Capítulo 7

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POV Ludmilla

A tarde chegou e Ludmilla ainda descansava da longa viagem cansativa que fez. Como combinou com Daiane, sairiam mais tarde para rever os amigos porém antes ela queria aproveitar um pouco do dia com sua mãe.

Silvana: - Toc toc toc dorminhoca. - Entrou no quarto da filha com uma bandeja em mãos.

Ludmilla: - Mãeeee, não querooo. - Colocou o travesseiro no rosto pra fugir da claridade do quarto, sua mãe ascendeu a luz para ajudar a disperta-la.

Silvana: - Quer sim! Você prometeu que almoçaria comigo filha, estou faminta. - Ludmilla imediatamente sentou-se na cama.

Ludmilla: - Desculpe mãe, acho que perdi a hora, não precisava me esperar... - Falou manhosa já esfregando os olhos e levantou-se para fazer sua higienização.

Silvana: - Precisava sim, não tira o pijama, trouxe nossos pratos pra comermos aqui mesmo pra você descansar, seu pai já me disse que irá sair mais tarde.

Ludmilla: - Combinei com a minha tropinha, isso claro se não houver problema pra Sra. - Se aproximou de sua mãe e beijou o topo de sua cabeça e a puxou para a mesinha do quarto para almoçarem.

Silvana: - Claro que não meu amor, eu estou tão feliz que está de volta, imagino seus amigos, vá aproveitar com eles! - Fez um carinho na mão da filha e iniciaram a refeição. - Ludmilla eu quero saber do seu noivado, do escritório e também quero te fazer um pedido.

Ludmilla: - Eita, vamos com calma Dona Silvana. - Pensou o que falaria primeiro, não queria a mãe preocupada com ela. - O escritório foi encerrado, remanejei alguns funcionários para empresas parceiras, aluguei o prédio e deixei meu apartamento com a Nete... - Respirou fundo pois o outro assunto era ligeiramente mais delicado. - Isabelly e eu rompemos, na verdade ela terminou e eu descobri 3 dias depois que ela me traia com o filho do meu chefe.

Silvana: - Como ela foi capaz?? Filha você fazia de tudo para essa mulher!

Ludmilla: - A única coisa que não fiz foi ama-la mãe, e não quero mais pensar nela, já encerrei o nosso contato e sequer perguntei seus motivos, acho que nada justifica a traição, desejo que ela seja feliz, bem longe de mim!

Silvana: - Quando você cresceu desse jeito? -  Levantou-se para abraçar a filha.

Ludmilla: - Eu tenho meu exemplo de força aqui diante dos meus olhos. - Retribuiu o abraço que tanto sentia falta. - Agora me diga, que pedido é esse que quer me fazer?

Silvana: - Eu sei que voltou para cuidar do caso do Marcos, mais eu não aguento mais chorar por essa perda, eu não consigo mais olhar para o seu pai e ver a preocupação dele em me ver desabar, mesmo eu prometendo que não... Filha, quero te pedir para encerrarmos esse assunto, o que tiver que tratar será na Advocacias Oliveira, mais aqui em nossa casa e na sua vida pessoal, eu não quero que essa seja a pauta para os seus dias.

Ludmilla: - Não entendi, a Sra quer que eu largue o caso?

Silvana: - Eu quero que apenas lide com ele como qualquer caso, da porta pra fora... - Suspirou tentando conter as lágrimas. - Eu me culpo todos os dias, permiti que Marcos fosse um boêmio, sem responsabilidades e achava normal, esse é o meu aprendizado para não errar com Yuri que está crescendo e vai precisar de uma mãe mais forte! Só Deus sabe o quanto eu quero preso o assassino do meu menino, mas não quero que isso nos desgaste mais do que já tem feito.

Ludmilla: - Mãe... Jamais ouse se culpar, você é minha rainha e fez o melhor por todos nós!

Silvana: - Só me prometa, sem matérias nos jornais, TV e internet, eu não quero mais ter nossa vida exposta, não de uma ferida que nunca cicatrizará! Me prometa que vai viver  sem se prender a isso e a primeira namoradinha que me apresentar, não vai saber da nossa dor, não deixe a sua dor te dominar. Quando enfim o assassino for condenado, eu permitirei que uma última homenagem seja feita ao Marcos, como um ponto final nessa trágica história.

O Amor E Seus Destinos (G!P) - BrumillaWhere stories live. Discover now