULO 4

Mônica acompanhava Camila e Cloe até a rua onde estava a casa delas, que era bem perto da lanchonete. Camila estava encantada com a cidade de Miame. Era uma cidade muito linda, cheia de pessoas gentis. Cloe, entretanto, não gostava tanto de estar ali novamente. Ao olhar para aquela casa, ela se lembrava de tudo que sua filha tinha sofrido, e era muito triste ver que Camila estava seguindo os mesmos passos da mãe. Mas a vida é feita de alegrias e decepções, e em algumas ocasiões, nós mesmos nos levamos para essas decepções, que era oque Camila estava fazendo.

— Agora vocês estão entregues na rua de vocês, seguras e muito bem guiadas. Bom, não deve ser difícil achar a casa de vocês, elas são bem separadinhas aqui. Se vocês quiserem comer algo, é só irem ali, eu trabalho naquela lanchonete. Ah, é claro, meu nome é Mônica. — Mônica sorria, e apontava para a lanchonete.

— Mônica, você nos ajudou muito mesmo. E com certeza eu vou lá, estou morrendo de fome. Bom, muito obrigada mesmo, você foi muito gentil em nos ajudar. Você é muito educada! — Camila abraçava ela.

— Você é uma menina muito simpática. Em Nova York, o pessoal nem teria olhado para nós. Somos um povo bem frio. Acho que o frio da cidade nos da uma ajudinha para sermos assim também. — Cloe ria e abraçava Mônica.

— Imagina, eu só fiz oque pessoas boas e educadas deveriam fazer. Bom, agora eu tenho que ir trabalhar. Boa sorte para vocês duas. E sejam muito bem-vindas a Miame. Espero que vocês aproveitem e curtam muito dessa cidade. — Mônica sorria e saía andando.

Enquanto isso, na lanchonete, Sabrina ainda tinha esperanças que Joey ia aparecer, e chama-lá para sair, e ela também não queria perder a aposta. Ela não pensava em ter nada sério com ele, ou mesmo, ter algo com ele, ela só não queria perder a resposta. Ela não pensava em namoro ou qualquer coisa assim. Ela não era fechada para o amor, e para amar novamente, ela só não colocava isso como prioridade no momento.

— Até agora o menino não apareceu. Será que ele perdeu o interesse? Bom, se ele perdeu o interesse, se prepara Sabrina, porque eu vou ganhar essa aposta. Eu nunca perco! Eu te disse isso, mas você não quis acreditar em mim. — Ross olhava para ela.

— Eu não estou acreditando que vou perder essa droga de aposta. Eu nem acredito que apostei isso. Eu sou tão linda, e tão loira, ele devia aparecer. Quer dizer, eu sou linda, eu me garanto. Eu sou dessas, se você não é desses, sinto muito, mas eu tenho uma alta autoestima. — Sabrina colocava a cabeça no balcão.

— Se a senhora não estiver muito ocupada, eu vou pedir um hambúrguer com fritas, um refrigerante médio. Ah, eu esqueci do pedido principal, que é um encontro com você. Mas o último pedido pode vir separado. — Joey ia até o balcão, e olhava para Sabrina.

— Mas é claro que... Você me chamou de senhora? Vem aqui meu filho, quantos anos você pensa que eu tenho? Não responda, pelo amor de Deus. Bom, enfim, ah meu Deus, eu não aceitaria, mas como você é filho da patroa, e eu tenho medo de perder o emprego, eu aceito, ambos pedidos. — Sabrina levantava a cabeça, e olhava para ele, sorrindo.

— Se eu fui desrespeitoso, ou até rápido demais, pode me falar. Bom, rápido eu fui mesmo, porque hoje é a primeira vez que nós estamos nos falando. Enfim, mas aparentemente você já me conhece. Joey, meu nome é Joey, e não filho da patroa. — Joey sorria.

— Você foi muito fofo, e eu suponho que vai ser legal sair com você. Mas você paga tudo, porque no meu dinheiro eu não toco, ele fica guardado. Não é reclamando do dinheiro que a sua mãe paga, mas ele é muito pouco para uma dama como eu, que tem gastos na beleza. — Sabrina sorria e jogava o cabelo para o lado.

— Oque você tem contra mim, universo? Não acredito que perdi essa aposta babaca. Esculta aqui, Joey, era para você ter me chamado para sair, mas quer saber, está tudo acabado entre nós dois, mocinho. — Ross falava, e entrava na cozinha.