Seis

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"Mia, na minha cabeça" meu pai diz entre dentes baixinho. Eu entro na cabeça dele e escuto seus pensamentos *Coloca o escudo físico em mim, obriga eles a ficarem quietos e coloca fogo neles* * Eu não consigo, são muitos.* Um homem de cabelos bronze e estranhos olhos dourados sai de seu lugar do lado esquerdo do grupo na última fileira para ficar ao lado do líder.

*Eu não quero saber, eu não perdi meu tempo com vc atoa. Da seu jeito.* *EU NÃO QUERO FAZER ISSO!" grito em sua mente.

O rapaz encosta a mão na do homem por alguns segundos, segundos esses que eu poderia estar prestando atenção no meu pai e correr para longe dele.

Quando menos percebo ele me levanta do chão. Sua mão está apertando meu pescoço e eu me desespero quando o ar não chega aos meus pulmões.

Tudo acontece tão rápido.

De repente, a mão de meu pai não está mais no meu pescoço e eu sou jogada para os braços de alguém.

Em um segundo eu estou de um lado da clareira e no outro do lado dos meus rivais.

Isso parece tão errado. Eu não sinto que eles são meus inimigos.

E esses homens, os mesmos dos meus sonhos, por quê eu sinto que devo confiar neles? Mas e se eles me afogarem assim como fizeram naquele lugar cheio de água e areia? Eu não posso confiar!

Agora de pé ao lado dos homens de cabelos pretos e castanho, eu posso finalmente procurar pelo meu pai.

E lá estava ele, no mesmo lugar de antes, só que agora ele está no chão e dois homens estavam segurando o cara de cabelos louros compridos e um menino estavam soltando uma fumaça preta pelas mãos, em direção ao meu pai o cobrindo por completo.

"Leve ele para as masmorras, Alec." O de cabelos pretos fala com o menino que parecia ter no máximo 15 anos, nomeado Alec.

O que são masmorras?

O que está acontecendo?

Um dos rapazes que prendia o moço loiro, pegou meu pai e correu para o lado contrário ao qual eu vim, junto com Alec.

Em um movimento busco eu viro o corpo para trás, olhando para a floresta.

Deus, o que eles vão fazer? Para onde estão o levando? O que vai ser de mim? Uma enxurrada de pensamentos rondam a minha cabeça, pontos pretos atrapalham a minha visão e rapidamente a preenchem. Depois de tantas horas me forçando a me movimentar, os machucados abriram ainda mais e agora eu sinto minha calça legging encharcada de sangue e camiseta molhada.

A última coisa que eu me lembro e de cair nos braços de alguém...

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P.O.V:Marcos

Minha garganta arde, mas eu ignoro isso, a garota adormecida em meus braços é o mais importante agora.

Sem olhar para trás, eu corro em direção ao castelo, meus irmãos e Carlisle logo atrás de mim.

Em poucos minutos estou em meu apartamento na ala norte do palácio. Com um baque de porta batendo contra a parede, eu adentro o quarto, tão pouco usado por mim, e a outrora inútil cama é ocupada pela mulher que em tão pouco tempo mudou a minha vida.

"Carlisle pediu para tirar a roupa dela" Aro diz ao lado da porta. Uma carranca preocupada preenche o seu rosto, já Caius está do outro lado da cama com a expressão igualmente preocupada.

Eu tiro o moletom de Mia e logo em seguida rasgo sua calça a um palmo de distância da sua virilha transformando a legging em um short. Já a sua camiseta eu somente levanto até a altura dos seios ainda, não desenvolvidos.

Assim que terminei, meu antigo amigo entra no quarto segurando uma maleta, e para o meu desgosto, Carlisle também ficou preocupada depois de viu o estado da garota ao meu lado.

"Caius, Marcos, se afastem por favor, eu preciso de espaço para examiná-la" logo eu me afasto, porém Caius, como a pessoa teimosa que é, continua ao lado de Mia, só se juntando a Aro e eu depois de ser repreendido por nós dois.

