29 | Hera

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30 de abril de 1988

Os dias se transformaram em uma primavera brilhante e ensolarada, mas as noites permaneceram extremamente frias, especialmente nas masmorras. Eles acenderam uma fogueira naquela noite, aconchegando-se juntos no sofá com duas pilhas de livros. Enquanto lia, Severus passou a mão livre pelo braço de Hermione, pela clavícula, pelos ombros, pelo cabelo. Toques doces e suaves que fizeram suas pálpebras caírem e transformaram as palavras da página em um borrão.

Na hora em que ela estava quase adormecendo, os dedos errantes dele pousaram em seu anel, girando-o para frente e para trás.

— Hermione? — ele sussurrou, quase baixo demais para ouvir.

— Mmn?

— E se isso vier com uma pergunta anexada?

Demorou alguns segundos turvos para que o significado de suas palavras fosse registrado. Quando ele lhe deu o anel, ele deixou bem claro que não era esse tipo de anel. Assim que seu cérebro sonolento percebeu o que ele acabara de dizer, o livro escorregou de seu alcance e caiu no chão com um baque. Ela olhou para sua expressão séria, mal conseguindo respirar.

E aqui ela pensou que ele não poderia chocá-la mais do que quando ela descobriu que sua declaração de sempre foi feita para ela.

— Eu diria que sim — disse ela.

Seus lábios se contraíram como se lutasse contra o sorriso que ela podia ver em seus olhos.

— Você realmente faria isso?

— Você está perguntando?

Segurando o rosto dela entre as palmas das mãos, ele a beijou, lenta e suavemente, antes de encostar a testa na dela.

— O que você acha?

Ela riu.

— Se você não está perguntando, então eu estou. Quer se casar comigo?

Com essas palavras, seu sorriso se libertou. Foi um momento que ela quis pressionar entre as páginas de um livro para preservar para sempre.

— Sim — ele disse. — Obviamente.

— Bom. Mas... Quando? Como? Heather Hughes não existe, e Hermione Granger não está nem perto da idade de casar neste momento, no que diz respeito ao Ministério e ao governo trouxa.

A resposta, claro, estava em um livro – aquele que Severus estava lendo.

— É uma vinculação antiga — disse ele. — Aparentemente, elas tiveram um grande renascimento nos anos 60. Tudo o que precisamos é de nós dois e de um vinculador. Notificar o Ministério sobre a união traz alguns benefícios legais, mas não é estritamente necessário. Podemos atravessar essa ponte mais tarde, quando isso não causar... complicações.

Dependendo do texto que escolhessem, eles ficariam vinculados por um ano e um dia ou enquanto durasse o amor. De acordo com o livro, o feitiço de ligação criaria um cordão que se desgastaria e se desfaria se o vínculo fosse dissolvido.

— Vamos escolher enquanto durar o amor, é claro — disse Hermione, — mas o que acontecerá quando eu voltar para o meu próprio tempo?

— A mesma coisa que acontece quando um dos cônjuges morre, imagino. — Ele disse as palavras sem nenhum sinal de emoção, mas seu braço apertou-a ao redor dela. — Nesse caso, o vínculo não desaparece até que o cônjuge sobrevivente esteja pronto para seguir em frente - se algum dia estiver. Ainda estarei aqui. — Fechando o livro, ele franziu a testa para a mão direita dela. — Eu deveria pegar outro anel para você.

The Poison Garden| SevmioneTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang