CAPÍTULO 5

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Duas semanas se passavam, e chegava o dia do encontro de Sabrina e Joey. Sabrina estava bem nervosa para esse encontro. Ela saía com meninos, a mais de três anos, com exceção de Ross. Sabrina tinha medo de ter esquecido de como era estar em um encontro. Ela até tinha medo de ter esquecido como se beijava. Apesar desses medos, Mônica e Ross ajudava a amiga. Sabrina também estava nervosa, pelo fato dele ser filho da sua patroa. Mesmo que ela fosse gente boa, e se tudo desse errado? Tudo poderia acontecer naquela noite.

— Meu Deus, eu não acredito que estou passando por isso. Eu estou ridícula usando esse vestindo. Ele vai pensar que eu estou me oferecendo para ele, e se ele pensar isso, eu mato ele, e depois eu volto para te matar, Mônica. — Sabrina dizia, se olhando no espelho.

— Sabrina, você está tão linda nesse vestindo, que até eu estou com vontade de sair com você. Mas olha só, é seu primeiro encontro com ele, então é claro que ele vai pensar que você só está tentando impressionar. Fica calma, tudo vai dar certo. — Mônica sorria, olhando para Sabrina.

— Mônica, quem disse que eu quero impressionar ele? Eu só estou indo nesse encontro devido à minha aposta com o Ross. Depois da noite de hoje, eu vou dispensar ele. Eu vou pisar no coração dele, e humilhá-lo como ninguém nunca humilhou na vida dele. Meu Deus, eu estou gorda ou é impressão minha? — Sabrina se aproximava do espelho.

— Se você estivesse indo só pela aposta, não teria pedido minha ajuda para se arrumar toda. Para de drama, ele vai amar te ver assim. E por favor, tira da sua cabeça essa ideia de estar acima do peso. Você está linda! Agora para de se olhar nesse espelho. — Mônica tirava Sabrina de perto do espelho.

— Meu Deus, como vocês meninas são chatas. Blá, blá, blá, isso é só um vestido. Ou melhor, isso é só um pedaço de pano com cor, que um dia vai rasgar, e com esse papo chato aí, eu estou quase indo aí rasgar ele mais rápido. — Ross dizia, deitado na cama, e olhando para o teto.

— É por isso que você nunca vai ter uma namorada. Ou então, ela tem que ser muito burra para namorar alguém como você. Você é insensível, chato, insuportável, ruim em tudo que faz, e todos os outros xingamentos existentes. Você desistiu da escola, é burro demais. — Sabrina jogava o sapato nele.

— Eu não sou burro, e eu só desisti da escola no último ano. Eu não tenho que ficar trancado em uma sala de aula aguentando um monte de gente insuportável. E ainda mais, ter que ficar fazendo atividade o dia todo, porque os professores tem essa ousadia de passar tarefas para casa. Eu não sou obrigado a aguentar isso não. — Ross jogava o sapato nela.

— Se você não é tão burro, me fala qual é a raiz quadrada de vinte? E nem me venha falar que essa questão está difícil, porque isso é questão de escola de criança. — Sabrina sentava ao lado dele.

— A raiz quadrada de vinte é, eu te jogando dessa janela a sessenta graus. Será que dá para você calar a sua boca e ir embora logo, beijar seu namoradinho, e conseguir seu aumento no trabalho. — Ross ajoelhava na cama e cruzava os braços.

— Aumento no trabalho? Você está me achando com cara de prostituta, seu perverso? Pelo menos eu tenho alguém para beijar, e você que tem que ficar beijando o espelho da sua casa. E eu te garanto que nem ele gosta dos seus beijos. — Sabrina empurra ele e ele caia da cama.

— As duas crianças aí podem para de brigar? Meu Deus, não é possível que eu tenha que ficar cuidando de vocês dois. Sejam maduros! E você, Sabrina, vem aqui porque eu não terminei. E Ross, levanta do meu chão, eu limpei hoje. — Mônica puxava Sabrina.

— Eu estava na cozinha e houve gritos, bem agressivos inclusive, e vim aqui ver se vocês estavam vivos, ou tinha se matado... Ah meu Deus, Sabrina, você está maravilhosa! Meu Deus, eu estou encantada com você. — Cecília entrava no quarto e olhava para Sabrina.

Amor em dobroDove le storie prendono vita. Scoprilo ora