Capítulo 33

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Emerie chutou o peito do macho a sua frente o fazendo desequilibrar e cair de bunda no chão, pelo canto do olho, a illyriana viu Mor desarmar o outro macho em uma velocidade assustadora, sua expressão era sombria, porém sanguinária.

Algo no âmago de Emerie se remexeu com a visão tão selvagem da governadora, mas deixou isso de lado, seu foco era outro agora. O macho a sua frente. Ele possuía cabelos castanhos e olhos verdes, a barba estava por fazer, isso o  deixava com um aspecto de sujo.

A pele clara estava com alguns respingos de sangue, Emerie apenas não pode dizer se era dele ou da garota, era mais provável a segunda opção e isso a irritou mais.

Com um brandir de sua lâmina, a Valkiria corta o braço do macho, a dor lacinanante o obriga a soltar a adaga que portava, Emerie a chuta para longe, afinal, era melhor previnir doque remediar.

Como a fêmea queria que o macho sofresse, não poupou golpes, Emerie literalmente fez uma harmonização facial no desgraçado, ela reestruturou todo o rosto dele, mas bem, não de uma forma tão harmoniosa.

Olhando para aquele macho agora, Emerie teve uma estranha sensação de reconhecimento. Ela já o havia visto antes, só não se lembrava onde, nem quando. A illyriana volta sua atenção em definitivo para Mor e corre em sua direção para ajudá-la a desamarrar a garota.

Pelo visto havia sido tão fácil derrotar o macho loiro que a enfrentava, como foi com Emerie. Mas, se bem que, Mor era uma guerreira excepcional, se lembrou, afinal de contas ela possuía mais de quinhentos anos de treino.

Ao terminarem de desamarrar a garota, Morrigan a pega no colo com extremo cuidado, como se a qualquer segundo a menina fosse desmanchar em seus braços. Então a loira finalmente ergue seu olhar para a illyriana e aponta com o queixo para algo encima de seu ombro.

- Vou encaminha-los para a prisão, Azriel terá uma conversinha com os dois, vamos descobrir mais a fundo o motivo de estarem fazendo isso com ela.

Emerie assente e no segundo seguinte uma massa de magia as envolve, e ao mesmo tempo em que elas são atravessadas de volta para Velaris, os corpos inertes dos machos, são levados para algum lugar.

Provavelmente não era um lugar muito bom, já que o mestre espião da Corte teria uma seção nem um pouco agradável com eles em alguns instantes. Apenas a Mãe poderia dar a benevolência da morte para eles, pois Emerie sabia que Azriel nunca os daria a benção da morte e do findar de suas dores.

Pelo contrário, aqueles machos sentiriam na pele o pior do mestre espião. Eles implorariam pela morte que não viria tão cedo. Mas eles mereciam isso, conclui a fêmea. Olha o estado deplorável em que a pobre garota que Morrigan depositava na cama estava.

Emerie não pode fazer muita coisa além de observar enquanto a curandeira Madja fazia seu trabalho, a garota demoraria a acordar segundo a mais velha.

Corte de Passados SombriosWhere stories live. Discover now