Capítulo 43

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POV Narrador

Os dias foram passando e a nova audiência aconteceria naquela tarde de sexta-feira. Brunna conseguiu retornar ao trabalho, mesmo com a visível apatia, a loira entendia que precisava de uma válvula de escape para fugir do sentimento que não cessava em seu peito. Ludmilla passou a ficar ainda mais horas na empresa, resolveu que se enterrar de processos seria a melhor saída para não enfrentar o olhar reprovativo de sua mãe ou até mesmo a felicidade de seu pai pelo noivado precipitado com Isabelly.

JULGAMENTO

O depoimento dos réus foi iniciado, os três primeiros deram declarações parecidas, a estratégia de Sidney que os defendia era bem clara, jogar a culpa em cima de Brunno e inclusive relatar uma possível coação para que assumissem o crime em seu lugar. No entanto Alice notando as falas atravessadas e sem contexto, conseguiu de certa forma reverter a situação, seu cliente não poderia pagar por mais crimes, se nem ela poderia ter certeza se ele de fato era culpado. Já Ludmilla fez tantas perguntas sem receber as devidas respostas que conseguiu evidenciar até para si mesma que a história não batia.

JUIZ: - Convoco o réu Brunno Gonçalves Coelho para prestar depoimento. Com a palavra, os advogados de defesa.

Sidney: - Brunno, como você se declara neste julgamento?

Brunno: - Culpado!

Sindney: - Brunno, os meus clientes relataram como foram coagidos a estarem aqui para assumirem este crime em seu lugar. Você confirma que houve chantagem?

Brunno permaneceu calado, sabia que isso poderia agravar ainda mais a situação e tinha combinado com Caio que assumiria o crime do assassinato e nada além disso.

Sidney: - Repito a pergunta. Você confirma ter chantageado os meus clientes para que assumissem o crime em seu lugar?

Brunno: - Não tenho nada a declarar sobre isso.

Sidney: - Protesto excelência, o réu está aqui para prestar esclarecimentos e não para responder apenas o que lhe convém.

Alice: - Excelência, o réu respondeu a questão, não podemos força-lo a confirmar suposições levantadas que sequer existem provas.

JUIZ: - Protesto negado. Continue com o interrogatório.

Sidney: - Sem mais perguntas Excelência. - Voltou para o seu lugar frustrado.

JUIZ: - Dr. Alice, a palavra é toda sua.

Alice: - Brunno, sabemos que estamos em uma situação delicada aqui, você diz ter matado um homem, preciso que relate para os presentes, como de fato cometeu o assassinato.

Brunno ficou mudo e espantado, ele não tinha se preparado para tanto.

Brunno: - Eu apenas peguei a arma e atirei, depois vi quem era e fugi, porém não consegui conviver com a minha consciência e resolvi me entregar.

Alice: - Onde você estava quando o crime aconteceu?

Brunno: - Na rua.

Alice: - E o que estava fazendo? O que Marcos Oliveira fazia antes de morrer? - Brunno gelou.

Brunno: - Eu estava usando droga e ele estava comigo.

Alice: - Então vocês eram amigos? E se você foi olhar quem era e fugiu, como diz que Marcos estava contigo?

Brunno: - NÃO ÉRAMOS AMIGOS! - Se exaltou.

Alice: - Ok... Não eram amigos, estavam fumando juntos, você o matou e foi ver quem era. Essa história parece convincente pra você Brunno? - Se manteve calado. - Era o que eu imaginava. - Olhou para o Juiz. - Sem mais perguntas excelência.

O Amor E Seus Destinos (G!P) - BrumillaWhere stories live. Discover now