Pet Project | Sevmione

07. Aprendizado

Todo grande empreendimento, do tipo que remodelou e redefiniu o mundo e as percepções das pessoas, parecia ter seu quartel-general especial, onde a rebelião era planejada pela primeira vez, as campanhas eram feitas, os futuros compromissos eram deliberados e os sucessos e fracassos eram meticulosamente analisados. A Rebelião dos Goblins de 1612 teve as mesas escuras e manchadas de cerveja do Hog's Head Inn. O ensino sistemático de indivíduos com dons mágicos foi o estabelecimento da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. A guerra contra Voldemort teve a casa dilapidada e infestada de duendes no número 12 de Grimmauld Place. E a S.T.P.N.R tinha a cama de dossel de Hermione, com cortinas. Mais uma vez, ela se viu deitada de costas, olhando para o topo de seu dossel; Bichento enrolado em uma bola ronronante de pelos ruivos em seu estômago.

Suas metas originais para a S.T.P.N.R. eram bastante simples. Bem, ela não tinha certeza se chamaria o problema de Neville de simples, mas descobriu que estava gostando de trabalhar com ele. Colin também, agora que ele havia se juntado a eles em suas sessões. Era um desafio trabalhar com eles; um desafio que seu próprio trabalho em sala de aula muitas vezes não lhe proporcionava.

Eram os novos itens de sua agenda que estavam lhe causando mais problemas agora. Ela tinha a sensação de que esses dois eram provavelmente mais importantes do que qualquer outra coisa que ela havia feito até agora. Cada ponto apresentava seus próprios problemas. Ela não tinha certeza de como fazer para descobrir o que havia de errado com o professor Snape. Ela tinha suas suspeitas sobre o que poderia estar causando a falta de apetite dele - afinal, ela havia percebido que ele estava sob uma enorme quantidade de estresse. Na experiência limitada de Hermione, o estresse fazia com que você comesse ou parasse de comer. Ou, pelo menos, foi isso que sua tia Gwen disse quando ela engordou 15 quilos após o divórcio.

Se o simples estresse estava fazendo com que ele deixasse de comer, então havia uma série de estimulantes de apetite que ela poderia usar. É claro que colocar esses estimulantes na comida e na bebida dele sem que fossem descobertos e, consequentemente, expulsos, seria outro desafio. No entanto, ela temia que a falta de apetite dele fosse menos induzida pelo estresse e mais de natureza médica. Ele simplesmente não parecia bem para ela, especialmente agora, quando ela estava realmente olhando para ele e não apenas vendo o "morcego", como Ron gostava de chamá-lo.

Ela não era nenhuma curandeira ou medibruxa. E mesmo que conseguisse encontrar e executar o encanto de diagnóstico correto, a possibilidade de o Professor Snape pegá-la lançando-o era bastante alta, pois ela teria de estar a poucos metros dele. Ela nem queria pensar no que aconteceria se fizesse o diagnóstico e ele estivesse errado. Ela poderia acabar envenenando-o em vez de ajudá-lo.

A insônia, por outro lado, deixou-a completamente perplexa. Como fazer uma pessoa dormir se ela não quisesse? A não ser drogando o Professor Snape até ficar sem sentidos ou nocauteando-o com um golpe certeiro na nuca, ela não tinha a menor ideia. Ela sabia que havia várias poções que podiam induzir o sono, mas, novamente, colocá-las na comida ou na bebida dele sem ser detectada seria extremamente difícil e as poções soníferas mais poderosas não eram algo com que se brincava casualmente. O fato de o professor, um exímio mestre de Poções, não parecer estar usando poções para ajudá-lo a dormir, sugeria que ela também precisava encontrar outra solução para esse problema.

Ela precisava de um plano, ou pelo menos de uma direção. Ou melhor ainda, precisava de dois planos, um para cuidar da alimentação e outro para cuidar da questão da insônia. Primeiro, ela pensou, eliminar as coisas mais fáceis. Em seguida, atacar as coisas mais difíceis. Ela precisava confirmar suas suspeitas e, na verdade, só havia um lugar para obter essa confirmação. Uma lista do que ele estava comendo e do que não estava também seria útil. Depois, ela voltaria à biblioteca, o outro local de seu pequeno projeto.