Dez

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Acordo com o travesseiro molhado. Levanto a cabeça, as sobrancelhas franzidas. Isso é...baba? Como diabos isso aconteceu? Bom, pelo menos eu me sinto revigorado.

Eu me jogo de costas para o outro lado da gigantesca cama batendo a cabeça no travesseiro seco. Antes que eu possa expressar qualquer sinal da minha satisfação minhas costas se arqueiam, os machucados incomodando.

Já que não poderia ficar na posição da qual eu queria, acabo me sentando.

Meus olhos percorrem o quarto. Todas as portas estavam fechadas sendo a única que exibia alguma luz, a do corredor. O quarto em si tinha suas lâmpadas apagadas e a cortina branca estava fechada, sua transparência permitindo que o sol mostrasse sua glória mas sem que ferisse os meus olhos, no momento sensíveis.

Me levanto e ando em direção a janela, afasto um lado da cortina um pouco e destravo o vidro da sacada. Uma pequena mesa de café da manhã foi montada para mim e embaixo de um vaso cheio das flores da qual me interessei ontem, para o qual  sorri boba, havia um bilhete e nele estava escrito.

Bom dia nossa maravilhosa companheira!
Lamentamos não estar ai no seu despertar, temos coisas para resolver no tribunal mas faremos tudo o mais rápido possível para poder voltar para o seu lado.
Deixamos Jane e Alec, alguns dos nossos melhores guardas do lado de fora do quarto, achamos que talvez você simpatize com eles.

Com amor,

Caius Volturi.

Aro Volturi.

Marcos Volturi . "

Em passos lentos caminho para a porta principal do quarto, do lado de fora, assim como meus companheiros disseram, estavam Jane e Alec com uma postura exemplar, os braços para trás das costas e a cabeça erguida olhando para frente. Você poderia dizer que estes estavam olhando para um ponto fixo a sua frente ou até mesmo que são estátuas- um personagem que um vampiro atua extraordinariamente bem- se você não for perceptivo o suficiente para perceber o movimento dos seus olhos, um olhando um para o outro, suas caretas e seus sorrisos que passam como foguetes por seus rostos duros- se você for humano, eu realmente não te culparia, esses dois podem enganar qualquer um, eu acredito.

Ambos se viram para mim em movimentos sincronizados, suas mãos agora tocando seus lados e suas cabeças curvadas.

"Bom dia, senhorita." sua voz é monótona e transparência respeito, este eu sei que é falso já que não fiz nada para merecer o seu respeito.

"Bom dia! Querem tomar café comigo? Eu sei que vocês não comem, mas eu acho que tem sangue lá, então..." Quanto mais eu falava mais minha confiança diminuía. Enquanto no começo eu olhava para os seus olhos, no meio meio eu olhava para os lados e no final olhava para meus pés, minha mente traumatizada esperando por uma reação negativa, minha falta de comunicação com outras pessoas me dizendo que todos são igual ao meu pai.

3° pessoa:

Os gêmeos sorriem gentilmente para a garota com a aparência tão parecida com a idade deles, mas com a mentalidade tão frágil como a de uma criança com a idade biológica dela. Qualquer movimento ou palavra mal pensada poderia assusta-la, idade da qual os irmãos abominavam, eles sentem uma estranha simpatia por ela. Não pela menina ser sua futura rainha, talvez eles tivessem notado uma semelhança entre eles. Até onde puderam observar Mia sofreu de grande abuso, assim como eles em dia vida humana, sim, com atos diferentes mas ainda assim, abuso.

"Nós adoraríamos." Alec toma a frente, os gêmeos pedem a sua licença e adentram o quarto sem esperar por sua resposta, animados por sua princesa desejar a presença deles por perto, enquanto isso a criança no corredor se mantinha parada olhando para o chão, porém, dessa vez com a boca aberta e os olhos arregalados surpresa com a atitude deles.

Mia, depois de acreditar que aquilo realmente estava acontecendo, se move de volta ao seu quarto saltitante e com um sorriso contagiante.

Com Jane acomodada em uma das cadeiras Alec esperava pela possível nova amiga em pé para que ele pudesse acomoda-la também como o grande cavalheiro que seu pai adotivo, Aro, o ensinou a ser.

