Capítulo 9

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Morrigan:

"Deusa da Guerra ou da Morte. Grande Rainha. Rainha Fantasma ou Terror."



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A sala de reuniões do palácio principal da Corte Noturna era escura e cheirava tanto a mofo, que fazia o nariz de Morrigan coçar desesperadamente.

O lugar era basicamente uma sala grande com uma mesa retangular de doze assentos, quatro janelas que davam uma vista um tanto quanto sinistra para os vales das montanhas.

O lustre era todo feito de cristais com chamas feéricas nas pontas, assim ele nunca se apagaria, e refletia por toda a sala. As paredes de pedras cinzas polidas deixava tudo mais frio do que já era, além de ter um tapete verde oliva horrível por quase todo o chão.

Desde o início do corredor é possível escutar um burburinho dos machos na sala. Com um aceno de suas mãos as portas foram escancaradas, então, Morrigan empinou o queixo ao adentrar o cômodo, como uma verdadeira rainha.

Todos presentes fizeram silêncio, o único som que era ouvido provinha dos saltos dourados de Mor, que fazia questão de marcar bem seus passos à medida que entrava mais e mais.

Seu poder se agitou e Mor o libertou, o deixou completamente sem amarras. O chão tremeu. As luzes piscaram. E os vitrais vibraram a cada passo da governadora da Cidade Escavada.

Seu vestido escandalosamente vermelho e cheio de fendas deixaria qualquer macho aos seus pés, e seu sorriso maldoso, que refletia mais que o colar de diamantes vermelhos que usava, seria capaz de fazer o mais poderoso guerreiro se ajoelhar pedindo por perdão.

A Rainha da Cidade Escavada.

Uma verdadeira Deusa da Morte.

Morrigan caminhou até a cabeceira da mesa, um criado puxou a cadeira para ela se sentar, cada passo era fluido e gracioso.

Seus movimentos eram meticulosamente analisados, todos a observavam com a respiração trancada, com medo de seus próximos gestos e ações. Todos menos um.

Keir.

Ele não a olhava com medo, admiração ou luxúria como os outros.

Não, ele a olhava com raiva e deboche. Era possível ver o desprezo dele por ela facilmente, mas o contrário também era possível de ser visto, eles conseguiam ver o quanto ela o desprezava; o quanto ela desejava sua ruína, sua morte.

Praticamente todos naquela sala queriam aquilo, ninguém gostava do administrador da Cidade Escavada, e não sabiam do porque o Grão-Senhor ainda o mantinha vivo.

Mas a verdade que eles não sabiam, era que pelo que dependesse do Grão-Senhor e da Grã-Senhora, Keir já estaria morto.

Porém Morrigan queria esperar, ela queria dar um fim a vida de seu progenitor, e faria isso demoradamente, passaria dias se divertindo em uma sala fechada o torturando, talvez até mesmo deixasse Azriel participar.

Ela só não fez nada ainda por ter algumas questões da Corte em que Keir poderia ser útil, só não por muito tempo, seus dias já estavam contados.

E ele se arrependeria de cada atrocidade que já cometeu, de cada maldade e injustiça. De tê-la vendido como uma égua reprodutora, a causa de suas noites mal dormidas e crises de pânico, principalmente quando era mais nova, hoje isso não a afetava tanto.

Ele iria se arrepender da forma como sempre a tratou, de como sempre tratou seus amigos, sua família.

Mor faria questão de deixar isso bem claro.

Ela o faria se arrepender de ter nascido.


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N/a:

Oie, como vcs estão?

Espero que estejam gostando da fic. Desculpe se houver algum erro ortográfico.

E pfv me deem um Feedback, me digam se estão gostando e o que querem ver pelo decorrer da história.

Bjs.


Roupas e joias:

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