Cap 22 - "Vá em paz!"

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- POV AYLA –

Eu e Samuel subimos até o andar do quarto e ficamos procurando o número dito na recepção, até que uma hora achamos.

Samuel: Quer mesmo ver ele?

Ayla: Quero.

Samuel: Tem certeza?

Ayla: Sim, vamos. – Abro a porta do quarto e dou de cara com José, deitado, imóvel, com vários aparelhos conectados nele. – Nossa.

Samuel: O acidente foi feio mesmo.

Ayla: Sim... – Começo a encarar o velho. – É, seu velho, será que vai aprender agora, ou vai continuar sendo o babaca de sempre? Duvido muito que mude.

Samuel: Por que eu fui só empurrar ele? Ele precisava de uma surra bem dada.

Ayla: Se desse uma surra nele, você sairia de culpado também, Sam, fez bem de não arriscar. Mas fica tranquilo que ele vai ter o que merece. – Termino de falar e uma médica entra no quarto.

Médica: Olá, vocês são acompanhantes?

Ayla: Não... viemos apenas visitar, mas estamos de saída.

Médica: Ta bom...o seu José está em um estado crítico, não sabemos se ele é forte o suficiente para aguentar, mas só o tempo irá dizer.

Ayla: Entendi... bom, vamos indo, tchau doutora.

Médica: Tchau querida!

Eu e Samuel pegamos o elevador e quando a porta do elevador abre somos surpreendidos com câmeras, flashs e jornalistas indo para cima de nós. Fomos tentando passar e não respondemos nenhuma pergunta, até que chega a inconveniente da minha tia.

Tia: Vocês são loucos? – Diz em um tom alterado. – Trazer toda essa multidão para cá com seu pai internado? Vocês não tem respeito!

Ayla: Pode acontecer de tudo com ele, que não vou ter nem se quer pena dele. – Digo e saio do hospital, Samuel vem atrás de mim.

Samuel: Quer ir pro hotel, Ay?

Ayla: Quero, por favor.

No taxi estava um clima estranho, um ar pesado. Até ser quebrado pelo motorista.

Motorista: Rapaz, eu te conheço de algum lugar... é... deixa eu pensar... ah lembrei! Você é daquela banda Mamonas Assassinas, não é?

Samuel: Sim, eu sou da banda.

Motorista: Você toca o que mesmo?

Samuel: Eu toco baixo.

Motorista: Massa... a menina também é da banda?

Ayla: Não... – Dou uma risada nasal. – Sou apenas uma amiga deles.

O assunto continuou até chegarmos no hotel, que estava lotado de fãs na porta, seria um desafio entrar. Samuel paga o motorista e abre a porta para mim descer, pega na minha mão e tenta passar pelas fãs. Todas as fãs me olhavam com uma cara de julgamento, mas conseguimos passar tranquilamente pela multidão. Subimos para o quarto, Samuca vai até o quarto que os meninos estavam reunidos conversando e eu vou para o nosso quarto.

Logo que chego coloco uma roupa mais confortável, sento na cama, encosto minhas costas em um travesseiro e pego o livro Anne de Green Gables para ler. Uns 15 minutos depois o telefone toca. Vou atender para ver quem era.

Ayla: Alô?

Xxx: Oi Gatinha... quer dizer Ayla, tudo bem? – Era Felipe.

Ayla: Oi Felipe, tudo e você?

My mind in the Moon - Mamonas AssassinasWhere stories live. Discover now