CAPÍTULO 9

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Camila e Mônica sentavam no sofá, e ali ficavam conversando sobre várias coisas. Camila trazia para elas, algumas comidas e bebidas, e elas se divertiam, conhecendo várias coisas uma sobre a outra. Após um tempo, Camila levava Mônica para conhecer seu quarto, e ali continuarem o assunto. Como duas pessoas que não se conheciam direito, poderiam conseguir tanta intimidade em tão pouco tempo? O amor da amizade é algo sem explicação. Quando acontece, ele acontece de formas estranhas, que não podem ser explicadas.

— Meu Deus, seu quarto é muito lindo, Camila. Você tem um ótimo gosto, garota de Nova York. — Mônica olhava em volta do quarto, sorrindo.

— A casa dá uma ajudinha também, ela é muito aconchegante. Mas vem aqui, me conta mais sobre você. Você sempre morou aqui em Miame? — Camila sentava na cama, e olhava para ela.

— Sim, eu nasci e cresci aqui em Miame. Foi ótimo para mim, porque eu nunca tive que ficar viajando, trocando de casas, nem tendo que ficar socializando. Eu sempre estive na mesma casa que eu estou até hoje. E você? Sempre foi uma menina de Nova York?

— Sim, eu sempre fui uma garota de Nova York. A gente tem isso em comum, isso de não ficar viajando para vários lugares. Eu já troquei de casa duas vezes lá em Nova York, e agora vim para Miame.

Mônica ficava encantada com o quarto de Camila. O quarto de Camila era muito delicado, cheio de detalhes, como se uma adolescente morasse ali. Mesmo Camila sendo uma, ela estava quase na fase adulta da vida, e era de se estranhar ela não ter deixado as coisas de adolescente para trás. Enquanto Camila falava, Mônica notava o colar que ela também usava no pescoço.

— Camila, desculpa te interromper, mas você tem um colar de lua igual ao meu. Onde você comprou isso? — Mônica chegava mais perto para ver.

— Eu não comprei, foi o meu namorado que me deu isso. O nome dele é Lucas, ele mora aqui. Eu não faço ideia de onde ele comprou, mas ele é lindo, né?

— Seu namorado te deu isso? E ele se chama Lucas? O meu namorado também me deu um desse, e ele se chama Lucas. — Mônica falava, e ficava apertando seu colar.

— Sério? Que coincidência. Será que eles não são amigos? Talvez eles tenham comprado juntos. Isso seria mais coincidência ainda, e talvez uma mensagem do destino, que a gente tinha mesmo que ser amigas.

Camila sorria, e olhava para o colar. Mônica também olhava, e algo dentro dela fazia ela pensar no quanto aquilo era estranho. O nome dos namorados serem os mesmos, os colares serem os mesmos, mas ela parava de pensar nisso e voltava para a realidade. Elas ficavam conversando durante algumas horas, rindo e se divertindo, e após um tempo, Mônica ia embora. A noite tinha sido muito importante para Camila, e ela nunca se esqueceria.

A noite chegava, e tudo estava calmo para Jessica. Ela chegava cansada do trabalho, tomava um banho, ia para a cozinha, preparar algo para comer, e assim seguia sua noite calma, até de repente, a campainha tocava, e ao abrir a porta, Jessica se surpreendia de ver Zack ali, agindo como um homem inocente. O olhar dele sobre ela, era algo manipulador e doente, e o olhar dela para ele, era de alguém com medo, e ai mesmo tempo corajosa.

— Eu não estou acreditando que você teve a coragem de vir aqui na minha casa, para cobrar uma coisa que você não tem direito. Você não vai nunca me deixar em paz?

— Jéssica, eu só vim aqui para tentar te convencer que a gente não precisa se separar. Olha só, eu largo ela, e minha outra família. Olha só, por você, eu volto para casa, e ficamos juntos. — Zack falava e entregava a ela uma garrafa de vinho.

— E quem te disse que eu quero voltar para você? Vai você e sua outra família para o quinto dos infernos, eu não ligo. Eu inclusive, estava falando com meu advogado, e ele passou a lanchonete e todos meus outros bens, para o nome do meu filho. Você vai sair desse casamento sem nada. Até amanhã, com os papéis para você assinar. — Jessica jogava a garrafa de vinho no chão e fechava a porta.

Amor em dobroWhere stories live. Discover now