CAPÍTULO 15

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Mônica não sabia oque fazer, ou oque dizer. Ela só estava ali, olhando para Ross, e pensando que sua vida só tinha acabado de piorar. A frase de que menino e menina nunca dava certo, porque o menino sempre tinha segundas intenções, estava martelando na cabeça dela naquele momento. Ross não sabia se falava algo, se ia embora dali, ele não sabia oque fazer. Ele estava muito nervoso

— Não, Ross, você não gosta de mim. Na verdade, você acha que gosta de mim, mas só está confundindo tudo. É isso que está acontecendo. — Mônica dizia, olhando para ele.

— Não, não é isso que está acontecendo. Eu gosto de você sim, Mônica! Eu gosto muito de você. Há bastante tempo, inclusive. — Ross dizia, e cruzava os braços.

— Não, você não gosta de mim. Você deve estar confundindo as coisas e acha que gosta de mim, quando, na verdade, você não gosta de mim. Eu acho até que você me odeia, é isso. — Mônica dizia, e saía correndo para o quarto.

— Eu gosto sim... Mônica, volta aqui e olha para mim. Vamos conversar como dois adultos que nós já somos há muito tempo. — Ross corria atrás dela.

— Ross, você bebeu e está confuso. Eu te perdoo, as pessoas não sabem oque falam quando estão bêbadas. Você não está no seu juízo normal, tudo bem. — Mônica trancava a porta do quarto.

— Mônica, eu nem gosto de beber, você mesma me disse para não beber. Abre a porta, Mônica. Se você não abrir a porta, eu vou arrombar ela. Você sabe que eu tenho força. — Ross gritava, batendo na porta.

Mônica estava em total desespero. Ela tinha trancado a porta, mas sabia que Ross realmente não tinha medo de quebra-lá. Mônica, em desespero, abria a janela, sem fazer barulho, e pulava. Apesar de gostar muito de Ross, Mônica não queria estragar a relação que ela tinha com o ele, que era de melhores amigos, e irmãos. Ela não sabia para onde ir, mas saía correndo.

Mônica não era a única que estava precisando de conselhos, de carinho, de um colo. Camila também estava. Camila estava se sentindo suja, se sentido usada, sentindo que apenas foi uma idiota que poderia ser usada por qualquer menino. Ela não tinha mais um olhar bom para o amor, mesmo que o amor não seja as pessoas, que sempre estragam esse livro sentimento. Cloe sabia do que a neta estava péssima, e como sempre, ia consolar a neta.

— Camila, não fique assim por causa desse menino. Ele não vale o seu sofrimento. Olha só, uma amiga minha me deu esse convite para uma balada, eu não vou nesses lugares, eu não tenho mais idade, então vá você. — Cloe entregava o convite para ela.

— Por que ela te deu o convite de uma balada sendo que você é velha? Me desculpa, vovó, mas você é velha mesmo para isso mesmo.

— Aos olhos do povo, eu não sou tão velha. Só você que me vê assim. Aos olhos do povo, eu sou tão nova quanto você, netinha. — Cloe piscava para ela, e começava rir.

— Ah meu Deus, que orgulho da minha avó moderna, e mais moderna do que a própria neta. — Camila ria, abraçando ela.

— Como dizem vocês: "Eu estou ligada nos assuntos". Ah meu Deus, eu me sinto uma palhaça quando eu uso essas gírias de vocês — Cloe falava, rindo.

— Vó, pelo amor de Deus, ninguém fala isso, pode parar por aí. Seu nível de juventude está atrasado. Se você quer ser jovem, avance uns anos aí. Quanto a seu convite, eu não sei se estou no clima.

— E quando você vai estar no clima? Enquanto você está aqui, estagnada no tempo, o Lucas está curtindo, e a vida está passando. Se você quer ficar a sua vida toda chorando, pode ficar, mas a vida está passando. — Cloe dava um beijo nela, e ia para a cozinha.

Amor em dobroWhere stories live. Discover now