15° Capítulo

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Se a vida fosse fácil como a gente quer, se o futuro a gente pudesse prever
eu estaria agora tomando um café, sentado com os amigos em frente à TV.

Wizzoly Davenport

Deslizo as meias pelas minhas pernas, ponho sapatilhas confortáveis para caminhar, levanto da cama com cuidado pegando meu celular e fones.

Ponho na playlist de Little mix, para me dar mais forças e não desistir como sempre faço. Aumento o volume e saio de casa, sem fazer muito barulho, até porque todos estão dormindo.

Faz tempo que não faço nenhum exercício físico, estou com medo de voltar a engordar, a minha alimentação também não esta uma das melhores.

Depois de um bom tempo correndo, paro um pouco quando sinto como se estivessem me observando. Viro, apenas vendo pessoas praticando exercícios parados e outros caminhando assim como eu.

Merda, estou ficando paranóica?

Porquê isso não sai da minha cabeça? Mas quem me seguiria? A troco de quê? logo eu que sou um anjo em pessoa...

Primeiro telefonemas misteriosos e agora isso. Merda! isso é o tipo de coisa que Josh faria.

Decido ignorar e contínuo correndo. Depois de duas horas, estou completamente suada e com a garganta seca. Devia ter levado um bebedor.

O pior é que a sensação de alguém estar me seguindo não passa, então entro em uma cafeteria, e vou para o balcão, olhando melhor para trás.

Não têm ninguém suspeito. É a ressaca que não esta me deixando pensar direito.

- Bom dia senhora. - Viro para a atendente a olhando feio. Odeio que me chamem de senhora com apenas 23 anos.

Sou jovem demais e solteira.

- Wizzoly. - Viro para a voz que vinha da porta. - Meu Deus, está tentando me matar? Estou gritando o seu nome faz tempo.

- Oi, Jiselle. - Baixou pegando seus joelhos com a respiração alterada. - Eu estava escutando música, me desculpe. - Vou até ela, pego os seus braços a pondo sentada em uma mesa. - Você poderia me dar uma água por favor?

Peço a garçonete quando se aproxima.

- Já não tenho mais idade para isso... - Falou ofegante. - Eu ainda me ilude achando que conseguiria te alcançar correndo.

Ri do surto da mulher a minha frente. Mesmo depois de anos que não a vejo Jiselle continuava igual. Ela não envelhecia.

Segurei minha vontade de a perguntar que produtos ela usava para continuar tão bela.

- Tudo bem querida?

- Eu estou bem e você?

- Estou ótima. Você nunca mais me procurou. - Eu tinha esquecido completamente dela.

Mesmo se lembrasse não teria coragem de a pedir ajuda.

- Soube da morte do seu pai. Sinto muito. - Queria dizer para ela não sentir.

- Muito obrigada.

- Sabe que se precisar de qualquer coisa pode me ligar não é? - Assenti e vi as suas mãos inquietas.

Chega o garçom com uma água a entregando e fazemos os nossos pedidos. Como estou tentando voltar a vida saudável, peço apenas um café sem açúcar e Jiselle pede o mesmo.

- Imagino que não tenha me chamado só para me cumprimentar. - Sorriu nervosa.

- Eu na verdade preciso conversar com você. - Falou sem jeito. - Apenas.. Não sei por onde começar. É meio embaraçoso.

| My Sexy Playboy | Romance Dark 🔞 - Livro 1 Da Série: "Família Montenegro"Where stories live. Discover now