ATITUDE PERIGOSA

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Hadassa

Estou morrendo de vontade de esganar esse alien arrogante.
Que merda de conversa foi essa?!
Evitando continuar discutindo, acabo aceitando dividir a cama com ele e me aconchego ocupando o mínimo de espaço possível.
Não demora nada e sou arrastada pro mundo dos sonhos.
E que sonho, senhores!

Lá estava eu com aquele grandalhão gostoso e ele estava entre minhas pernas, sua boca em meu sexo me chupando e me penetrando com a língua.
Eu estava nas nuvens e prestes a ter um orgasmo com um homem, quer dizer, alien, pela primeira vez na vida.

Não. Não sou adepta da castidade nem nada disso.
Apenas nunca senti atração por homens e quando digo nunca, é nunca mesmo.
Cheguei a tentar com mulher, mas também não rolou.
Definitivamente, o sexo oposto nunca havia me atraído e tampouco o mesmo sexo.
Por muito tempo me senti uma estranha por causa disso.
Eu era diferente das minhas amigas e me esforcei muito pra sentir, pelo menos, um friozinho na barriga por outra pessoa.
Por essa razão, nunca cheguei aos 'finalmentes'.

Era muito frustrante não conseguir ser como as outras pessoas, isso não quer dizer que eu não podia me dá prazer.
Não. Eu não conseguia com outra pessoa, mas sempre fui capaz de dar prazer a mim mesma.
Sim. Vez ou outra eu 'brincava' sozinha, procurando conhecer os limites do meu próprio corpo.
Sonhar com um homem? Era primeira vez também.
E como sei que estou sonhando?!
Bom, a cama está flutuando nas nuvens e isso é muito surreal pra ser verdade.
Ao menos é um sonho lúcido.

Vou me ater ao fato de que o alien está me devorando de uma forma deliciosa e me deixo ir.
Sinto a energia vibrante percorrer meu corpo e a intensidade da sensação é indescritível.
Estou tendo meu primeiro orgasmo com alguém num sonho, mas está valendo.
Acordo em seguida e estou sozinha na cama.
Não ouço qualquer barulho em volta.
Ah, que maravilha! Aquele idiota deve ter ido dá uma volta.

Estou muito excitada e meu sexo está latejando.
Bom, estou sozinha! Não há mal algum em me tocar um pouquinho.
Ergo o vestido até a cintura e começo a tocar meu ponto sensível com movimentos suaves e contínuos.
Penetro minha entrada super lubrificada com um dedo, embora isso não seja o que desejo no momento, é o suficiente para me dá um outro orgasmo.
Alterno esse movimento, com suaves carícias em meu clitóris.
À medida que chego na beira, coloco mais intensidade no movimento.
Não demora nada e estou subindo ao êxtase.
Tenho que me conter pra não fazer nenhum barulho quando a onda prazerosa me atinge.

— Eu poderia ter te ajudado!

Gelo ao ouvir essas palavras e puxo meu vestido pra cobrir minhas partes íntimas, até então, totalmente expostas.
Será que ele estava ali o tempo todo?

— Há quanto tempo você está aí?!

— Tempo suficiente para ver o modo como as fêmeas humanas se dão prazer! Seus machos não são bons em satisfazê-las, para que precisem fazer isso?!

— Ai que vergonha, Senhor! Eu não quero falar sobre isso com você! — Enfio a cara debaixo do travesseiro, mas quero mesmo é um buraco pra me enterrar.

Ele continua me encarando com uma expressão enigmática.
Meu Deus, o que ele vai pensar sobre isso?! Talvez ache que seja um convite pro sexo.
Não tenho como prever o que ele pensa.
E quando se aproxima da cama em passos pesados, como se um animal feroz andasse pelo quarto, prendi a respiração.

— O seu cheiro é delicioso, fêmea! — Ele sobe na cama e seu joelho vai pra entre minhas pernas e pressiona meu sexo já dolorido, não consigo evitar o gemido que escapa dos meus lábios — Da próxima vez que quiseres me usar para seu prazer, deves pedir meu consentimento...

Sem Deixar Vestígios: Contos AlienígenasWhere stories live. Discover now