44. Fim de jogo

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Severus acordou lentamente, envolto em calor e sentimentos de segurança e contentamento. Os lençóis. Mesmo sabendo que era uma paz induzida magicamente, não diminuiu o impacto sobre seus sentidos ou emoções. Era uma paz que ele sabia saborear. Com base em sua própria pesquisa e tudo o que leu, os lençóis lentamente perdiam sua magia com o tempo conforme o bebê para o qual foram feitos crescia, até que um dia eles eram simplesmente lençóis normais. Ele languidamente se perguntou enquanto se espreguiçava, apreciando a sensação de seus músculos se contraindo e relaxando contra o deslizamento de um pano macio, se o fato de ser um adulto faria diferença em como a magia agia.

Saboreando os sentimentos de contentamento, planejou seu dia. Ele tinha que falar com Dumbledore e Vector sobre o feitiço. Ele precisava falar com Hermione, embora não tivesse certeza do que diria a ela. Ele precisava planejar sobre seus pertences, tal como estavam. Simplesmente dizer a Rink para dar tudo a Hermione não seria o suficiente, ele decidiu. Havia providências que precisavam ser feitas. Ele precisava fazer muitas coisas, mas estava confortável e com a luz fraca que entrava pelas cortinas ainda era cedo. Curvando-se de lado, piscou sonolento e sentiu prazer no que ele sabia que seria uma sensação passageira de facilidade. Por uma das poucas vezes em sua vida, ele decidiu que merecia dormir e fechou os olhos.

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Harry varreu os olhos ao redor da mesa. Todos aqueles que viviam atualmente em Grimmauld Place estavam presentes, exceto Snape. Ninguém tinha visto o homem o dia todo. Harry notou Hermione lançando olhares ansiosos para as escadas enquanto trabalhava em algum tipo de papel que envolvia várias cores de tinta. A ligação dela com Snape ainda fazia seu estômago revirar de desgosto, mas ele finalmente compreendeu a preocupação óbvia dela e disse-lhe que tinha visto Snape de manhã cedo e que o morcego provavelmente estava apenas dormindo até tarde. Hermione parecia menos do que confiante, mas tinha voltado para suas marcas furiosas entre mordidas em seu almoço.

Chamando a atenção de Ron, Harry se sentiu encorajado quando seu melhor amigo sorriu para ele. Ele foi subitamente dominado pelo conhecimento de quão bom amigo Ron Weasley era, e o conhecimento de que ele estava prestes a enviar todos os que ele gostava para o que poderiam muito bem ser suas mortes o aterrorizou. Ao lado dele, Ginny apertou sua mão, puxando sua atenção de volta para a mesa. Ele abriu um sorriso agradecido e se levantou. Endireitando os ombros, ele estava ciente do quão jovem e despreparado realmente se sentia.

"Eu preciso convocar uma reunião da Ordem."

Todos os olhos estavam imediatamente sobre ele que lutou contra a vontade de se inquietar.

Dumbledore o lançou um olhar cordial sobre uma garfada de feijão cozido.

"Isso é necessário, Harry? Talvez eu possa ajudá-lo?"

Harry balançou a cabeça.

"Não senhor." Virando-se para o lado, ele pegou a revista Witch Weekly que Ginny estava segurando para ele. Passando para o artigo, ele o jogou sobre a mesa.

"Esse é um artigo sobre um baile na véspera de Natal que o Ministério está promovendo." A voz de Harry ficou monótona com uma raiva mal contida. "O Ministério está hospedando o baile para homenagear Devrom Dollart e sua equipe no Ministério por tudo que eles fizeram para proteger o mundo mágico nestes tempos difíceis."

Dumbledore pegou a revista e puxou-a para mais perto dele. Batendo nos bolsos, ele encontrou seus óculos e deu uma olhada no artigo em questão.

Harry deu a ele um minuto antes de continuar.

"Observe a lista de convidados. E isso provavelmente não é todo mundo. Mas o que está lá parece uma lista de quem é de quase todas as famílias bruxas de sangue puro proeminentes. Porém ainda mais do que isso, todos que estão nessa lista e conhecemos são Comensais da Morte. Eu estou supondo que todos que não conhecemos são Comensais da Morte também e estarão presentes." A voz de Harry assumiu um tom duro de zombaria. "É o grande dia de Voldemort."

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