Cap 20 - A Banda

578 56 72
                                    

- POV JOSÉ –

Já se passava meses que Ayla havia sumido, mas ainda não desisti de achá-la. Ela me deu um baita de um prejuízo, eu tive que pagar uma multa altíssima por ela não comparecer ao trabalho. Estava sentado no sofá, vendo futebol na tv, até que ouço o telefone tocar.

José: Alô? Quem é?

Xxx: Oi seu José, tudo bem com o senhor?

José: Sim, mas quem é?

Xxx: Sou eu, o Felipe, colega de escola da Ayla.

José: Ah, quanto tempo camarada.

Felipe: Eu encontrei a Ayla na cidade da dona Cecília. – Obrigado Felipe, está ajudando muito, penso comigo mesmo.

José: Ela tá na casa da vó dela? Eu não vejo ela faz um tempo..., mas ela continua aí? - Quanto mais informações, é melhor.

Felipe: Ela estava, mas saiu daqui faz uns 10 minutos pra São Paulo com o bando de coleguinhas dela.

José: Entendi... por acaso os coleguinhas dela são um grupo de doidos com cabelo pintado e tem um cara que chama Dinho no meio? – Pergunto a ele com uma certa suspeita.

Felipe: Sim, são aqueles Mamonas Assassinas que estão fazendo maior sucesso, sabe?

José: Sei, sei... Felipe, vou ter que desligar, mas mantenha contato, ok?

Felipe: Pode deixar seu José... e parabéns pela filha linda que o senhor fez.

José: Obrigado, tchau. – Coloco o telefone no suporte e volto para o sofá só para terminar de tomar minha cerveja. Ligo a TV no SBT e vejo algo que me interessa.

"Veja hoje no Domingo Legal, o maior fenômeno do momento: Os Mamonas Assassinas!"

Ótimo, se Ayla saiu com eles da cidade da Cecília, é com eles que ela vai estar. Tomo o último gole de cerveja que restava e procuro as chaves do carro, tranco a casa e saio com destino a São Paulo.

- POV AYLA –

Descemos direto no estúdio do SBT, fizemos um tour lá dentro, pensa em um lugar grande, até praça de alimentação tem. Uns guias nos levaram até o camarim dos meninos, falaram que poderíamos descansar um pouco da viagem antes de entrar no ar. Logo que os guias saíram, a baderna começou, como sempre.

Dinho: O que "nois" faz agora?

Samuel: Não sei.

Naquele silencio levanto e pego o violão do Bento, começo a tocar e cantar, fazendo a atenção ser chamada para mim.

"Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem

A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor"

Sou interrompida com batidas na porta, Sérgio vai atender.

Sérgio: Pois não?

Xxx: Eu queria perguntar uma coisa, quem tá cantando?

My mind in the Moon - Mamonas AssassinasWhere stories live. Discover now