Capítulo 29

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Essa fanart 🥰🤧😍

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(Não revisado).



Mor estava pálida quando a névoa da atravessia esvaiu. Elas aterrissaram silenciosamente no tapete da sala de estar da Casa do Rio. Elain, Feyre, Gwyn e Nestha estavam sentadas nos sofás tomando chá e soltaram gritinhos e exclamações surpresas com a chegada repentina da terceira no comando e a illyriana.

Emerie corou pedindo desculpas, já Mor, andou até uma poltrona entre os sofás e se afundou nele. Seu rosto agora estava verde. Sentia vontade de vomitar tudo que comeu naquele dia.

Parceria.

Ela tinha uma parceria.

E ela era Emerie.

Não Andromache.

Morrigan passou sua infância desejando ter um laço de parceria, e quando finalmente achou alguém que fizesse seu coração errar as batidas, e borboletas nascerem e dançarem por toda sua barriga, ela morreu.

Passou mais de quatrocentos anos pensando que sua parceira estivesse morta. Que ela tinha sido uma fraca, uma covarde por deixar Andromache ir embora. De deixar sua alma gêmea partir e não fazer nada, mas a verdade, era que ela nem sequer tinha nascido ainda.

Culpa brotou em seu âmago. Isso não era certo. Não podia ser. A cabeça da loira girava e girava quando escutou a voz de Feyre a chamando repetidas vezes.

Porém - pela primeira vez em quinhentos anos de vida - Morrigan ignorou um chamado de seu líder, de sua senhora e foi embora soltando um murmúrio baixo. Pela segunda vez naquele dia, Mor fugiu.

Fugiu de sua família, de sua realidade e no que seria baseado para tecer seu futuro. Porque ela era assim, não conseguia encarar seu presente e futuro sem se lembrar do passado e no que aconteceu nele.

Era uma covarde idiota. 

                                      :

Um fato passou por sua mente no momento em que chegou a casa de campo que havia comprado dois séculos antes e quase nunca usava. Ia ali apenas para ficar sozinha, bem longe da barulheira que era sua família. Ninguém mais sabia da existência do lugar além dela.

Será que Emerie tinha percebido?

Provavelmente não, a illyriana estava calma de mais - dentro da situação de ter Astrid chorando em plenos pulmões - para ter percebido algo.

É, ela de fato não havia percebido.

Por um lado isso era muito bom, por outro nem tanto, já que a loira seria obrigada a contar, mais cedo ou mais tarde, para Emerie sobre o laço. Mas isso era problema para mais tarde, agora a loira se preocuparia em pensar no que faria com relação a Apolônia e sua proposta.

Ela tinha uma parceira, não poderia aceitar o casamento com a rainha de Rask. Mas por outro lado se não aceitasse, a Corte Noturna passaria por sérios problemas pela falta do acordo.

Merda.

Isso tudo a estava deixando com dor de cabeça.

Então, para tentar amenizar a velocidade de seus pensamentos e suas dores, quando entrou na pequena cabana, Mor foi direto para a adega que ficava perto da parede da cozinha e pegou um de seus vinhos mais antigos, para em seguida abri-lo, enquanto se esparramava no sofá que dava vista a toda a paisagem das montanhas e a nascente do rio Sidra, para beber o líquido vermelho e levemente adocicado diretamente do gargalo.

No que sua vida havia se transformado.

Uma completa bagunça, com certeza.

Corte de Passados SombriosWhere stories live. Discover now