Pet Project | Sevmione

37. Cinzas, Cinzas, Todos Nós Caímos

Hermione terminou a música, as palavras da canção de ninar se desvaneceram em silêncio antes que ela caísse sobre o lençol em seu colo. Com os olhos fechados, ela se concentrou em respirar fundo várias vezes. Quando voltou a ter controle sobre si mesma, ela se endireitou lentamente da posição encurvada, estremecendo quando os músculos da parte inferior das costas protestaram contra o movimento.

"Ai!", resmungou para si mesma, enquanto se torcia ligeiramente de um lado para o outro para ajudar a aliviar a pressão. Usando a mão esquerda, ela gentilmente retirou os dedos da mão direita da agulha de prata. Esfregando com força a palma da mão, ela finalmente conseguiu relaxar os músculos contraídos. Fazendo um rápido inventário de si mesma, ela ficou satisfeita com o fato de que, embora estivesse cansada, não estava completamente exausta e o ritmo de sua magia ainda batia firmemente abaixo de seu esterno. Consertar o rasgo não havia consumido tanta energia quanto criar os lençóis.

Acho que agora está pronto. Liberando a magia, ela usou a mão ainda dolorida para recolher os suprimentos, guardando tudo com cuidado antes de abrir o lençol e estendê-lo diante de si. Ela ficou satisfeita ao ver que o material agora estava inteiro, com o feio rasgo no meio fechado com pontos precisos e bem feitos. Sorrindo cansada, ela passou os dedos pelo remendo. Os pontos eram suaves e planos, quase imperceptíveis. O sigilo permaneceu - leoa e cobra - só que agora a leoa estava com a cabeça abaixada e apoiada nas patas. A cobra estava enrolada sob o queixo da leoa, apenas levemente visível nas sombras.

Hermione passou suavemente um dedo sobre as figuras, quase acariciando os fios marrons dourados do pelo da leoa. "Eu também", disse ela suavemente. "Também estou cansada." Deslizando para a cama, ela puxou o lençol ao redor de si e caiu em sonhos dos quais não se lembraria pela manhã.

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Hermione juntou lentamente os ingredientes que estavam espalhados em sua mesa. Ela estava concentrada em suas mãos, mantendo a atenção baixa enquanto os alunos restantes da aula de revisão de Poções saíam da sala. Em um determinado momento, ela chegou a ter dez alunos em sua classe. Agora, ela tinha apenas cinco. Na verdade, ela estava com apenas três, com Colin, Neville e Agnes vindo regularmente. Outros dois entravam e saíam de suas sessões, dependendo dos problemas que estavam tendo na aula do professor Slughorn, e mesmo quando os dois Corvinais vinham, eles observavam os outros com olhos cautelosos. Se ela já não odiasse Voldemort, poderia odiá-lo pela paranoia e desconfiança que ele havia semeado entre os alunos de Hogwarts. Era tudo um desperdício.

Ao ouvir a porta se fechar, ela soltou um suspiro e sentiu que parte da tensão em seus ombros se dissipava.

"Você não está vestida hoje."

Pensando que estava sozinha, Hermione deu um pulo, soltando um grito de surpresa, mas sua varinha já estava apontada para Agnes antes que sua cabeça se ligasse aos seus instintos. "Droga, Agnes", rosnou Hermione, com a voz áspera e estridente de susto.

Agnes não fez nada, apenas observou até que Hermione guardasse a varinha. "Você não está vestida hoje", repetiu ela.

Era uma afirmação, mas Hermione podia ouvir a pergunta subjacente na voz de Agnes. Olhando de volta para a limpeza e ignorando a outra garota, Hermione deu de ombros, esperando que Agnes aceitasse e fosse embora.

"Você também não estava vestida na última sessão. Achei que o Longbottom ou o Creevey fossem dizer alguma coisa. Parece que eles não vão dizer."

Não dá mais para deixar para lá. Hermione parou com as mãos e olhou para Agnes através dos fios de cabelo cacheados que caíam em seu rosto. A outra garota estava empoleirada na beirada de uma das mesas de trabalho, com as pernas cruzadas embaixo dela, enquanto observava Hermione com olhos azuis solenes que pareciam velhos demais para a idade dela, todos com uma avaliação afiada. Malditos Sonserinos e sua necessidade inata de unir as teias e os fios de conexão entre pessoas e eventos. Astúcia, de fato. "Eu só não estava com vontade. Só isso."