Escolhendo a garrafa certa sem dificuldades graças as seus sentidos aguçados e enchendo as três taças de vinho que surpreendentemente estavam lá, seus mestres devem ter pensado na possibilidade, Alec finalmente se junta as garotas.

"Qual é o nome dessas coisas aqui? Eu pegava nas árvores e arbustos mas nunca soube o nome."

"São frutas. Estes são morangos, bananas e uvas." Jane lhe responde. "Esse um suco de manga natural."

"Como assim natural?" Mia pergunta, confusão estampado em suas feições delicadas. Para ela, as coisas simplesmente eram do jeito que são, sem existir uma segunda versão.

"Natural é o que nasce diretamente da terra. Hoje em dia a alta tecnologia foi capaz de criar substâncias que juntas são capazes de formar algo parecido com o gosto dos sucos naturais, porém, nada saudável e os Reis nunca fariam nada que pudesse prejudicar a sua saúde, então, natural." Alec recita.

Na sua mente infantil, com a mentalidade de quem começou a abrir os olhos para o mundo agora, aquele garoto parecia tão sábio, mesmo que por algo bobo e Mia o admirava abertamente.

Nesse processo a garota já havia devorado suas frutas e estava mastigando as últimas. "Vocês são parentes?" Ela pergunta e Jane responde "Somos irmãos gêmeos, senhorita!"

"O que difere gêmeos de irmãos comuns?"

"Irmãos gêmeos são gerados juntos" a loira é quem responde novamente.

A cabeça de Mia estava a mil, tinha a tanto para ver, tinha tanto para aprender e descobrir que por mais que esteja animada, curiosa isso a estava dando dor de cabeça era muito para processar. Novos relacionamento, novas pessoas para conhecer e medos para enfrentar. Ela se sentia aterrorizada e exitada e diante da sua ansiedade para descobrir esse novo mundo ela praticamente engole muitas das coisas que estão em sua mesa enquanto perguntava seus devidos nomes e processos de fabricação.
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Alguém bate na porta e algum dos gêmeos bruxos concedem a permissão para entrar, Mia, por sua vez, degustava de algo que ela descobriu se chamar bomba de doce de leite, ou "carolina" para não custar tanto tempo.

Ela chupa o dedo anelar no momento em que se vira, querendo descobrir quem é o visitante. "Rose! Bom dia!" Seu sorriso feliz com o canto da boca sojo de chocolate e o queixo melado de doce de leite brilha ao ver a primeira pessoa que ela permitiu que se aproximasse dela naquele lugar. "

"Espera aí. Não se mexe!" Mia inclina a cabeça confusa e Rosalie agarra o telemóvel no bolso de sua calça elegante. "Me dá aquele sorriso de novo" a pequena criança sorri mais uma vez franzindo as sobrancelhas para aquele objeto estranho.

Os irmãos riem.

"Bom dia, princesa." Alie chega perto da menina, sorrindo boba. Ela pega um papel toalha e a limpa.

"O que você estava fazendo?" A mais velha ri e desbloqueia o celular mais uma vez mostrando a fotografia para aquela que ela desejava que fosse sua filha. "Tirei uma foto sua!"

"Isso é incrível!" A voz de Mia sobe três tons "Parece as pinturas daqui."

"Só que mais fácil e rápido." Alec termina.

"Eu quero mais disso!" Mia exclama, não importa se soou rude ou não.

"Eu posso arranjar isso. Nos jardins talvez? Mas antes eu quero fazer o que tínhamos combinado antes, então vá se trocar." Em um movimento adorável Mia balança a cabeça freneticamente e corre para o closet.

"Mia" O tom de Rosalie, antes alegre se torna rígido. Mia gira os calcanhares devagar e levanta a cabeça acanhada "O que eu fiz?"

"Tome banho, lave o rosto e escove os dentes sempre primeiro" ela ensina.

"Ah... Ajuda?"

Rose caminha para o banheiro e Mia a segue.

"Vou escolher sua roupa." Jane avisa.

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1350 palavras.

Se alegrem ! Existem mais dois sendo preparados.

The Kings Volturi- A Companheira Where stories live. Discover now