07 | Poejo

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2 de julho de 1987

Algie era um maldito furtivo.

O cardo-mariano não produziu as flores pontiagudas em forma de estrela que Hermione esperava. Em vez disso, várias flores roxas profundas, em forma de trombeta, brotaram do galho naquela manhã. Algie havia criado um híbrido mágico de cardo-mariano e beladona.

Era uma maneira inteligente de testar suas habilidades, ela tinha que admitir. Qualquer um poderia comprar flores de cardo-mariano em um boticário. Dessa forma, ele poderia ter certeza de que ela mesma havia mantido a planta viva.

Marchando pela rua de Algie, Hermione bateu com os nós dos dedos na porta da frente. Um grito veio de dentro, ordenando que ela segurasse os hipogrifos, como se ela estivesse batendo na porta há dez minutos.

— Ah — disse Algie enquanto abria a porta, pegando dela o raminho de cardo e beladona. — Muito bom. Você pode começar hoje, presumo?

— Eu posso, mas espero que você não queira que eu devolva a planta inteira. Meu vizinho já a reivindicou. Ele é um Pocionista.

— Não tem problema. Pegue todas as mudas que quiser. Tenho alguns outros híbridos por aqui que podem interessá-la. Agora, vamos começar. Temos muito estrume de hipogrifo para transferir. Se conseguirmos fazer o suficiente até o almoço, posso lhe contar como consegui garantir que a porção de beladona da planta floresça em condições de gelo.

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4 de julho de 1987

Os aromas combinados de terra recém-cavada e folhas verdes frescas envolveram Hermione enquanto ela pressionava terra ao redor da base de sua última oferta de Algie: o filho amoroso de meimendro e Trombeta de Anjo. O jardim de Charity agora tinha várias plantas para cada dia que Hermione trabalhava. Eles foram divididos igualmente entre os híbridos de Algie e plantas comuns de qualidade extraordinária.

— Se você mantiver o ritmo atual — disse Snape, — você precisará expandir meu jardim até o final do verão.

Hermione olhou para ele por cima do ombro.

— Você se importaria?

— Eu poderia ser persuadido a acomodá-lo.

Ela riu. Cada uma das criações de Algie o levou a uma enxurrada de pesquisas. Levantando-se, ela limpou as mãos no fundo da calça jeans e lançou um olhar especulativo para o jardim dele.

— Se vou plantar alguma coisa no seu jardim, terá que envolver de alguma forma acônito.

— Por que, em nome de Merlin, eu precisaria de acônito? Não sou amigo de nenhum lobisomem.

— Oh, acredite, eu sei. Mas o acônito simboliza a misantropia.

Em vez de considerar a provocação dela um insulto, ele soltou um suspiro silencioso que soou quase como uma risada.

— Você pode muito bem começar agora — disse ele. — Conheço um lugar onde você pode obter uma muda de um espécime impressionante.

Ela não parou para perguntar para onde estavam indo; ela simplesmente pegou o braço oferecido e esperou. Com um aperto de tirar o fôlego, o sol brilhante e aberto do jardim de Charity foi substituído pela suave luz verde de uma floresta densa. Tudo ao seu redor estava vivo, fervilhando de magia.

— A Floresta Proibida? — Hermione perguntou em um sussurro.

Snape assentiu.

— Um pouco além das alas externas. Eu descobri isso no meu primeiro ano de ensino.

The Poison Garden| SevmioneWhere stories live. Discover now