Cap 21 - Mereceu

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- POV SAMUEL –

Entro no camarim e me jogo no sofá, estava escutando uns gritos, mas achei que era alguma gravação de programa. Ouvi esse grito de novo, mas agora era um grito de socorro e uma voz conhecida.... era a Ayla.

Samuel: A Ayla. – Digo desesperado tentando abrir a porta que estava trancada por conta dos meninos que estavam se trocando.

Sérgio: O que tem a Ayla?

Samuel: Vocês não estão ouvindo os gritos de socorro? COMO ABRE ESSA PORRA DE PORTA!?

Sérgio: Sim eu to, mas será que é ela mesmo? – Logo depois escutamos os gritos de novo.

Ayla: MENINOS, ME AJUDEM – Diz batendo desesperadamente na porta. – SOCOOOROOO. – O som ia ficando mais distante.

Bento: Abre essa porta logo Samuel. – Diz jogando as chaves da porta para mim.

Abro a porta desesperadamente e vejo Ayla prensada contra parede, sendo ameaçada e levando tapas do "Pai", que nem deveríamos chamar ele de pai.

Samuel: TIRA AS MÃOS DELA AGORA!

Sérgio: SAI DE PERTO DELA SEU BABACA! – Diz indo para cima dele, também vou para cima e o empurro fazendo ele cair no chão. Bento logo sai do camarim, vê a cena e chama um segurança.

Enquanto Sérgio segurava o homem, eu acolhia Ayla que estava chorando muito encolhida no chão.

Samuel: Xuxu, você ta bem? – Digo acariciando o rosto dela que estava molhado pelas lágrimas e vermelhos pelos tapas. Ela balança a cabeça dizendo que não. – Ô meu deus... eu to aqui, tá? Vai ficar tudo bem! – Digo abraçando-a. – Vamos pro camarim, dele eu cuido depois. – Ajudo ela levantar e acompanho ela até o camarim.

Julio: O que houve com ela?

Samuel: O José, nem chamo de pai porque uma raça ruim daquela não pode se chamar de pai, tava gritando com ela e... batendo nela. – As últimas palavras foram difíceis de falar, não acredito que um vagabundo desse machucou minha menina, minha garota.

Julio: Meu deus, Ayla... – Diz chegando perto dela e a abraçando.

Dinho sai do banheiro sem entender o que estava acontecendo.

Dinho: O que tá acontecendo?

Samuel: Longa história Dinho. – Dinho aponta a cabeça pra fora da porta e vê José sendo algemado.

Dinho: Não acredito que esse filho da puta veio atrás da Ay... ele fez algo com ela?

Julio: Sim.

Dinho: Ayla... agora vai ficar tudo bem ok? Estamos com você nessa. – Ela só balança a cabeça dizendo que sim.

As meninas que estavam na praça de alimentação chegaram perguntando sobre o ocorrido, contei o que tinha acontecido e elas foram dar apoio para Ay na hora.

{Quebra de tempo}

Estávamos entrando na van para ir ao hotel. O clima estava meio pesado, mas nada que uma gracinha do Dinho não possa resolver. Quando chegamos ao hotel, tínhamos que dividir os quartos. Decidimos que ficaria Val e Dinho (Que já tinham se resolvido graças á ideia da Ayla), Bento e Ana, Julio e Sérgio (Não sei como Sérgio não surtou ao saber que não ficaria comigo) e eu e Ayla.

Entramos no quarto e Ayla estava calada, desde que saímos do SBT. Ela senta em sua cama e pega o telefone do quarto e disca um número.

Ayla: Alô? – Diz com a voz meio tremula ainda. – Oi vó, a senhora tá bem? Que bom... já to com saudades da minha velinha. Mas e aí, o que você fez hoje? Você fez torta de sardinha sem mim? Não acredito! Quando eu voltar aí quero que a senhora faça essa torta pra mim viu. Sim, eu to me cuidando, sim, o Samuel ta cuidando de mim vó, fica tranquila! A senhora viu o programa então? Entendi, eu fiquei na plateia. Ta bom vó, te amo viu? Fica bem! Pode deixar! Tchau, beijo. – Ela desliga o telefone. – Minha vó te mandou um beijo.

My mind in the Moon - Mamonas AssassinasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora