Capítulo 18

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Morro do Alemão

Pacificado a algum tempo, o Morro do Alemão é grande responsável pelos bailes e festas mais badaladas das comunidades do Rio de Janeiro, como é sabido por todos, o tráfico de drogas e armas é de intenso fluxo no morro, bem como milicianos que extorquem a população.

Grilo: - E aí chefe? Bora levar um papo?

***: - Não sei se tô com tempo, é importante?

Grilo: - Peá, Tuca e Digão!

***: - Qual é? Jajá eles voltam, eu já dei a minha palavra.

Grilo: - Passou de um mês e nada deles aqui, vai dar merda!

***: - Só agora eu consegui um laranja, então acalma essa emoção ai que tem coisas que os milicianos não conseguem intervir, não há propina que pague esse processo, fica suave que eles não vão ficar presos.

Grilo: - Esse laranja ai não sei não, vai dar pra trás!

***: -  Não vai! Para de me encher, eu sei o que estou fazendo, volte ao seu trabalho!

Grilo: - É o meu irmão que está lá Caio, e nós somos fechamento, você tá ligado!

Caio: - Eu sei Grilo, você são o que tenho de melhor aqui, tô articulando as ações pro Peá, Tuca e Digão sairem ilesos dessa, ou com pena baixinha e vão ser muito bem pagos por isso. - Grilo assentiu. - O Brunno entrou de laranja, vai assumir o b.o da morte do mauricinho e vai manter isso ou terei que cumprir minha promessa de cobrar sua dívida usando do corpinho da gostosa da Brunna, todos os dias em meu cativeiro.

Grilo: - Até agora não entendi porque não arrastou a mina se tu é ligadão na dela.

Caio: - Eu não quero Brunna como mais uma das minhas prisioneiras, quero ela como troféu, mãe dos meus herdeiros, a fiel do morro e da sociedade medíocre que meu pai tanto preza. Mas, se Brunno resolver dar uma de esperto e não assumir esse crime no meu lugar, eu esqueço essa bobagem de fiel e pego o que é meu, porque ela me pertence e mais cedo ou mais tarde será minha.

Grilo: - Se já tinha um mané pra cobrar, porque é que teve que envolver os outros, até onde eu sei quem tava contigo era só o Peá. - Caio o olhou pensativo.

Flashback on

Caio: - Marcos, eu to pouco me fudendo se seu pai tem grana, você sumiu com a porra da droga e eu não vou me meter em b.o por sua causa.

Marcos: - Eu fui roubado carai, você acha que eu ia meter esse loko e sumir com 100 mil em droga? Mais eu te pago, eu tenho grana, só preciso de um tempo.

Caio: - Esse é o problema, seu tempo era hoje, eu vou ser cobrado e vou pagar com a sua cabeça, cansei de você mauricinho filho da puta. - Apontou a arma para Marcos e atirou uma, duas, três vezes contra seu peito. - Peá, limpe a bagunça e se certifique que fui certeiro, manda a foto no meu celular e chama o Marcone.

Mais tarde.

Marcone: - Caio você ficou maluco? Me colocar nessa porra de cena de crime.

Caio: - Te chamei porque você sempre sabe o que fazer nesses casos. 

Marcone: - Não quero saber, você acabou de arrumar um problema muito mais sério do que pensa! - Olhou para Caio que se assustou. - Deixei os dois lá na cena um tempo e depois acionei a Civil, as notícias já estão em todos os sites e jornais.

Caio: - Marcos ta parecendo celebridade então!

Marcone: - Já tô me cansando de cobrir suas merdas, o mauricinho não é só mais um filhinho de papai não, ele é um Oliveira e miliciano nenhum vai entrar nessa por você!

Caio: - Oliveira? - Franziu a testa preocupado. - Eu sabia que ele tinha grana mais... PORRA, e agora?

Marcone: - Agora? Eles vão atrás até achar o culpado, e não tem propina que vai impedir de mofar se não morrer na cadeia, eu to fora, Renato Oliveira consegue tudo o que quer e já rodou muito bandido aqui.

Caio: - Marcone, fudeu!

Marcone: - Peguei as câmeras de filmagem e zerei a gravação, porém quando é pra achar culpado a busca é maior que uma ou duas ruas, então você vai precisar de alguém pra assumir essa morte ai na sua conta, como o processo precisa andar, até você conseguir esse laranja, envolve uns três ai no esquema e oferece uma grana boa pra passar um tempo preso.

Caio: - E no que isso vai adiantar?

Marcone: - Três culpados daqui uns 5 dias vai confundir a polícia pois um só matou e vai te dar tempo pra achar o laranja, alguém que confesse o crime e de quebra da um cala boca na família, e os outros três passam a ser cumplices.

Caio: - Essa é a minha melhor chance?

Marcone: - É a única que tem, ou faz o que eu to te falando, ou em até 10 dias os Oliveiras vão chegar em você e ai já sabe, a prisão tem seus justiceiros se forem bem pagos. - Caio assentiu.

Caio: - Certo! - Pegou seu celular. - Grilo, pede pro Peá, Tuca e Digão subirem agora!

Flashback off

Caio: - Eu tive meus motivos pra envolver mais gente ou eu rodaria, foi o que deu pra fazer até conseguir que o Brunno se enrolasse mais, a ponto de tomar o meu lugar nesse assassinato. - Grilo assentiu. - Agora chega dessa papo, já te falei que ninguém vai sair de mão abanando dessa merda toda, relaxa ai e volta pro seu trampo que tem carregamento chegando daqui 30 minutos.

Grilo: - Fecho!

Caio: - Ah... Grilo, traga uma putinha la do cativeiro, tô precisando dar uma relaxada.

Grilo: - É pra já!

Caio era muito pior do que se imaginava, embora não precisasse viver do tráfico, ele gostava da adrenalina que essa vida proporcionava, além de drogas e armas, Caio também comprava mulheres dos viciados que não tinham como manter seu vício e as mantinha em cativeiro para realizar suas fantasias sexuais, porém, seu maior desejo estava no bairro do Recreio, uma loira que o rejeitava, logo ele que tinha tudo que queria.

Brunna estava certa quanto aos seus sentimentos, de fato tinha algo de errado nessa história, seu irmão não era uma assassino, assumiu um crime para que ela não virasse pagamento do seu vício, jamais se perdoaria por entregar a irmã nas mãos de Caio e não se arrependeria mesmo que tudo isso pudesse lhe custar a vida.

***

Votem, comentem muitoooo e avisem dos erros!

Capítulo mais curto pra se situarem sobre os motivos do Brunno e de como Caio consegue ser podre!

Bjs

O Amor E Seus Destinos (G!P) - BrumillaWhere stories live. Discover now