Sete

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Ala Norte, Palazzo Del Priore, Apartamento de Marcos.

P.O.V: Mia

Acordo em um quarto desconhecido.

A confusão toma conta de mim quando eu me lembro de desmaiar nos braços de um dos Volturi. Certamente eu estou em sua casa, mas por que em um quarto tão bonito? Eu estava lá para mata-los, eles não deveriam me deixar tão confortável.

O quarto tem uma estante gigantesca que ocupa a metade de uma das paredes, dois sofás azul marinho no meio, mesa central, duas mesinhas dos lados da cama e uma cortina do chão ao teto preta. Três das paredes do quarto foram pintadas de um cinza escuro e a que a cama fica encostada é de um vermelho vivo.

Também posso ver três portas, duas a minha frente e uma maior do esquerdo do quarto.

Ouço uma batida na porta que claramente leva para o lado de fora, em um rápido movimento, viro a cabeça para aonde veio o barulho.Uma moça bonita adentrou o quarto.

"Olá, Mia não é? Eu sou Esme." Ela se move, um passo a frente, e eu que antes estava no meio da cama me arrasto para a beirada. " Como você está? As feridas estão doendo?" Meus machucados...

Olho para o meu corpo, a surpresa toma conta do meu rosto.

Minha outrora calça, foi transformada em um minúsculo short, meu moleton não se encontra mais em meu corpo e no lugar que deveria estar os cortes sangrentos em minhas pernas está um lenço enrolado, a tonalidade vermelha dada ao sangue seco toma conta de boa parte da minha pele exposta.

A dor diminuiu, porém, ainda estava lá como um constante lembrete da noite passada.

A mulher avança novamente e sem conseguir me controlar eu grito "PARE" meu frágil corpo treme e eu me encolho como um bola "por favor, pare, não se aproxime!" Esme, que antes tinha um sorriso estampado rosto, tão amorosa, agora se encontra chateada.

"Tudo bem, não vou insistir. Eu entendo o tão difícil deve ter sido para você, mas quando estiver melhor chame alguém para que te ajude a se limpar. Fique bem, querida." De volta ao seu olhar maternal, ela me lança o sorriso mais sincero que vi nos meus cinco anos de vida e sem fazer barulho Esme sai do quarto.

Começo a pensar sobre tudo o que aconteceu nesses últimos dois dias e pela primeira vez tenho a chance de colocar todos os meus sentimentos para fora, e eu choro tentando fazer o mínimo de barulho possível engasgando com os soluços.

Mas ao contrário do que Esme me prometeu, outra pessoa é mandada para o "meu" quarto, uma fada eu diria.

A mulher, assim com Esme, tem os olhos dourados, mas seu cabelo é curto e preto e aparentava estar muito alegre.

Na mesma posição de 15 minutos atrás, eu permaneço olhando para frente com o olhar perdido, sem nunca prestar atenção na pessoa tagarelando na frente da porta.

E finalmente o silêncio reina o no meu mais novo quarto, a menina que eu acho ter ouvido dizer que se chamava Alice havia ido embora sem que eu percebesse.

Em alguns minutos voltei a ser incomoda de novo, mas dessa vez nem olhar para pessoa eu olhei ignorando ela totalmente.

E tudo se repete, tentam falar comigo eu não respondo, sou deixada sozinha e por fim, uma última vez, adentram o dormitório, porém desta vez não falam nada me deixando curiosa e, então eu viro a cabeça.

Oh Deus, ela é tão linda.

Está tem os mesmos olhos amarelos das outras, mas seu cabelo loiro ondulado, seu rosto simétrico, traços suaves mas marcantes são únicos. Nunca vi alguém tão bonito como essa mulher.

The Kings Volturi- A Companheira Where stories live. Discover now