🐺 Chapter Fourteen 🦊

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oi deixa o votinho pfv :(

Você não me quer de verdade
No fundo eu sou tua vaidade
Eu vivo seguindo teus passos
Eu sempre estou presa em teus laços
É só você chamar, que eu vou
Alcione.

N A R R A D O R A

28 anos atrás..

— Apollo, tu não podes decidir isso!

A voz de Ares surgiu como um trovão mediante a ilha onde os Deuses se encontravam, seu corpo estava sonegado por um tecido delgado e cândido que deixava o próprio tronco amostra, e em sua cabeça, havia uma coroa pesada nas cores preto com vermelho, que se assemelhava a um elmo, um de seus acessórios preferidos quando estava prestes a ingressar em uma guerra. 

Sua íris na coloração lilás deixou todos ali presentes assustados, visto que não era corriqueiro o Deus se embravecer de tal forma singular. Acontece que Apollo naquele dia em questão, havia removido uma alma que estava vagando na terra, cumprindo sua punição, sem autorização do Deus dos alfas, e ele estava a ponto de lutar com o seu próprio sangue para que ele parasse de ser tão imprudente.

— Onde ele está? — ele questionou Apolo assim que parou de frente para si — Ande, diga-me!

— Não é da sua conta, Ares — o Deus das artes, da justiça e da cura respondeu, sabendo que sofreria represálias pela sua postura — Eu fiz o que achei correto fazer, portanto, tu podes protestar à vontade, ou podes conversar comigo sem iniciar uma briga.

— Se tu não quisesses brigar não tinha feito isso sem autorização, pois eu sei bem de quem é a alma, seu inconsequente. Tu não podes alterar o rumo das coisas por uma paixonite, achei que tivesse decretado isso quando começaste a procurar por ele — sua voz estava alterada e com total razão, o Deus tentava incessantemente compreender os pontos de Apolo, contudo, sem sucesso algum pois não entrava em sua cabeça que um Deus pudesse ser tão desajuizado.

— Eu sou o Deus dos ômegas, Ares, posso escolher fazer o que eu quiser e achar certo. Então, não tente me repreender por isso. Sinto-me culpado a anos por ter deixado ele vagar por tanto tempo, sendo que ele fez o que fez porque não aguentou ficar sem mim. Tu jamais irias entender esse sentimento, não é? Só sabes o que é ira e rancor.

Algumas horas antes de terem iniciado essa discussão, Apollo estava mais uma vez olhando para a terra, sentindo seus olhos celestiais varrerem o horizonte a fim de encontrar aquele que tanto amava. Quando o encontrou foi extraordinário o sorriso que deu, seu corpo tremeu apenas por vê-lo à frente de seus olhos mais uma vez, e foi quase por instinto quando ele tentou pela milésima vez fisgar a sua alma para que pudesse ajudá-lo de alguma maneira.

No entanto, por uma razão inesperada e desconhecida, ele conseguiu, depois de anos tentando feito um louco algum contato. Seus dedos capturaram aquela alma inteiramente quebrada e ele quis chorar posto que notou a sua circunstância tênue, odiava a forma como tudo havia acabado e odiava ainda mais ter sido em vão, logo que todos os ômegas haviam voltado a serem escravizados e ele estava sem forças para tentar mais uma vez.

Entretanto, portar o amor de sua vida em mãos era algo sublime e inimaginável. Ele poderia jogá-lo na terra para arriscar ter uma segunda chance novamente, poderia ousar salvar os ômegas de novo e ter uma existência completa e feliz, e também, poderia estabelecer uma nova rebelião com os seus irmãos por decidir fazer isso mais uma vez, mas isso era o de menos para ele.

A Marca da Maldição - JK + JM ( LIVRO I )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora