The Poison Garden| Sevmione

34 | Lírio do vento

21 de dezembro de 2001

Enquanto Hermione explicava tudo para seus amigos, ela manteve a mão de Severus entrelaçada na dela. Ela só o soltou o tempo necessário para abraçar cada um deles, deslizando a palma da mão contra a de Severus no instante em que soltou Longbottom.

Assim como a Srta. Weasley - não, ela era a Sra. Potter agora - os olhos de Longbottom permaneceram arregalados, mas ele se inclinou para frente como se estivesse curioso para ouvir mais. Potter, por outro lado, tinha uma aura óbvia de presunção sobre seu choque. Ele vinha insistindo nos últimos três anos que as evidências apontavam para Severus estar vivo, afinal.

Potter finalmente começou a usar seu cérebro quando Severus não tivesse mais a tarefa de tentar ensiná-lo.

Weasley foi o único membro do grupo a franzir a testa e recuar. Além da força do aperto de Hermione, a carranca naquele rosto sardento foi a única coisa que convenceu Severus de que ele não estava sonhando, que Hermione era finalmente Hermione, finalmente ao seu lado. Todos os outros obviamente esqueceram suas falas. Potter até sorriu para Severus quando Hermione revelou a verdade sobre seu Patrono. Foi profundamente, profundamente errado.

— Casada? — Weasley perguntou. — Vamos, Hermione. George mandou você fazer isso?

— Claro que não — disse Hermione. — Se ele tivesse feito isso, teria havido mais explosões envolvidas.

— Acho que me lembro de você — disse Longbottom, sorrindo para o rabisco infantil que Hermione tirou de sua bolsa. — Você me disse que eu não era um aborto, não foi?

— Eu tentei. Também tentei convencer o Algie a tratá-lo com gentileza, por todo o bem que isso fez. Você se lembra de correr atrás de sapos com a Charity?

Severus apertou a mão de Hermione quando ouviu o tremor na voz dela ao mencionar o amigo deles.

— Há mais alguém que está esperando impacientemente para ver você — disse ele. — Alguém que gosta de perseguir sapos. — Sacando a varinha, ele conjurou seu Patrono corça e o enviou para o trio que, sem dúvida, estava andando de um lado para o outro no Átrio. — Charity e eu fingimos a morte dela. A pessoa morta na Mansão Malfoy era na verdade Mulciber.

Demorou um momento para a boca aberta de Hermione se curvar em um sorriso. Mais uma vez, ela se lançou sobre ele. Ignorando os curiosos espectadores, Severus a abraçou com força. Ele desejou ter conseguido apagar mais nomes da lista dela.

Um dos elevadores da esquina apitou. Draco apareceu primeiro, todo sorridente, seguido por Charity e Eileen. Fawkes sentou-se no ombro de Eileen, as penas escarlates e douradas da cauda penduradas em seu pescoço como uma jibóia particularmente desagradável.

Os amigos de Hermione murmuraram sobre a aparição de Fawkes, mas Severus não lhes deu atenção. Um ruído estrangulado irrompeu da garganta de Hermione quando ela correu e jogou os braços em volta de Charity.

— Ufa — Charity disse, quase perdendo o equilíbrio. — Olá, amor. Oh, senti sua falta.

A resposta de Hermione foi abafada no ombro de Charity. Ela manteve o braço de Charity enrolado no dela enquanto voltava para o lado de Severus e se inclinava contra ele, como se quisesse continuar tocando os dois para ter certeza de que eram reais. Severus não podia culpá-la.

— Merlin, eles estavam dizendo a verdade? — Draco perguntou com uma risada alta e genuína. — Eu estava me perguntando isso o tempo todo. Seu azarão, Granger. Não achei que você fosse capaz.

— O que você está fazendo aqui, Malfoy? — Weasley perguntou. — Isso não envolve você.

— Eu ajudei a salvar a bunda de Severus — Draco disse, — e ele e Charity têm se revezado pegando meu rosto emprestado nos últimos anos, então isso, de fato, me envolve.