"Por favor, esperem do lado de fora" isso já é de mais, eu não vou sair daqui!

"Eu não vou sair" nós três falamos juntos

"Vocês estão com sede, e não é pouca, se continuarem aqui podem se descontrolar e perder ela de vez. Eu suponho que vocês três não querem isso, não é?"

"Ele tem razão. Não podemos machuca-la ainda mais"

Viro de costas saindo do quarto. Aro, mesmo contra a vontade dele me acompanhou, porém, Caius permaneceu lá. "Caius" Ele finalmente de dá por vencido e obedece o médico.

"Peça a Esme que me traga uma bolsa de sangue O-" e com isso deixamos o apartamento.

Felizmente, Heidi chegará com o almoço em 15 minutos. E cá estamos nós, três vampiros milenares inquietos caminhando a sala do trono.

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Próximos as grandes e pesadas portas, já somos capazes de escutar os humanos barulhentos com os seus andares desajeitados, conversas e clicks de câmera fotográfica.

Já dentro da sala e sentados nos nossos respectivos tronos, esperamos por cerca de 5 minutos até que Heidi abre as portas, Aro se levanta e diz "Sua excursão termina aqui"

Aro avança em sua primeira vítima enquanto Caius e eu nos levantamos escolhendo a nossa primeira.

A regra aqui estabelecida é que ao iniciar o almoço Caius, Aro e eu escolhemos as nossas vítimas e os que sobrarem são distribuídos entre os membros mais importantes da guarda.

"Podem comer" libero a guarda.

Depois de três humanos eu volto ao meu trono e espero meus irmãos terminarem o seu quarto e assim que eles terminam nós voltamos para o meu apartamento.

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"Qual o diagnóstico, Carlisle" Aro é mais rápido em perguntar.

"40.7 de febre, ombro direito descolado, pulso esquerdo quebrado, 23 pontos na perna esquerda e 25 na direita, pequenos inúmeros cortes e vergões nas costas e pernas além de uma anemia severa. Peça que um dos guardas compre essas coisas" Carlisle caminha para o lado esquerdo da cama com uma bolsa de soro e troca a bolsa vazia pela nova, volta ao lado direito, pega um band aid, tira a agulha do braço de Mia e coloca o curativo, pega a bolsa de sangue vazia e joga fora junto com a de soro.

"Eu volto daqui uma hora para tirar o soro. Ela vai acordar em algumas horas, não se preocupem e eu mandarei uma das meninas para ajudar ela."

"Nós podemos fazer isso, afinal, é nossa companheira." Caius se mostrou irritado com a última frase de Carlisle.

"Não duvido das suas capacidades, Caius e sei que suas intenções são as melhores para com ela, mas ela provavelmente vai ter medo do todo homem que chegar perto dela. por favor entenda, a menina já sofreu demais." E mais uma vez ele tem razão, mas saber que ela terá medo de nós é extremamente doloroso.

Carlisle vai embora e Aro chama Jane entregando a dieta e a lista de remédios da minha preciosa garotinha. Para o nosso alívio, hoje o tempo está nublado.

Imóveis, sentados no sofá que fica ao lado da porta do quarto, nós vigiamos sono da nossa tão desejada companheira.

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Assim como havia dito, Carlisle voltou uma hora depois, tirou o soro e se foi mais uma vez. Jane também voltou das compras, e foi ordenada a colocar os alimentos na cozinha, que é usada pelos humanos que trabalham no castelo e os remédios foram deixados na sala de estar do apartamento.

Momentos depois, para nossa irritação, fomos chamados para a sala do trono deixando Santiago de guarda no corredor.

Durante a minha corrida eu penso *Agora, infelizmente, o que podemos fazer é esperar para ver como ela reagirá a todas essas mudanças na vida dela".

The Kings Volturi- A Companheira حيث تعيش القصص. اكتشف الآن